Só tinha de ser com você

Férias em Orlando - Você joga sujo

Oi gente!
Primeiramente, peço perdão caso o capítulo esteja abaixo do esperado... Não tô muito inspirada hoje, mas precisava atualizar pra vocês!
Segundo, tô aceitando ajudas para escrever e ter ideias pros próximos capítulos.
Beijo!
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Natália POV

Estar perto de Hariany era estranho, era como se a menina tivesse um imã que sempre me puxaria pra perto. Foi o que aconteceu quando dançamos juntas no São João do Pelô e era o que estava acontecendo agora. Não vou mentir, sua insistência alimentava meu ego, mas não só isso, eu sentia algo além, mas não queria dar o braço a torcer. Não até agora.

- Fica aqui comigo, só um pouco - Hari disse, me empurrando contra a parede.

Meu corpo inteiro se arrepiou e meu coração passou a bater descompassado. Ela estava perto demais e na única e ultima vez que tivemos um contato assim, nos beijamos.

Encostei nossas testas e fechei os olhos para tentar recompor minha respiração. Afastei e segurei seu rosto, com uma das mãos em sua nuca, enquanto sentia seus braços acariciarem os meus.

- Isso é tão confuso pra mim, Hari - desabafei.

- Então me deixa te mostrar que não precisa ser, sô - ela disse, sorrindo.

- Pra você é tudo tão mais fácil... Você é uma menina, que sabe tudo o que quer e gosta... Já tô ultrapassada, oxe.

Hariany riu e se aproximou novamente - Posso te ensinar a fazer ser mais fácil - disse, encostando seus lábios nos meus.

Novamente senti meu corpo se arrepiar e o estômago embrulhar. Não era possível que uma menina me fizesse sentir aquilo. Não que ela não tivesse essa capacidade. Estaria eu em fase de negação? Bom, pelo foi o que aconteceu com Carol durante o BBB.

Ouvi Clarisse gritar meu nome pelo corredor e saí de perto de Hari, que ficou imóvel na mesma posição. Percebi sua feição mudar radicalmente e o olhar cair.

Escancarei a porta e saí, sem me despedir. Caminhei lentamente pelo extenso corredor até meu corpo como que automaticamente voltar para a porta do quarto. Hari ainda estava ali, parada, observando a janela.

- Ei! Vá deitar - falei, sorrindo.

- Já vou... - ela respondeu.

- A gente não terminou essa conversa viu? Juro que no meu tempo ela sai e prometo não demorar com isso.

Carolina POV

- Eu te amo, Peixinho... Mas acho que preciso de um tempo pra digerir as coisas, sabe?

- Dói saber que você não botou fé em nada do que te falei. Tempo pra lidar com o fato de que aquele otário tentou me beijar a força? - falei, me soltando de seus braços.

- Não é isso Carolina. Você já me viu beijando alguém que não fosse você... Como você se sentiu com isso?

- Ódio, mas era diferente. O que um não quer, dois não fazem - respondi.

- Eu já entendi o que houve e sinceramente, não quero mais falar sobre isso - Gabi voltou a tomar sua cerveja e pegou um pedaço do frango.

- Já vou embora... Você vem? Não precisa ficar aqui gastando dinheiro atoa com uma casa enorme daquelas - perguntei, andando até a porta.

- Vou, mas vou mais tarde... Preciso ajeitar minhas coisas por aqui.

Deixei o hotel com a pressa de quem tem uma vida pra salvar. Não suportava mais o fato de ver Gabriela dizendo que acreditava no que eu dizia, mas pedindo tempo para digerir o ocorrido. Ela, mais do ninguém, pelas causas que luta e defende, deveria se por no meu lugar, como quis que eu fizesse com ela.