Capítulo - 07

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Gustavo

    Já se passaram alguns messes, meu filho cresce cada vez mais na barriga de sua mãe e sinto um grande aperto no meu coração ao lembrar que não estou lá para cuidar do meu filho e de sua mãe.

    Não estou lá, para realizar seus desejos de gravida, para sentir meu filho em sua barriga, para segurar seu cabelo quando tem seus enjôos matinais, e não estou lá por que Estraguei tudo.

    Fui até aonde Mirela está morando no nosso apartamento para tentar convence - lá a sair comigo para jantar, mas vi algo que me desgaradou.

    Tinha um homem lá com ela, cheio de carinhos, fazendo o que era para mim fazer, não consegui me controlar meu ciúme falou mais alto, acabei agindo por impulso e o agrdei. Logo depois do almofadinha ter ido embora. Mirela me chamou para conversa, e mais uma vez implorei para que la voltasse para mim mas foi em vão.

    As vezes acho que ela nunca vai me perdoa mesmo quando meu coração diz para mim não perde as esperanças, suas palavras martelam em minha cabeça e passo a noite remoendo.

    Acordo cedo tomo um banho visto qualquer roupa que encontro no armário e desço encontrando meus pais na mesa do café.

    —Filho coma alguma coisa - minha mãe diz e lhe sorrio.

   —Não mãe, estou sem fome, até mais tarde - digo e saio dali pegando o carro e indo rumo a empresa.

    Voltei a trabalhar, meu filho precisa de mim, eu quero dar tudo do que ele precise, mas tem sido difícil focar no trabalho ando fazendo tudo no automático, quase não como, não sinto fome, não sinto vontade de me cuidar nem nada parecido.

    A única parte boa desse trabalho, é que nunca mais vi aquela cobra que arruinou a minha vida, aparentemente ela foi viajar e por mim que fique lá aonde esteja bem longe de mim.

    Entro em minha sala na empresa, e sento em minha mesa olhando para a foto de Mirela em minha mesa tão linda.

    Tento focar em meu trabalho, e volto para casa no final da tarde assim que entro em casa escuto a campainha tocar e abro a porta dando de cara com um homem de terno

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    Tento focar em meu trabalho, e volto para casa no final da tarde assim que entro em casa escuto a campainha tocar e abro a porta dando de cara com um homem de terno.

   —Pois não?

   —Gostaría de falar com o senhor Gustavo Junqueira.

    —Sou eu mesmo, em que posso ajudá-lo?

   —Sou oficial de justiça e tenho algo para o senhor, poderia assinar aqui? - ele me estende um papel e me aponta um x na folha.

    Pego o papel de sua mão e ele me estende uma caneta, assino meu nome e lhe devolvo o papel recebendo outro em troca.

   Ele vai embora e fecho a porta olhando para o papel me minha mão e sinto meu mundo desmoronar ao ler o que está escrito.

   Pedido de divórcio em nome de Mirela Junqueira.

    Sinto meus olhos arderem, as lágrimas já rolam por minha face, não sinto o ar em meus pulmões, minha pernas perdem as forças fazendo com que eu caia no chão.

    Começo a chorar como um menino, sinto meu peito arde, ela não me quer mais, sinto o despero me bater, lanço um vaso que estava na mesa de centro na parede, mas isso não diminui a minha dor, soluço por entre as lágrimas e sinto os braços de minha mãe em minha volta.

   —O que houve filho fala comigo - não consigo pronunciar nem uma palavra, meu peito dói,

    Estendo o papel para ela que pega e o olha, sinto minhas mãos trêmulas meu corpo todo treme, ela lê o papel e me olha vejo sua surpresa.

   —Filho sinto muito - ela afaga meus cabelos.

   —Acabou....  Perdi minha mulher para sempre que sentido a vida tem agora me diz.

   —Para com isso, você tem seu filho, tem a mim ao seu pai.

   —Eu sei que tenho vocês, mas não tenho ela, meu filho vou vê só quando ela permite, não vou ver seu crescimento a todo momento, eu perdi ela mãe e isso dói tanto, tanto - choro no colo da minha mãe como o menininho que um dia eu fui.

    Marieta

    Destesto vê meu menino sofrendo, o desespero dele ao vê o pedido de divórcio foi comovente, sinto meu peito aperta só de lembra da cena, agora ele dorme em seu quarto logo depois de tomar um calmante.

    Pego minha bolsa, e saio de casa ta na hora de resolver essa situação, Mirela e gustavo estão sofrendo e não aguento isso, meu neto logo logo nasce e vai encontrar sua família assim.

    Não tiro a culpa do meu filho, o que ele fez é no mínimo imperdoável, mas eu como mãe não aguento vê - lo da forma que vi, só de lembra isso corta meu coração. Preciso que esses dois tenham uma conversa.

    O táxi estaciona em frente ao prédio em que meu filho morava com Mirela, pago a corrida e entro no prédio, ao chegar no andar, paro de frente a porta e toco a campainha.

    Mirela abre a porta ao me vê fica levemente surpresa mas mesmo assim no segundo seguinte abre um sorriso.

   —Marieta que surpresa entra.

   —Obrigada querida, como está meu neto? - pergunto entrando no apartamento.

    Ela fecha a porta e admiro sua linda barriga de gestante, logo logo meu netinho vai está aqui.

    —Ótimo, ele tem me deixado de cabelos brancos com tantos enjôos, mas até que estou indo bem, a que devo a honra de sua visita?

   —Querida, é como mãe que estou aqui hoje, meu filho recebeu o seu pedido de divórcio - vejo seus olhos encherem de lágrimas.

   —Eu fiz o pedido, já estava na hora de acabar com isso.

   —Meu filho está sofrendo tanto Mirela, hoje o encontrei na sala chorando compulsivamente após receber o seu pedido de divórcio, eu sei que essa situação não é fácil para você querida, eu no seu lugar talvez fizesse o mesmo, eu vim aqui hoje te pedir..  Não te implora para que de uma chance ao meu filho.

Conto : Armações da vida. (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora