Mirela
—Gustavo ta demorando - digo olhando para o relógio.
—Calma mana, deve ter acontecido algum emprevisto no trabalho, tenta ligar de novo.
—Vou Tentar mais uma vez Lívia.
LIGO e mais uma vez só chama até cair na caixa postal, estou com uma angústia no peito, seguro minha barriga protetoramnete.
—Calma, você não pode ficar nervosa, vou ficar com você até ele chegar.
—Tabom.
Escuto meu celular apitar e o pego rápido, e vejo que chegou uma mensagem de um número desconhecido.
"Não gosto de vê, alguém como você ser enganda dessa forma, tem algo que preciso que você veja Mirela, venha no endereço ********** motel kiss, quarto 312, não gosto de vê você passar por esse tipo de situação".
—Que cara é essa? - dou meu celular a para minha irmã vê e vou atrás da minha bolsa - Isso deve ser alguém passando trote.
—A pergunta é você vem comigo, ou vou sozinha.
—Mirela...
—Vamos Lívia.
Sinto meu coração aperta, isso não pode ser o que eu estou pensando, não pode.
Chegamos ao endereço indicado, entramos pela garagem sem perguntas, nem seguranças parece haver no local, pegamos o elevador, minha mão treme e sinto todo meu corpo tremer, caminhamos até a porta e a abro.
Sinto meu mundo desaba com a cena a minha frente, Gustavo está em pé se beijando com uma mulher, os dois estão nus, sinto as lágrimas rolarem por meu rosto.
—Como você pode?
—Mirela eu.........
—Chega - minha voz embarga - ele percebe que estar nu e veste sua calça - você não precisa me explicar nada.
—Amor eu não sei oque......
—Ai que drama, seu marido transa, muito bem, amei a minha noite com ele - a loira já vestida diz e parto para cima dela.
—Ai socorro - ela grita enquanto distribuio tapas em seu rosto.
—MIRELA O BEBÊ - escuto Lívia gritar mas continuo batendo até um par de mãos me afasta dela.
—Calma - diz Gustavo me segurando.
—Tira as mãos de mim seu nojento - o empurro - Não quero mais olhar na tua cara, vem Lívia.
Saio dali arrastando - a, as lágrimas começam a cair por meu rosto. Entramos no carro e Livia diriji para longe dali, vejo ela pegar o rumo da casa dos meus pais.
—Não, eu quero ir para minha casa.
—Mirela, você não pode se aborrecer. E nem adianta revida, você não vai ficar sozinha.
—tudo bem.
Assim que chegamos em casa, meus pais começam a fazer perguntas, e só consigo chorar, Lívia diz o acontecido e aquela cena se forma na minha mente de novo, não posso acreditar que ele foi capaz, ele jogou dez anos no lixo.
Minha mãe me leva para meu quarto e coloco minha cabeça em seu colo e ela faz cafuné enquanto choro em seu colo, o único lugar que vou ter proteção.
Escuto um barulho no andar de baixo e os gritos do Gustavo me chamando ecoam pelo quarto.
—Não quero vê ele mãe, manda ele embora por favor.
—Fica calma, seu pai vai coloca - lo para fora.
—Por que ele fez isso comigo mãe? Por que? Eu o amo tanto e ele destruiu esse amor em pedacinhos.
—Oh filha - minha mãe me abraça.
—Mãe, me ajuda por favor, o papai e o Gustavo vão acabar se batendo - Lívia diz entrando no quarto e saindo de novo.
—Eu vou lá - minha mãe levanta e sai.
Minutos depois a discussão cesa e a só ouço o silêncio.
—Pronto minha princesa ele não vai voltar mais aqui prometo - meu pai diz entrando no quarto e me abraçando. Acabo adormecendo.
Abro os olhos devagar, a luz do sol ivande o quarto, os acontecimentos da noite passada voltam a minha mente, como uma avalanche.
—Eu vou ser forte por você viu, a mamãe vai ser forte por nós - digo acariciando minha barriga.
Me levanto da cama, vou para o meu antigo banheiro e tomo um banho relaxante, me enrolo na toalha, e começo a escovar meu cabelo, me olho no espelho, meus olhos estão inchados.
Término de pentear meus cabelos, e saio do banheiro encontrando minha irmã com um vestido em suas mãos, nesse momento ela parece a mais velha.
—Trouxe para você, é o mais larguinho que tinha, mais acho que vai servi, peguei maior por causa da sua barriga.
—Obrigada Lívia, você ta sendo um anjo.
—Você que é, bom vou descer estamos te esperando para o café.
Termino de me arrumar e desço, encontrando meus pais e minha irmã na mesa do café, minha mãe coloca um prato de ovos mechidos em minha frente e sorri carinhosa.
—O vestido da sua irmã ficou ótimo em você, mais tarde vou buscar suas coisas, vou arrumar seu quarto e acho que cabe até um berço lá....
—Mãe obrigada, mas vou voltar para minha casa.
—Como você pode querer voltar para o Gustavo depois....
—Pai, eu e o Gustavo acabou, não tem volta, só que aquela casa é minha também, e eu e meu filho ou filha vamos ficar lá, Gustavo que vá para outro lugar.
—Mirela você sozinha, não acho uma boa ideia - Livia diz.
—Está decidido e espero que vocês respeitem.
Mesmo a contragosto dos meus pais, depois do café, peguei um táxi e voltei para casa, ao abrir a porta vejo Gustavo, sentado ao chão da sala, com a cara amassada, e chorando, quando me vê se levanta rapidamente.
—Mirela.... - ele diz e sinto minha garganta fecha, e meus olhos se enchem de lágrimas.
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Conto : Armações da vida. (COMPLETO)
RomanceMirela e Gustavo se conhecem desde a adolescência e viveram um amor lindo e hoje estão casados e felizes aproveitando a vida de casados juntos da melhor maneira possível, se amam incondicionalmente e não se imaginam longe um do outro. Mas isso muda...