Capítulo - 04

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Mirela

    Depois de me recompor, saio da sala e vou para meu quarto, não posso chorar por ele não posso limpo as lágrimas, preciso ser forte por meu bebê por ele.

    Abro o guarda roupa e tiro uma mala grande e começo colocar as roupas e objetos do Gustavo, não quero nada que me faça lembrar dele, absolutamente nada, tento afastar as lágrimas mas é quase impossível.

    Após termina fecho a mala e a empurro até a sala, mais tarde dou um jeito de alguém levar para ele. Escuto a campainha tocar e abro a porta dando de cara com minha mãe que me abraça.

   —Chamei o Médico da família para dar uma olhadinha em você, ele já deve estar chegando.

   —Mãe não precisava.

   —Precisava sim - Ela diz limpando minhas lágrimas - Você passou por emoções fortes e isso afeta ele ou ela.

    Ela acaricia minha barriga e sorrio para ela, por entre as lágrimas. passado alguns minutos o médico chega e me examina, me da um calmante e diz para mim evitar emoções fortes. Minha mãe me ajuda a me deitar e descansar.

   —Durma meu amor, vocês precisam descansar. Não se preocupe vou entregar a mala de Gustavo na casa dos pais.

    —Obrigada, a partir de agora só quero pensar no meu bebê em nada mais - digo sentindo minha lágrimas rolarem - dói tanto mãe por que ele fez isso comigo.

   —Oh meu amor, isso vai passar.

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    Acordo e já se encontra a noite, me levanto e vou até a sala onde encontro minha mãe sentada lendo um livro.

   —Mãe vai ficar tarde para a senhora ir embora.

   —Vou dormi com você aqui hoje, e pare de me expulsar já preparei uma sopinha leve para você e meu netinho ou neta.

   —Não estou lhe expulsando mãe, vou tomar um banho e já venho.

    Ao entrar no quarto escuto meu celular tocar e o pego, vejo que se trata da mãe  do Gustavo dona Marieta.

   —Dona Marieta.

   —Não desliga por favor - pede um Gustavo choroso na linha.

   —Me diga por que eu não desligaria? - pergunto sentindo as lágrimas banharem meu rosto.

   —Eu errei eu sei, mas eu te amo, vamos conversar por favor, eu te suplico pelo nosso bebê vamos conversar meu amor, tente me perdoa  - ele diz chorando.

   —Não tem perdão, acabou.

   —Mirela....

   —Irei em um advogado para tratarmos do nosso divórcio - digo com a voz embargada e escuto um soluço do Gustavo.

   —Não, não, não por favor não faz isso, não faz por favor, eu te amoo.

   —Você acabou com esse amor - desligo o celular.

    Me encosto na parede para não cair,  sinto meus soluços virem fortes e minha lágrimas voltam com mais intensidade.

    —Por que você fez isso comigo?

   Uma semana depois.

    Nesses dias que passaram Gustavo, ligou, mandou menagem, ignorei tudo, ele tentou vim até minha casa, mas eu proibi a entrada dele, não quero olhar na cara dele.

    Usei esses dias para me livrar de tudo que me lembrava ele, arrumar o quarto do meu bebê que inclusive saberei o sexo amanhã, estou ansiosa.

    Tenho trabalhado o que posso, faço de tudo para ocupar minha mente, mas parece que tudo faz eu lembrar dele, aquela cena nojenta não sai da minha cabeça fica se repetindo e repetindo.

    Saio do hospital em que trabalho e dirijo para casa dos meus pais, vou jantar com eles, tenho feito o possível para ocupar minha cabeça, e meus pais estão me ajudando muito nisso.

    Chego na casa dos meus pais, toco a campainha e logo minha mãe abre a porta sorrindo.

   —Filha que bom que você veio, acabei de termina um delicioso brigadeirão pois sei que você gosta, venha entre.

    Sorrio para ela e encontro meu pai sentado em sua poltrona concentrado no seu telejornal e assim que me vê abre um sorriso lindo, levantando e vindo me abraçar.

    —Que bom que veio, filha como está meu netinho?  - pergunta acariciando minha barriga.

   —Está ótimo, mas pode ser netinha.

   —Sinto que vai ser um menino.

   —Seu pai não erra filha.

   —Cadê a Lívia?

   —Na casa do namorado - minha mãe responde e lhe sorrio.

    —Vou ajudar a senhora a por a mesa - digo indo para cozinha, sinto meu celular vibrar no bolso e o nome do Gustavo aparece, recuso a chamada como venho fazendo todos esses dias.

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     Depois do jantar, vim para casa claro depois de muita insistência da parte dos meus pais para que eu ficasse com eles.

    Acordo cedo no outro dia, tento controlar ao máximo meus enjôos. Tomo um banho rápido, tomo só um copo de suco, parece que meu bebê não curti muito café logo cedo.

    Me apronto e saiu de casa em direção a clínica, infelizmente minha mãe não pode me acompanhar.

    Chego na clínica e me sento na sala de espera, para aguarda minha vez. Levanto meus olhos e vejo Gustavo entrando.

    Ele me olha, vejo as profundas olheiras, seu cabelo está bagunçando a barba por fazer, sua roupa amassada, me levanto da cadeira e o encaro.

   —O que você está fazendo aqui? Vai embora.

Conto : Armações da vida. (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora