GustavoVejo os pais da Mirela entrarem no hospital juntamente com os meus, liguei para minha mãe que deve te - los avisado, vejo o pai de Mirela vim em minha direção em fúria e me segurar pelo colarinho.
—A culpa é sua né? Se algo acontecer com a minha filha se considere um cara morto.
Não respondo só choro mais, sei que no fundo ele tem razão eu fiz ela sofrer, se ela ta nesse hospital aqui hoje a culpa é minha, não vou me perdoa.
O pai da Mirela se afasta de mim, e minha mãe me abraça me pedindo calma, como posso ter calma. As horas passam e ninguém vem da nenhuma notícia.
Não consigo prestar atenção em nada, na minha mente só tem Mirela e nosso filho. O médico aparece retirando a máscara.
—Familiares de Mirela Junqueira.
—Somos nós - digo levantando.
—Bom tivemos que fazer uma cesariana, o bebê está nesse momento na incubadora, ele passa bem apesar de ter nascido fora do tempo.
—E minha filha? - minha sogra pergunta chorosa.
—Foi um parto complicado, a paciente teve uma parada cardíaca durante o parto, e agora passa bem, está sedada e logo estará no quarto.
—Posso vê meu filho?
—Sim, você que é o pai pode entrar os demais terão que esperar - ele diz e o acompanho.
Visto as roupas necessárias e logo entro no berçário, sinto meu coração errar uma batida ao olhar para aquela coisinha linda no berço, meu filho.
A enfermeira me ajuda a segurar ele e sorrio ao olhar para essa coisinha pequenininha nos meus braços.
—Meu filho - seguro sua mãozinha e sinto as lágrimas rolarem.
—Com licença - a enfermeira diz chegando perto de mim - vim buscar o Heitor para a primeira mamada.
—Heitor? - pergunto sorrindo.
—Sim, foi esse o nome que a mãe disse, agora eu preciso leva - lo, ela está ansiosa.
—Eu levo.
—Eu sinto muito - a enfermeira diz um pouco sem graça - Mas a mãe proibiu a entrada do senhor no quarto.
—Tudo bem - digo tentando esconder a tristeza em minha voz, beijo o rostinho do meu filho e o entrego a enfermeira
Mirela
—Olha quem veio conhecer a mamãe - a enfermeira diz entrando no quarto com meu filho no braço ao seu lado estão meus pais.
Papai me sorri e beija o netinho, quando ele vem para meus braços, minha mãe me sorri carinhosa.
—Tão lindo - passo minha mão em seu rostinho e sinto as lágrimas banharem meu rosto.
A enfermeira me orienta na primeira mamada, e me sinto entrando em um mundo mágico ao ter meu pequeno aqui, quando meu pequeno termina de mamar a enfermeira o colocando berço ao lado da minha cama e sai do quarto.
—Qual o nome do meu neto filha? - papai pergunta.
—Heitor - digo, eu sei que foi o Gustavo que escolheu, e apesar de tudo ele é o pai e eu acho que o nome combina com meu menino.
—Lindo nome, filha oque aconteceu? Por que você teve esse parto de última hora? - minha mãe me pergunta.
—A mãe do Gustavo foi conversa comigo, e ela me convenceu a ir conversa com o Gustavo, tinha pensado até em voltarmos, mas ao chegar lá vi ele beijando aquela mulher de novo, e fiquei nervosa acobou que a bolsa estourou.
—Canalha - papai diz bravo.
—Filha acho que você está sendo radical ao proibir o Gustavo de entrar aqui no quarto e vê o filho, ele viu rapidamente no berçário e só.
—Querida você acabou de ouvir nossa filha, olha o que esse cara fez.
—Eu sei, só que você ia gostar de ser privado de ver suas filhas? - mamãe pergunta e papai se cala - Filha eu sei que está magoada, não estou pedindo para perdoa - lo nem nada, só para que você deixe ele participar da vida do nosso pequeno só isso.
—Você tem razão pode mandar o Gustavo entrar mãe, e eu prefiro que ele venha acompanhado dos pais.
—Tudo bem - ela beija minha testa - vou aproveitar e avisar sua irmã - ela puxa a mão de meu pai para fora do quarto.
Olho para meu bebê adormecido ao lado da minha cama e lhe lanço um sorriso triste, tão lindinho, tão parecido com o pai, sinto uma lágrima escorrer por meu rosto lembrar da cena que vi antes de vim para esse Hospital, sinto meu coração apertar. Escuto uma batida na porta e ele entra.
Seu rosto está vermelho, seus olhos tem lágrimas não derramadas e ele me olha envergonhado, direi que até tímido deve ser a culpa o corroendo por dentro.
—Sua mãe disse que eu podia entrar.
—Sim afinal de contas você é o pai dele também.
—Meus pais já vêem ver ele, foram na cantina comer algo.... Mirela o que você viu...
—Não importa, não temos mais nada um com o outro, você pode fazer o que quiser, te chamei para você ver o Heitor.
—Claro - ele caminha até o berço e olha nosso filho sorrir - Obrigado por me dar o melhor presente que eu poderia ganhar, e obrigado por colocar o nome dele de Heitor.
—Ele também é seu filho, por falar nisso precisamos falar do registro, como você pode ver eu não posso sair daqui, então gostaria de saber...
—Eu o registro vai ser uma imensa felicidade para mim.
—Ótimo - pego o papel na mobília do quarto e o entrego.
—Vou resolver isso ainda hoje.
Ele se volta para o nosso filho e segura sua mãozinha, nosso filho abre os olhinhos e os fecho logo em seguida
E segura sua mão com mais força e posso tocar na emoção do Gustavo, de tão visível que está.Uma pena que tudo tenha acabado!
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Conto : Armações da vida. (COMPLETO)
RomanceMirela e Gustavo se conhecem desde a adolescência e viveram um amor lindo e hoje estão casados e felizes aproveitando a vida de casados juntos da melhor maneira possível, se amam incondicionalmente e não se imaginam longe um do outro. Mas isso muda...