Capítulo 13.

3.1K 219 106
                                    

Arizona Robbins

- Fala logo - Aria falou e nós nos levantamos.

- Bom, senhoritas, a bala pegou no ombro da Sra Torres. Nós tiramos a bala, ela só perdeu muito sangue, mas está bem, ela vai ficar mais uns dias aqui no hospital e logo poderá ir para casa. Mas não poderá voltar ao trabalho, não ainda. Sem movimentos excessivos com o braço.- O médico falou calmamente.

Eu suspirei aliviada e sorri.

- Callie sem trabalhar, essa eu quero ver. - sorri.

Aria me olhou e riu de canto.

- Eu quero ver é vocês sem transar.

Arregalei os olhos e a encarei.

O médico tossiu chamando a atenção para si.

- Bom, mais tarde passarei no quarto dela para dar algumas recomendações a ela. Ela ainda não acordou e pode sentir dor quando acordar mas vocês podem entrar pra ver.- O doutor disse se retirando.

- Aria? - chamei e a mesma me encarou - Você pode ir primeiro ver Callie? Eu preciso ir na pediatria ver Luke o meu coração não aguenta mais.

Ela se aproximou de mim e me abraçou. Eu a abracei de volta mais forte ainda.

- Claro, cunhadinha.- sorriu.

Retribui seu sorriso e me fui até a ala pediátrica.

(...)

Lexie que veio acompanhado meu filho. O motivo? Eu não consegui encarar ele sem saber de Callie e muito menos encarar os machucados no rosto dele, eu me sentia impotente, eu me sentia fraca. Imagine você se o seu filho de 6 anos é sequestrado e ainda machucam ele, como você não se sentiria?. Eu sempre coloquei as necessidades de Luke a frente das minhas, sempre o protegi com a minha vida, se necessário fosse, vê-lo no estado que estava naquele lugar era doloroso demais, eu não suportei, quando ele me perguntou de Callie, eu só soube chorar.

Callie, arriscou sua própria vida para salvar o meu, ou melhor, o nosso filho, eu preciso aceitar logo que Calliope é sim mãe de Luke também. Ela é, de fato, o amor da minha vida. Quando a vi caindo naquele chão baleada cada segundo que vivi com ela passou na minha mente, e me dei conta que era muito pouco, sim, muito pouco pra tudo que eu queria viver com Callie, eu quero uma vida ao lado dela, quero acordar todos os dias ao lado dela, não quero que tenham dias que eu tenha que me despedir no final do dia, quero mais filhos, quero tudo. E quando vi quase tudo isso se perder, eu entrei em desespero, porque eu quero uma vida de alegria, mas eu quero ao lado de Calliope.

Entro na ala pediátrica e vejo Luke dormindo na maca tomando soro na veia, um pequeno curativo no cantinho da boca e um na testa, reparo que Lexie está dormindo sentada na poltrona segurando na mão dele, me aproximo da maca e passo minha mão pelo cabelo do meu filho e sorrio enquanto algumas lágrimas caem.
Fecho os olhos por um segundo para agradecer pelo meu filho e minha namorada estarem bem.

- Você deve ser a mãe, né? - Sou tirada dos meus pensamentos por uma enfermeira falando baixo para não acordar Lexie nem Luke, eu apenas sorrio e assinto. - ele só teve esses cortes, o soro é porque estava desidratado, ele vai estar liberado pela manhã. Soube do ocorrido, sinto muito. - disse dando um meio sorriso.

- Obrigada - dei um sorriso triste.

Ela se retirou em silêncio e eu agachei perto da maca de Luke, continuei fazendo carinho em seus cabelos

- Eu te amo tanto, filho - chorei - eu te com mais que a minha própria vida. Me perdoa pelo que houve, me perdoa, filho.

Chorei abaixando a cabeça.

The Perfect Choice - CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora