Capítulo 7 - Bumping bodies

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Eu costumo sempre dizer que a vida é uma caixinha de surpresas e que o universo age conforme ele quer. Ou seja, nunca decidimos de fato o que estamos fazendo. Se algo der errado, universo nos cobrando; se algo der certo, universo nos recompensando. Anahí saiu tão extasiada com tudo que tinha acontecido que só se deu conta que estava sem a bolsa quando foi destravar o carro no estacionamento e percebeu que estava sem as chaves. Estranhou-se, não costumava esquecer as coisas. Sempre fora focada demais em tudo, a mais atenta em cada detalhe, a que sempre sabia os compromissos mesmo sem a secretária avisar... Aquele encontro havia realmente mexido demais com tudo. Caminhou de volta ao elevador e digitou os números do andar do estúdio. A última vez que esteve com sua bolsa foi quando entrou no camarim de Alfonso, ainda estaria lá. Assim que as portas se abriram e ela andou em direção a sala, um sorriso se formou em seu rosto. A lembrança viva do que tinha acontecido alguns minutos antes entre ela e Alfonso. Observou o nome dele que ainda estava colado na porta, se demorou um pouco ali, analisando cada letra daquele nome que ela há tanto tempo sonhava em saber.

Anahí: Alfonso Herrera. – leu baixinho, tocando o papel e em seguida abrindo a porta do camarim. Ainda sorria quando entrou e viu a bolsa jogada exatamente onde deixará mais cedo. Mas a sala não estava vazia.

Alfonso: Pensei que já tivesse ido embora. – a voz grave a fez levantar os olhos e encara-lo. Seu corpo fraquejou assim que o viu, sem camisa, recostado na porta do banheiro e sorrindo divertido ao vê-la por ali.

Anahí: Esqueci minha bolsa. – disse em um fio de voz, desconcentrada demais com a visão que tinha. Ele então se aproximou.

Alfonso: Que bom então. – a encarou, caminhando na direção dela em passos lentos. Anahí estava com os pés pregados ao chão, não conseguia se mover e muito menos desviar do olhar do dele. – Porque eu queria muito beijar você de novo e não estava gostando de ter que esperar até hoje à tarde. – e com isso a agarrou, puxando-a para si com força.

Um encontro agressivo de dois corpos que se desejavam mais do que qualquer coisa no mundo naquele momento. Anahí segurou o rosto dele entre as mãos, mantendo-o firme em seus lábios num beijo tão intenso que quase podia sentir o gosto de sangue na boca, e não era ruim. Ele a apertou contra si de um modo que quase viraram um só, podia sentir cada batimento fora do ritmo do coração dela, cada mínimo detalhe de pele se chocando contra a dele. Anahí então se afastou, recebendo um olhar confuso assim que deixou de pertencer a boca dele. Não falou nada, apenas o empurrou com força em direção ao banheiro e fechou a porta atrás de si. Alfonso riu, tomando-a para si novamente e jogando seu corpo contra o balcão de mármore. Precisava senti-la ao seu máximo, estava duro demais e seu corpo ansiava por entrar dentro dela, e da parte dela a vontade era quase que ainda maior. Em um movimento ávido ele a lançou em cima do balcão, sem deixar de beija-la, subindo até a altura da cintura o vestido que ela usava, liberando uma visão privilegiada daquele par de pernas. Anahí arfou com o simples toque das mãos em suas coxas, seu corpo estava inquieto, precisava dele, precisava ser dele e ele, como se tivesse ouvido os pensamentos dela, escorregou uma das mãos para entre as pernas dela. Anahí arfou, jogando a cabeça contra o espelho atrás de si, deixando escapar um gemido rouco. Alfonso se deliciou com a cena que via, ela totalmente entregue a apenas um toque dele em seu intimo, os olhos azuis ainda mais intensos naquele momento. Continuou movendo os dedos por cima da calcinha de renda que ela usava, observando cada movimento que ela fazia, o que o deixava ainda mais excitado. Ela levantou o corpo e o beijou, mordendo os lábios dele com uma força que podia rasgar a pele, desejosa demais. A unhas apertavam as costas nuas dele deixando linhas vermelhas por onde passavam. Desceu as mãos até o zíper da calça que ele usava e a abriu, sem deixar de beija-lo, encontrando uma ereção latejante. Anahí sorriu assim que o viu abrindo os olhos e a observando, encarando o que ela fazia. Alfonso se afastou, permitindo que ela baixasse a calça até onde queria e podia estando naquela posição. Observou a cena, maravilhado demais, ajudando-a quando percebeu que ela o queria completamente nu. Um silencio esmagador se formou enquanto ela passava a língua nos lábios e o encarava, puxando o vestido e o tirando por completo, revelando uma Anahí ainda mais deslumbrante naquela lingerie azul royal. A distancia entre os dois pareceu sufocar e então ela se aproximou, passando levemente as unhas pela barriga dele e descendo até sua ereção. Beijou-o rapidamente, lançando lhe um olhar que o fez tremer, enquanto se abaixava para, sem pressa alguma, começar a lamber a base do pau dele. Alfonso encostou o corpo na parede, em transe com o que ela fazia, sentia que gozaria a qualquer momento se ela continuasse. Agarrou-a pelos cabelos e fodeu lentamente a boca de Anahí, quase gozando assim que percebeu a forma como ela o olhava enquanto ele se movimentava contra ela. Seu corpo todo podia entrar em convulsão somente com aquilo e então se afastou, ainda a segurando pelos cabelos. Anahí levantou sorrindo, passando a língua pelos lábios como se quisesse sentir ainda mais o gosto dele, sem deixar de encarar o par de olhos verdes.

Luz dos Olhos TeusOnde histórias criam vida. Descubra agora