Capítulo - 08

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Mirela

    Olho para Marieta angustiada, não sei o que lhe responder não sei o que lhe dizer, pedi o divórcio no impulso depois da cena que o Gustavo fez, mas confesso que no fundo só queria dar um basta nessa situação.

   —Eu não sei o que te falar o seu filho me magoou muito, eu vi ele com aquela mulher na cama de motel, eu vi ninguém me disse, seu filho ta sofrendo e entendo sua dor de mãe, mas eu também estou sofrendo, eu amo seu filho, amo tanto que dói lembrar daquela cena, lembrar de tudo que aconteceu me dói tanto - sinto as lágrimas escorerem.

   —Me desculpe querida, ao vê meu filho naquele estado acabou comigo, você tem razão, eu no seu lugar talvez estaria fazendo o mesmo, só peço que você possa ir conversa com meu filho - ela diz e confirmo.

   —Prometo que vou pensar dona Marieta - ela me abraça e acaricia a minha barriga, me lança um sorriso triste antes de ir embora.

    Me sento no sofá de casa e sinto minhas lágrimas escorrem por meus rosto.

   —Maninha cheguei - Lívia diz entrando e limpo meu rosto - Você estava chorando o que houve?

   —Marieta teve aqui. 

   —Sua sogra? - pergunta e confirmo conto toda a minha conversa com ela para Lívia.

   —Não sei o que fazer.

   —Eu estava com meu namorado no parque e vi o Gustavo, magro, os olhos abatidos, barba por fazer, cabelos desgrenhados, roupa amassada, ele ta sofrendo irmã, eu sei o que ele fez, inclusive eu estava lá com você vi toda a cena.

   —To tão perdida - confesso.

   —Você o ama ainda?

   —Mais que tudo no mundo.

   —Ele me parece arrependido, talvez seja o momento de você vê se esse amor que você sente por ele é o suficiente para esquecer o passado e o perdoa, para que você ele junto com seu filho posam ser uma família de novo, se não assine o divórcio e siga em frente mas tenha em mente que vocês sempre vão estar próximos de alguma forma, vocês tem uma vida que os une para sempre - ela diz colocando a mão em minha barriga.

   —Eu vou até a empresa vou conversa com ele e talvez quem sabe nos da uma chance ele parece arrependido, eu o amo e acredito que talvez ele mereça uma nova chance.

   —Tenha a certeza de que a decisão que você tomar eu estarei aqui para te apoiar, eu te amo.

   —Eu te amo minha irmã obrigada.

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    Acordo cedo tomo um banho, hidrato minha pele, escolho um vestido soltinho florido, calço uma rasteira, penteio meus cabelos, fazendo caixo nas pontas, passo uma maquiagem clara.

    Me olho no espelho adimirando meu trabalho, espiro umas gostas de perfume em meu colo.

    —Vamos vê seu pai meu filho? - pergunto acariciando minha barriga em frente ao espelho.

    Pego minha bolsa e saio a caminho da empresa, nesse horário ele deve está lá, sorrio em expectativa no táxi, vai dar tudo certo.

Gustavo

   Sento na minha mesa e começo meu trabalho faço tudo no automático minha vida parece que escapou por entre meus dedos, não sinto mais vontade de viver, não sinto nada.

    Escuto uma batida na porta e mando que entre tomo um susto ao vê a figura da cobra pesonheta que acabou com minha vida.

   —Oi meu amor sentiu minha falta, assim que sai do aeroporto vim aqui lhe vê - Graziela me sorri e sinto a fúria.

   —O que você está fazendo aqui, saia da minha sala agora - digo levantando da minha cadeira.

   —Isso é jeito de me tratar, depois da nossa despedida calorosa, achei que estaria me esperando alegremente.

   —Pois se enganou agora saia da minha sala.

    Ela sorri e caminha até mim e antes que possa regair pula em mim me beijando a seguro pelos pulsos e a empurro para longe de mim ela olha para porta e sorri, sigo seu olhar e sinto meu peito aperta ao vê Mirela com os olhos marejados.

   —Mirela eu posso explicar - digo indo até ela.

   —Eu sou muito burra mesmo - ela diz virando as costas e saindo da minha sala a sigo e seguro seu braço - TIRA SUA MÃOS DE MIM.

   —Foi ela que me beijou amor acredita - digo isso não pode está acontecendo de novo não pode.

   —MENTIROSO, EU TO COM NOJO DE VOCÊ....  AI - Ela coloca suas mãos na barriga e a seguro ao vê - lá vacilar em suas pernas - TIRA SUAS MÃOS DE MIM.

   —Mirela você não ta bem - olho para sua barriga e vejo o sangue em suas pernas.

    —Ai, ai meu bebê, não deixa meu filho morrer - a pego no colo e corro como um desesperado dali, sinto meu peito doer ao vê sua expressão de dor seus choramingos pedindo pela vida de nosso filho.

    Meu deus se ela perde nosso filho não vou me perdoa não vou, entro com ela no carro a coloco no banco de trás e dirijo o máximo que posso rumo ao hospital,  em menos de dez minutos estaciono, pego Mirela nos braços que chora com a mão na barriga e entro no hospital e logo tem uma maca pronta, a coloco.

    Vejo os médicos a levarem para longe de mim e quando tento os segui sou barrado. Meu deus me ajuda, salva meu filho e a Mirela, choro desesperado no chão do hospital ao imaginar que algo possa acontecer com eles, eu não vou me perdoa nunca.

Conto : Armações da vida. (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora