Quinto: Tenha aulas de amor com Jeno

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- Na Jaemin, eu irei provar para você que o amor existe. - E então ele sorriu, com um brilho esperançoso nos olhos.

[...]

Finalmente havíamos terminado aquele trabalho, e a frase de Lee Jeno ainda ficava em minha cabeça "vou provar para você que o amor existe." Como ele iria provar isso? Com mais histórias de Shakespeare?
Com o fim do trabalho estavamos comendo um lanche que minha mãe havia preparado, Lee Jeno e ela conversavam entre si, enquanto eu vagava em pensamentos, até que fui chamado atenção.

- Nana, o seu amigo é muito bonito... - Disse minha mãe, logo percebi a movimentação de Jeno ao meu lado, que parecia envergonhado. - Ele é mesmo somente amigo?

- Mãe, já conversamos sobre isso, certo? - Disse para ela, mexendo a cabeça em negação, e olhei para Jeno, que parecia se divertir com a situação, e sussurrei. - Ignore... - Lee Jeno concordou, risonho.

- Você sabe que eu só quero que você namore alguém filho... - Ela disse, fazendo mais um sanduíche e dando a Jeno alegando que ele estava magro.

- Uma pena que não irá acontecer mãe, e você sabe bem... - Disse e ela suspirou concordando.

Logo que havíamos terminado o lanche, levei Jeno até a porta.

- Então pronto, só apresentar segunda feira e temos nossa nota. - Jeno concordou e sorriu.

- Não se esqueça: irei te provar que o amor existe. - Disse ele ainda sorrindo, olhei para ele dando um sorriso irônico.

- Boa sorte. - Disse acenando para Jeno, vendo ele se afastar, ainda com um sorriso no rosto. Ele sorria muito, não que seja algo ruim.

Fechei a porta e respirei fundo, e me enconstei nela. Acabei percebendo que estava sendo amigo do Viciado em Romance.

[...]

Já era segunda, e estávamos na terceira aula. Entregamos rapidamente o trabalho a professora, não era necessário apresentação, então foi simples e rápido.

- Galera, acabei de voltar do banheiro. - Falou Donghyuck gritando, enquanto entrava de novo na sala. - Mandaram avisar que é aula vaga. - A sala gritou em comemoração, e voltaram em suas conversar e outras coisas.

Enquanto rasbicava meu caderno distraidamente, vi alguém chegar ao meu lado e sentar, olhei para o lado e vi que era Lee Jeno, me olhando sorrindo.

- Hoje iremos começar sua aula sobre amor. - Disse, se aproximando mais tirando seu caderno da mochila, com um sorriso que o fazia ter eye smile.

- Aula de amor? - Disse rindo. - Que duplo sentido Lee Jeno... - Ele negou com a cabeça enquanto revirava os olhos.

- Fique quieto Na Jaemin. - Ele disse, e fiz um sinal de que ia ficar quieto. - Por que você acha que as pessoas acreditam no amor?

- Pois são solitárias e não sabem dar importância a coisas pequenas e acham que vão ser felizes apaixonadas. - Disse olhando ele, vi ele afirmar lentamente enquanto mordia o lábio pensativo.

- Sabe por que as pessoas acreditam em amor, Na Jaemin? - Ele disse e me olhou. - Por que o sentem. Não é por que são solitários, triste ou qualquer coisa, simplesmente os sentem. E a gente não precisa de amor pra ser feliz, mas, eles nos completam, e nos deixam felizes, nos dão uma esperança e motivo a seguir ao pensar em sua alma gêmea, entende? Acreditamos nele por que o sentimos e ele é uma esperança para nos.

- Consigo entender o lado de vocês, mas ainda não acredito no amor, Lee Jeno. É complicado. - Disse olhando para o lado, estava acostumado a conversar sobre isso, e querendo ou não, continuo me sentindo mal a isso.

- Poderia me dizer por que não acredita em amor? - Disse, e me olhava de forma curiosa, provavelmente notou a minha mudança rápida de humor, sorri sem humor algum.

- Acho que não somos próximos o suficiente, Lee Jeno. - E ele simplesmente concordou com a cabeça. Olhou em volta, e sorriu ao ver do outro lado da sala. - Olha lá, o Donghyuck e o Mark, olha como eles se olham e como sorriem, como você nomeia isso?

- Acho que teoricamente isso é amor, pelo menos é como as pessoas o descrevem. - Disse olhando os dois, a forma como se olhavam era pura e dava para ver um sentimento positivo e profundo naquilo, dava para ver que se amavam, suspirei e olhei Lee Jeno. - O que você ganha me fazendo acreditar em amor?

- Eu ajudo a sua alma gêmea e encho seu coração de esperança, simples. - Disse olhando pra mim e me dando um leve sorriso. - Acho que está dando certo.

- Talvez, Lee Jeno, talvez. - Disse dando de ombro, peguei meu caderno novamente e comecei a rasbicar um desenho qualquer. Senti um corpo me cobrir, e dois braços se apoiarem na mesa, ficando em minha volta, em seguida um queixo se apoiou em minha cabeça.

- O que está desenhando? - Disse Jeno, e depois apoiou o queixo no meu ombro, para ver o desenho melhor. Me senti levemente nervoso com a proximidade, mas deixei quieto.

- Nada demais, acho que uma pessoa. - Ele concordou com a cabeça de forma silenciosa.

- Você desenha bem. - Ele disse olhando meu desenho, dei um leve sorriso agradecendo. Ele continuou ali, me observando desenhar com o peitoral apoiado em minhas costas, suas mãos ao meu lado em apoio a mesa e o queixo apoiado no meu ombro, me observando, até que a aula vaga acabou. - Tchau Na Jaemin. - Ele se afastou e sorriu, indo para seu lugar.

Suspirei relaxando, já que ele tinha se afastado, e vi Donghyuck se aproximar, com um sorriso no rosto.

- Eu vi. - Ele disse, enquanto sentava em seu lugar.

- Viu o que? - Falei, ainda focado no desenho.

- O Jeno todo namoradinho vendo você desenhar. - Ele disse ainda sorrindo. - Parece até que namoram a anos, foi fofo, deveriam namorar logo.

- Não fale besteira Donghyuck. - Eu disse o repreendendo, apontado meu lapis, e olhei para ele, seriamente. - Você sabe que nunca será possivel eu namorar, eu não acredito no amor, mesmo que ele exista.

- Você vai acreditar no amor, até que alguém o faça o sentir. - Disse ele, olhando para o lado pelo canto do olho provavelmente, para Jeno.

- Nem vem, Donghyuck. - Digo de um modo severo.

- Eu só quero que você seja feliz Nana, as vezes eu acho que você parece muito solitário... - Ele disse preocupado, e logo a professora entra na sala.

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