Décimo Sétimo: Brigue com Jeno (de novo)

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"Por que está me evitando? - Ele disse por fim, me encarando como se pudesse ver minha alma. E eu duvido nada disso. - Por que se declarou para mim, e simplesmente corre de mim todas as vezes que quero me aproximar? "

Ele se aproxima mais de mim ao terminar de falar, me fazendo prender a respiração. Observo seu rosto por alguns segundos, e solto um riso, tentando disfarçar.

- Do que está falando, Jeno? Eu nunca fugi de você. - Digo, tentando disfarçar a verdade. A verdade que eu sou um frangote.

- Não faça o sonso! O Hyuck me contou tudo! Ele disse que você está sim me evitando, pois está com medo de algo que eu nem sei mais! - Ele disse aumentando um pouco o tom de voz, talvez uma forma de tentar me encurralar contra a parede e me fazer falar a verdade. O que - espero que - não dará certo.

- Ele está delirando! Eu não estou fugindo! - Digo, não dando de jeito nenhum o braço a torcer. Tento passar por ele, mas, novamente sou bloqueado pelo corpo de Jeno. - Eu já disse Jeno: está tudo bem! Eu não estou fugindo de você. Eu só estava verdadeiramente ocupado.

- E aquilo? - Ele fala, e eu me sinto confuso. Jeno permanece me encarando, parecendo levemente magoado. - O que você me disse no banheiro. O que você quis dizer com aquilo?

E então, foi nesse momento que o desespero e a insegurança me atacaram.

- Esquece aquilo, por favor. - Falo em tom de súplica, e sinto que eu podia me ajoelhar para implorar que ele apague aquilo da mente. - Eu não devia ter te dito, será tudo melhor com o Renjun, acredite.

- Com o Renjun? O Renjun é meu amigo, Jaemin. Apenas. - Acabo soltando um riso, meio nervoso, meio desesperado e meio desacreditado. Deus, nunca estive tão confuso.

- Como? Vocês passam tanto tempo junto, parecem um verdadeiro casal. Na verdade, acho que formariam um lindo casal. Vocês poderiam tentar sair e... - Sou cortado por Jeno, que diz em um tom impaciente e irritado.

- Jaemin, eu tive paciência com você por bastante tempo. Eu não gosto de Renjun, e não aguento mais você me empurrando para cima dele e depois ficando com cara de cu! - Ele disse irritado, gesticulando com as mãos. Ele passou a mão em seu cabelo, os jogando para trás enquanto puxava ar (e paciência). - Anda, fala! Fala para mim! Por que me empurra para cima dele? Quer tanto se livrar de mim ou qualquer coisa do tipo?

- Não é nada disso! Eu quero te ver feliz! Simples! - Respondi, erguendo a minha voz também. Ele apenas soltou uma risada sem humor, cruzando os braços.

- Eu juro, que se você continuar querendo dizer o que seria a minha felicidade, eu vou te socar. - Ele disse me olhando irritado, e ergueu novamente o tom. - Me responda: por quê?

- Por que... Por que eu te amo. - Digo sincero, sem saída. Eu já havia estragado tudo, falar isso não faria a mínima diferença. Ele apenas me olhou sem esboçar reação. Uau, isso doeu. - Eu te amo e sei que namorar comigo pode ser uma cilada por motivos óbvios. Eu não sei namorar, eu não sei ser romântico, não sei mimar... Eu nem sei amar direito. E... - E mais uma vez ele corta minha fala, só que de um jeito um pouco melhor.

Quando eu percebo, seus lábios já estavam pressionados contra o meu. Em nada mais profundo que um selinho, mas, o bastante para fazer meu coração acelerar, as borboletas se agitaram e eu parecer uma gelatina.

Ele se afasta e eu apenas consigo olhar seu rosto, ainda meio surpreso. Ele sorria pequeno, observando meu rosto, e eu não me atrevia a falar nada. Não queria gaguejar na frente dele.

- Você é um idiota, Jaemin. Não existe jeito certo de amar. - Ele tomba a cabeça para o lado, me olhando. - Eu realmente falhei nas aulas... - A minha única reação é soltar um riso bobo.

- Eu... Bem... - Rio de novo, meio molenga novamente. Ele ri da minha cara, e permaneço com um sorriso no rosto. - Então, você... Gosta de mim?

- Gosto, Nana. Não estava óbvio? - Ele disse abraçando meu pescoço, observando meu rosto. - Os meninos viviam me zoando por eu deixar óbvio, achei que tivesse notado e por isso agisse daquela forma.

- Eu nunca notei, e agir dessa forma com você é automático. - Digo o observando, ainda sem reação e saber o que dizer. Seguro sua mão, meio receoso. - Vamos sair daqui de dentro, daqui a pouco toca o sinal para irmos embora.

- Claro. - Ele simplesmente entrelaça nossos dedos, sorrindo para mim novamente. - Quer ir em casa? Podemos jogar videogame de novo.

- Eu quero. - Sorrio para ele e o mesmo devolve o sorriso, e sinto que posso explodir por dentro.

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o capitulo horrível me explode
ps: reta final seguimores (Quero chegar pelo menos até o 20, mas, o resto provavelmente será boiolisse se tiver como fazer isso)

Como Não Se Apaixonar • NominOnde histórias criam vida. Descubra agora