Primeiro: Veja o casamento de seus pais acabar.

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Uma coisa que eu, Na Jaemin, sempre admirei desde de meu nascimento, até meus 14 anos, foi o casamento de meus pais.
Eu olhava os dois juntos, com a felicidade e amor estampada em gestos e sorrisos, na troca de olhares e risadas, e eu achava aquilo tão lindo, e que seria eterno. E eu estava errado.
Quando completei 14 anos, eu recebi um belo presente dos meus pais: o divórcio deles. E foi naquele momento que o amor não fez mais sentido pra mim, e eu prometi a mim mesmo: eu nunca iria me apaixonar, pois se o amor de meus pais acabou, o meu também acabaria, simples e fácil o raciocínio.

Viajava entre pensamentos no banco de carona do carro de meu pai, até que ouço sua voz chegar em meus ouvidos:

- Então, filho, alguma namorada? - Falou com um sorriso, eu sabia que o sonho do meu pai era me ver casar e ser feliz em um relacionamento, triste por isso nunca acontecer.

- Não, pai, por quê teria uma namorada? - Olhei para ele, enquanto ele parava em frente a minha escola, quando terminou de estacionar, ele me olhou confuso. - O amor não existe, pai, e você é a prova viva disso.

- Filho... Eu e sua mãe somos um caso diferente, o amor existe sim, filho, e ele estará esperando por ti. - Disse calmamente, acariciando minha coxa.

- Eu não entendo por quê você e minha mãe são diferentes, mas, tudo bem pai. Mas isso ainda não muda minha opinião. - Disse abrindo a porta do carro, saindo dele. - Tchau pai!

Fechei a porta e fui em direção a escola, sabendo que meu pai ainda me observava, me virei novamente acenando para o meu pai, de uma forma avisando que ele devia ir, bati meu dedo em minha pulseira, em forma de dizer que ele ia se atrasar para o trabalho, logo ele arranca o carro dali.

Me viro para frente dando de cara com Donghyuck, o meu (infelizmente) melhor amigo.

- Bom dia Nana! Hoje você acredita no amor? - Falou passando o braço em meu ombro, logo começamos a andar. Revirei os olhos com sua fala, era sempre assim, toda manhã.

- Bom dia Filho da Puta, não, eu não acredito no amor. - Disse calmamente, tentando não socar a cara do garoto ao meu lado, que sempre me enchia a paciência.

- Uma pena já que tô' apaixonado. - Disse com um sorriso bobo no rosto, olhando para o chão. Que idiota. - Já sinto as fudidas das borboletas só de pensar nele.

- Eu acho que isso seja tesão, não amor. - Disse de uma forma sarcástica, tentando esconder minha leve preocupação com a situação de Donghyuck, não quero que ele sinta as fudidas das borboletas e acabe se magoando no final.

- Tesão o caralho, mas, não nego que ele é um pitel. - Disse, dando de ombros, e esse era o Donghyuck, meu melhor amigo desde de sempre.

- Posso pelo menos saber o nome do meliante? - Disse abrindo meu armário que era ao lado do de Donghyuck, pegando o material do dia.

- Mark Lee. Nome lindo, que nem a cara dele. - Disse soltando um suspiro, soltei uma risada soprada.

- Que romântico. - Disse irônico, fechando meu armário e ouvindo o sinal tocar. Logo puxei Donghyuck em direção a sala, que continuava a falar todo abobado sobre Mark Lee.

[...]

- Bom dia alunos. - Disse o Professor Lee, recebendo um "bom dia" triste e cansado dos alunos. - Bom, hoje entrará um aluno novo na classe de vocês, ele era do Primeiro B, mas rolou alguns problemas e ele veio para nossa classe. Não é, Lee Jeno?

- Eu já disse que não é culpa minha se eu briguei com aquele garoto. - Disse o tal Lee Jeno baixo, olhando para o professor. - A culpa é dele de falar que é idiotice morrer por amor!

- Sinceramente... Senta logo em algum lugar Jeno. - Disse Professor Lee, de uma forma estranhamente intima com o novato.

Lee Jeno passa do meu lado indo para o único lugar livre, murmurando um "nem acredito que é meu irmão, espero que se exploda.", e se sentando.

Olhei para Lee Donghyuck, preparado para fazer um comentário ácido sobre o motivo de Lee Jeno vir para nossa classe, mas o meu melhor amigo estava sorrindo bobo para o celular, e eu já sabia que não seria escutado.

O amor é tão idiota, e olha que ele nem existe.

[...]

- Você se lembra do motivo que o novato foi parar em nossa classe? Sinceramente, tão idiota brigar por isso. Ainda mais quando o outro cara tava certo. - Disse, colocando uma batata frita na boca.

- Eu não acho errado, ele só estava agurmentando sobre o que ele defende. - Deu de ombros, dando uma mordida em seu bolo. - Aliás, eu to bonito?

- Na medida do possível. - Disse brincalhão, recebendo um soco de Donghyuck em meu braço. - Eu to brincando, Hyuck. Por quê?

- O Mark ta vindo pra cá, vocês vão se conhecer. - Disse batendo palmas animadamente, se olhando na câmera do celular, e arrumando seu cabelo.

- Vamos conhecer o pobre coitado que é sua presa dessa vez. - Disse brincalhão, recebendo um olhar irritado de Hyuck. - Vocês estão namorando?

- Sim, só que ele não sabe. - Disse simplista, olhando para algo além atrás de mim, e abrindo um grande sorriso. - Mark! - E começou a acenar na direção do garoto.

Me virei para trás visualizando o tal Mark, com um grande sorriso no rosto, e ao seu lado Lee Jeno, com um sorriso simpático, se aproxiram de nossa mesa. Jeno sentou ao meu lado e Mark ao lado de Hyuck, que se comprimentaram entre si.

- Olá, eu sou Mark Lee, e esse é Lee Jeno. - Disse com um sorriso, estendendo a mão para mim, a apertei, e em seguida apertei a de Lee Jeno, que tinha um sorriso pequeno.

- Claro, Lee Jeno, o novato da classe que brigou por causa de clichê amoroso. - Falei com um humor ácido escondido em um sorisso simpático, o que fez Donghyuck arregala os olhos para mim, e começar a nossa comunicação de melhores amigos, onde nos comunicavamos por olhares.

"Nem pense em ser grosso com ele, Na Jaemin."

"Fique calmo Lee Donghyuck, não vou estragar seu namoro."

"Cuidado com o que fala, nem todos te entendem."

"Está bem, está bem."

- Sou Na Jaemin, e eu odeio o amor. - Disse com um sorriso, e ouvi Donghyuck colocar a mão no rosto e murmurar um "eu mereço".

Como Não Se Apaixonar • NominOnde histórias criam vida. Descubra agora