Só tinha de ser com você

Reconciliação?

Oi!
Não revisei, então desculpem os erros.
Divirtam-se! ❤️
---------------------

Carolina POV

Se tinha uma coisa que eu era, era orgulhosa. Porém, não aguentava mais ser preenchida pela incerteza de ter ou não Gabriela comigo.

Os fatos me mostravam o oposto do que eu sentia e não sabia exatamente em que patamar nossa relação estava. Se é que ela existia.

Quando Clarisse me contou que havia agendado as duas entrevistas para dias seguidos, não pensei em nada além de ir ao encontro de Gabi. Primeiro porque sabia que ela teria de ficar em São Paulo. Segundo porque ela precisaria de ajuda. Terceiro porque eu sentia sua falta.

Alinhei meus compromissos em Salvador e liberei uns dias na agenda, decolando no dia anterior ao compromisso de Gabriela.

- Tudo certo sua ida pra São Paulo? Onde vai ficar? - perguntei, pelo whatsapp.

- Tudo certo sim... amanhã cedo saio daqui e vou direto pro tal do CASV. De lá vou pro hotel onde geralmente fico... - respondeu.

O plano me pareceu perfeito. Tudo estava alinhado.

O universo finalmente conspirava conosco.

Gabriela POV

Se tem uma coisa que eu amava, era o fato de que ambas irmãs Peixinho eram extremamente prestativas. Clarisse havia conseguido datas para as entrevistas do visto em dias seguidos. Ela sabia que era difícil ter que ir em dias diferentes e conseguiu tal proeza. Graças a Deus.

Deixei Ribeirão às 7h da manhã. Minha entrevista era ao 12h. Com sorte conseguiria chegar à tempo, sem atrasos.

A Rodovia dos Bandeirantes parecia infinita. Minha cabeça só pensava em como eu sentia falta de Carolina, de sua voz, seu cheiro, seu toque. Liguei o aparelho de som e decidi ouvir Silva.

Peguei o celular e tornei a gravar uma mensagem de áudio cantando para Carolina:

"Eu quis tanto ter você
quando você não me quis
e agora a gente é
feliz e ponto...
Com amor se paga amor
e o ditado é quem diz
e a gente ama assim sem dar desconto
deixa ser mais leve que você.
Essa coisa que faz flutuar
deixa que te faça entender
tanto quanto
já te fez sonhar sem perceber,
já te fez querer sem dúvidar,
deixa esse amor cadenciar manso"

...

Carolina visualizou o áudio e o ignorou, o que me fez sentir raiva. Porque diabos ela me ignoraria, se havíamos reestabelecido parcialmente nossas conversas? Que Carolina era complicada, eu sabia, mas não sabia que seria tão difícil lidar com ela.
Cheguei ao CASV para a "pré entrevista" consular, que durou menos de 20 minutos. Quando ia deixando o local, vi uma mulher de macacão preto encostada em meu carro.
Meio metro de altura, corpo definido, cabelos castanhos iluminados, pele extremamente bronzeada para alguém de São Paulo. Cheguei mais perto, boquiaberta e arrepiada. Era Carolina. E o que ela fazia ali? Como? Quê? Não estava entendendo mais nada.

- Oi, pretinha! - gritou, vindo ao meu encontro.

- Que-que-que-que isso? - gaguejei, abraçando-a.

- Não aguentei de saudade - falou, olhando em meus olhos - além de que, a gente precisa conversar.

- Precisamos - disse, dando-lhe um selinho - Você tá em que hotel?

- No seu, óbvio - respondeu, rindo.

- Preciso fazer o check-in. Vamos pra lá e depois a gente vê se vai em algum lugar pra comer... tô morta de fome - falei.

Carolina assentiu e entrou no carro, enfiando sua pequena mala no banco de trás. A mala entregava que ela estava ali por um curto período, mas não me aborreci, já que estava na mesma situação que ela.