Love War - [Joohyuk, Changki]

30 (Final alternativo)

No recinto estavam apenas Minhyuk e Changkyun. Haviam se afastado de todos logo após o sumiço de Hyungwon. A dor de perder seus entes queridos ainda doía mesmo em meio ao que lhes fora revelado.

-Parece que eu acordei de um pesadelo - diz Changkyun - sempre desconfiei que parte de mim havia sido retirada. Pensava que o que nós tivemos fora apenas diversão de adolescente. Nunca pensei que eu realmente te amasse.

Minhyuk sentiu o peso dessas palavras. Ele também o amava, mas não era a mesma coisa de anos atrás.

-Nós crescemos - Minhyuk se sentou em cima da mesa ficando a frente do outro - fizemos coisas inimagináveis, cometemos o mesmo erro de nossos pais. Estávamos cegos pela maldição de uma bruxa? Sim. Mas não alivia tudo o que fizemos um ao outro passar. Todos que matamos em prol do orgulho.

-Eu sei.

-Parece que não sabe. Jooheon está morto. E eu o amava, aquilo foi real. Aquilo é... real.

Changkyun se levanta e vai até ele. O acolhe em seus braços e Minhyuk começa a chorar.

-Vamos superar isso Minie - o moreno falou enquanto - vamos reerguer tudo do zero. Honrar a memória deles e nunca mais deixar o ego e o ódio vencer de novo. Você ouviu o que Hyungwon nos disse? O deus Hoseok viu verdade em nós.

-Kihyun está morto.

Aquelas palavras fizeram Changkyun soltá-lo. Seus sentimentos pelo menor ainda existiam. Sentou-se novamente na cadeira e não pôde conter as lágrimas que já rolavam em seu rosto.

-Como? Quando? - perguntou ele.

-Foi infectado pelo veneno de uma das cobras. Eu não sabia até a guerra acabar e Todrick me contar. Mais um morto por nossa culpa. Vamos conseguir viver carregando esse peso? Vai conseguir me amar mesmo sabendo as coisas horríveis que eu fiz? Mesmo sabendo que eu mate Kihyun? Nem eu mesmo me suporto agora.

-Minnie, eu também fiz coisas horríveis! Não podemos consertar o passado. E sim... impedir que o futuro não seja igual. Faremos desse mundo, dos dois reinos um lugar melhor. Eu e você, como sempre deveria ter sido. Se o meu pai não fosse a pessoa mais escrota que já existiu.

-Mais escrota que a gente?

-Ele criou nossa versão escrota então acho que sim.

Eles riram. Mas logo depois veio a culpa. Dessa vez Minhyuk foi até ele, se sentou em seu colo e acariciou seu avantajdo nariz.

-Não é justo - diz ele.

Changkyun o beija de leve.

-Eu sei.

~

No dia seguinte todos os mortos receberam um funeral honrado. Yujin sofria ao lado do túmulo de Hyunwoo. Ela ainda não entendia o que de fato havia acontecido, e nem porque Minhyuk e seu irmão estavam andando de mãos dadas por todo o evento. Mas ela saberia em breve.

Todos os dois reinos vieram enterrar seus companheiros. O sentimento de dor e perda estava estampado no rosto dos presentes. Changkyun não soltou a mão do outro durante todo o funeral. Eles iriam enfrentar tudo isso juntos.

Logo após seria dado um banquete no castelo para todos os que lutaram bravamente na guerra. Guerra essa que ainda atormentava os sonhos dos príncipes. Minhyuk que adorava banquetes e bebidas, não compareceu. Changkyun não estranhou. Teria que respeitar o seu tempo. Afinal, ele mesmo ainda estava muito abalado com a morte de Kihyun. Se sentia culpado por ter reencontrado dentro de si sentimentos adormecidos, mesmo ainda amando seu menino de cabelos violeta.

-Não se culpe - disse Yujin tirando o irmão de seus pensamentos - eu não o culpo. Nosso pai era um desgraçado. Eu me lembro da noite em que tudo aconteceu. Não sabia exatamente o que era, mas ouvia os gritos de nosso pai e as súplicas de nossa mãe. Eu apenas rezava a Hoseok para que você continuasse vivo.

-Eu sinto muito. Por Hyunwoo, por ter te forçado a casar...

-Eu entendo. Não vou dizer que vou esquecer, mas eu te perdoei. Não podemos fazer o mesmo que papai. Somos melhores que ele nisso.

-Você é melhor. Escute eu estive pensando. Vai ser melhor para todos se você assumisse o trono. Passei tempo demais nele fazendo besteira, eu nunca deveria ter aceitado, era o que nosso pai que queria e não eu. Você sempre foi melhor nos assuntos do povo.

-Eles aceitariam uma mulher como sua Rainha?

-Depois de um príncipe louco como eu? Acho que sim.

Ela ri.

-Obrigada. Não vou te decepcionar.

Changkyun sabia que ela se sairia melhor que ele no trabalho. Ele se levanta, estende uma taça e grita:

-Pela Rainha Yujin! Rainha de Dellaria e Monland!

Todos gritaram em retorno. Ela estava feliz, e isso tranquilizava o culpado coração do moreno. Saiu escondido de sua própria festa e foi até seus aposentos. Para sua surpresa, lá estava Minhyuk. Vestindo apenas um roupão de seda transparente. Suas curvas estavam a mostra. Changkyun sentira saudades disso.

Ele percebe a aproximação do outro e se vira, apoiando-se na mureta da sacada. Chang pode admirar todo o corpo nu do outro.

-Você é lindo Minnie.

O loiro estendeu a mão e Changkyun a aceitou. Ele o levou até perto de seu corpo, e o moreno o agarrou por trás.

-Um dia... quando éramos crianças. Você me pediu para que não fosse embora. Para que não te deixasse aqui sozinho.

-Eu me lembro.

Minhyuk se vira e tira seu roupão. Beijando a boca de Changkyun.

-Eu nunca mais vou sair daqui.

Fim

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EPÍLOGO

Hyungwon abriu os olhos e sentiu o cheiro de grama molhada. A última coisa que se lembrava era de ter saído do quarto enquanto ouvia o desenrolar da guerra um pouco distante do palácio de Dellaria. Ele toca nas flores ao seu redor. O vento balançava seus cabelos. Estava de volta ao jardim.

-Finalmente - era Hoseok - você veio.

-Eu estou... morto?

O deus da um sorriso inocente.

-Não. Eu te disse que assim que você cumprisse seu propósito iria viver ao meu lado. Não isso que queria?

-Tudo o que eu mais queria.

Hyungwon vai até ele e o beija. Segura firme em seu pescoço e é ali que ele descobre que aquilo tudo não era uma miragem ou uma alucinação, estava mesmo ali.

-O que aconteceu com a guerra?

-Acabou. A paz foi restaurada, mas um preço muito caro foi pago.

Flashes começaram a surgir na mente de Hyungwon. Os corpos no chão, Minhyuk tentando matar Changkyun. Ficou com medo de perguntar qual teria sido esse preço. Hoseok percebe a expressão de preocupação no rosto do outro.

-Talvez... se nada disso tivesse acontecido... eles não tivessem aprendido. A guerra ainda estaria acontecendo, o orgulho ainda estaria levando eles a fazerem coisas terríveis.

-Não quero saber de mais nada. O que passou... passou. Estou aqui com você agora. Meu noivo. Meu amor.

-Estou gostando dessa sua nova versão.

-Pois agora é você quem vai sentir minha glória.

Hoseok entendeu perfeitamente o que o outro quis dizer. Eles deram as mãos e caminharam juntos para a eternidade.

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