Capítulo 4

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J-Hope:- Eis que a deusa desperta.

S/N abriu os olhos e viu-o envolto por um raio de luar. Arremessada de volta à consciência, sentia o seu corpo vibrar, inconformado com a brusca interrupção das carícias.

S/N:- Mas o que é isto?! - interpelou-o, notando, que sua voz saíra ofegante. Ainda podia sentir o gosto dele nos seus lábios, o calor daquelas mãos em sua pele... - O que pensa que está fazendo? É o cúmulo! Tentar me seduzir durante o sono!

J-Hope:- Você esteve bem receptiva... - comentou, com um sorriso malicioso.

S/N:- Mas... mas quanta audácia!

J-Hope:- E correspondeu de uma maneira surpreendente para alguém que se encontrava dormindo... - prosseguiu calmamente, traçando os contornos da orelha dela com a ponta do dedo. - Você parece gostar que eu a toque. E eu gosto muito de tocá-la. - Falava em voz baixa, rouca, sensual.

S/N:- Saia de cima de mim!

Ordenou ela, procurando a todo custo se proteger daquela emoção assustadora que ameaçava enfraquecê-la.

J-Hope:- S/N... - Ele lhe mordiscou o lábio inferior e, sen­tindo-a tremer ligeiramente, foi tomado por uma estanha sensação de poder. Seria tão fácil persuadi-Ia... e tão arriscado... Com esforço, sorriu amigavelmente para ela. - Você está apenas adiando o inevitável.

S/N guardou nos olhos um toque de frieza e falsa determinação, enquanto lutava para estabilizar a respiração.

S/N:- Desta vez eu não prometi nada. - falou, em tom de ameaça. - Se não sair daqui agora, vou começar a gritar.

J-Hope ergueu uma das sobrancelhas em sinal de descrença.

J-Hope:- Seria interessante, de fato, explicar esta... situação para Yoongi e Lisa. Ora, deixe disso. Nós dois sabemos que você não vai chamar ninguém.

S/N:- Ah, não? Posso saber por que está tão certo disso?

J-Hope:- Porque, se quisesse de fato me colocar para fora do seu quarto, já teria gritado há muito tempo. - E rolou para o lado. - Diga que estou mentindo.

S/N se sentou e passou a mão pelos cabelos. Maldito!

S/N:- O que você quer agora? Como é que entrou aqui? Eu tranquei...

Não terminou a frase, quando, olhando na direção do terraço, viu a porta escancarada.

J-Hope:- Você pensou que uma simples fechadura seria empecilho para mim? - Soltando uma risada, traçou com o dedo o contorno dos lábios dela. - Ainda tem mui­to o que aprender, meu amor.

S/N:- Agora escute...

J-Hope:- Não. Deixe as recriminações para depois. - Distraidamente, pegou uma mecha dos cabelos dela. - Eu vim até aqui para ter a certeza de que você não arranjará uma desculpa para não ir à minha casa amanhã. Há duas coisas que eu gostaria de discutir com você.

S/N:- Mas que coincidência! - ironizou, antes de elevar a voz, furiosa. - Eu é que tenho uma porção de coisas para discutir com você! Em primeiro lugar, o que estava fazendo na praia, aquela noite? E quem...

J-Hope:- Mais tarde, Afrodite. Agora eu não consigo pensar em nada, a não ser nesse perfume que está usando. É tão... - encontrou o olhar dela - ... estimulante...

S/N:- Chega! - ela não confiava nem um pouco naquele tom de voz, muito menos naquele sorriso. Olhou-o com frieza. - Que papel você esteve representando esta noite?

J-Hope:- Papel? - Arregalou os olhos, fingindo não entender. – S/N, meu amor, não sei do que você está falando. Eu não costumo representar.

S/N:- E agora fica jogando charme para cima de mim como se eu fosse uma idiota. Não percebe o quanto é ridículo? Hoje, durante o jantar, você... - Titubeou, a sentir os dedos longos alisarem o seu braço. – Você... foi... um perfeito cavalheiro.

Paixão na GréciaOnde histórias criam vida. Descubra agora