Conto : Armações da vida. (COMPLETO)

Capítulo - 06

Mirela

    Alguns mêses depois.

   Olho para minha barriga que está enorme, 8 messes meu filho cresce cada vez mais rápido, ainda não consegui escolher um nome para ele.

    Gustavo fez como prometido não tentou mas nada em relação a mim, já ao filho, ele quer estar em todas as consultas, me liga uma vez ao dia para saber como estou.

    Ele tem estado mais magro, a barba por fazer, tem sempre o olhar abatido mas foi ele quem provocou essa situação, ele quem me traiu.

   Ele que abdicou dessa família, tenho focado ao máximo ao meu bebê, já parei de trabalhar, meus pais se mudaram praticamente para minha casa, mas não reclamo depois que Gustavo foi embora me sinto um pouco só.

    Conheci Fábio um amigo de trabalho do hospital ele também tem sido um amigão, tem me acompanhado nos lugares que eu vou,   me chama para sair, tem sido um grande amigo.

    Saio do meu quarto catando minha bolsa e saio de casa. Pego um táxi e caminho adentro do shopping combinei com Fábio de encontra com ele para comprar um presente para sua mãe.

    Enquanto o espero olho algumas vitrinis, fico enrolando até que o vejo caminhando sorrindo em minha direção.

   —Desculpa a demora tive uma consulta de última hora no hospital.

   —Sem problemas - digo sorrindo.

   —Como está esse garotão? - pergunta pasando a mão em minha barriga.

    —Ótimo, então vamos?

   —Claro.

    Andamos pelo shopping atrás de algo que combinace com sua mãe, até que encontramos um colar lindo que tenho certeza que ela vai adorar, depois de almoçarmos ele venho me deixar em casa, ele abre a porta do carro para mim.

   —Adorei nosso dia Fábio.

   —Eu também adorei a compania de mãe e filho - disse colocando a mão em minha barriga e outra em minha bochecha - você foi adorável.

    Ele aproxima seu rosto do meu, Fábio sabe de toda a minha história e do Gustavo, e nunca tentou nada em relação a mim até esse momento, sinto sua respiração próxima a mim, até que ele é arrancado de mim.

    —Tira suas mão da minha mulher - um Gustavo transtornado parte para cima de Fábio.

    Olho para Fábio caido no chão com a mão no queixo e Gustavo que tem o rosto vermelho.

    —Você ficou louco? - empurro Gustavo.

   —Esse cara estava com a mão em você eu fiquei com ciúmes.

   —Eu não sou mais nada sua, você perdeu qualquer direito, quando se deitou com aquela mulher.

   —Fica calma você ta grávida não pode se exaltar - Fábio diz tocando no meu ombro.

   —O que foi? ta tentando  se passar de bonzinho, ela é minha mulher.

   —Olha cara eu só não revidei por causa da Mirela, mas acho que você não tem direito algum de vim falar que ela é sua mulher.

   Gustavo tenta ir para cima de Fábio de novo mas entro na frente e ele recua para trás.

   —Fabio acho melhor você ir preciso ter uma conversa com o Gustavo.

   —Claro, obrigado por hoje - ele diz beijando minha bochecha e entrando logo em seguida em seu carro.

    —Vamos subir Gustavo preciso ter uma conversinha com você.

   Ele me olha e assenti, subimos para meu apartamento abro espaço e Gustavo entra no mesma.

    —Está mais magro, você não pode ir trabalha assim, tem que se cuidar pelo nosso filho - quando vejo já soltei as palavras, mas sua aparência tem me incomodado muito.

   —Dane - se o meu trabalho, eu não tenho animo para nada, para comer muito menos, se eu ainda suporto sair da cama todos os dias é pelo nosso filho.

   —Bom a vida é sua, faça dela o que bem entender, mandei você subir por que não quero discutir na rua sobre isso, não quero você se metendo na minha vida, eu e você não existe mais,  você provocou nossa separação, não venha cobrar nada de mim eu e.......

   —EU TE AMO MERDA - Gustavo grita a plenos pulmões - Eu errei Mirela eu sei, deus sabe o quanto me arrependo, mas eu te amo, amo, não aguento ficar longe de você, quero você de volta, meu filho de volta, quero nossa família volta para mim, eu te imploro.

   —ACABOU, BOTA ISSO NA SUA CABEÇA, VOCÊ ESTRAGOU TUDO MERDA - sinto as lágrimas banharem meu rosto.

    —Me perdoa - ele diz antes de me puxar e me beijar.

   No começo retribuo ao seu beijo, a saudade fala mais alto, mas me Afasto logo em seguida pois a dor da sua traição é maior que qualquer coisa.

   —Acabou Gustavo, está na hora deu dar um basta nessa situação, não quero que a cena que aconteceu lá em baixo se repita - vejo suas lágrimas caírem por seu rosto agora magro e sem vida - Seu único dever é com o nosso filho que ainda nem nome tem, chega to farta dessa situação.

   —O que você quer dize..r com d..ar um basta? - sua voz sai embargada por entre suas lágrimas e tento falhamente lutar contra as minhas.

   —Só vai embora - caminho até a porta e abro para que ele saia pela mesma.

    Ele me olha derrotado e concorda indo a caminho da porta mas antes de sair olha para mim.

   —Eu gosto de Heitor, seria um lindo nome - ele diz com a voz fina por conta do choro e sai pela porta indo embora.

    Fecho a porta e me encosto na mesa agora liberando o choro preso em minha garganta, está tão insuportável essa situação, mas ta na hora de acabar com isso e quem sabe com a minha dor.