Porta de Esperança

Chocolate de banana

- Eu quero qualquer um, menos o chocolate de banana!
Disse Toinho em meio aos primos que cercavam a tia Zuleica. Ela abria uma caixa de chocolates que comprara.
- Você vai comer qualquer um que eu der. Não é melhor que ninguém pra escolher!
Respondeu ela enquanto ainda abria a embalagem plástica que envolvia a caixa.
Tudo bem que Toinho era meio impulsivo, mas ele recebeu o chocolate por último e foi justamente o de banana.
Ele não hesitou quando lançou o chocolate debaixo da mesa e trancou-se no banheiro.
Tia Zuleica batia na porta para dar umas broncas no garoto pelo atrevimento.
- Não custava nada ter dado o chocolate que o garoto queria tia Zuleica!
Disse uma das primas.
- Custava! Pra ele aprender a ser humilde, mas a mãe dele vai ficar sabendo.
Certamente Toinho ia levar umas boas palmadas quando sua mãe chegasse do trabalho, mas cá pra nós, tem gente que se aproveita da falha de personalidade nas pessoas pra provocá-las e colocá-las num lugar sempre pior. O do julgamento.
Falar mal de Toinho: não é tão difícil acreditar, mas ajudar a melhorar ninguém quer. Entre vinte bombons, oferecem justamente o pior.