J-Hope:- Eu não vou tocar em você, prometo. - disse ele, fechando os punhos, frustrado. - Sente-se, S/N, antes que tenha um colapso nervoso.
S/N:- Não me diga o que fazer. - A voz tremia, e ela se odiou por essa demonstração de fraqueza. Obrigou-se a se voltar novamente para ele e o encarou: - Você não tem esse direito.
Namjoon entrou, silencioso, observador. Olhou de relance para S/N, enquanto descansava a bandeja sobre a mesinha de centro, e viu o que J-Hope parecia não ver: os olhos dela eram transparentes demais. Dava para se ler o coração de S/N, através deles.
Namjoon:- Aqui está o seu café, senhorita. - disse com gentileza.
S/N:- Não, obrigada.
Namjoon:- Por que não se senta um pouco? - E, antes que ela pudesse protestar, levou-a até uma poltrona.
J-Hope continuava em pé, observando, impotente, o tato que o amigo deixava transparecer com aquele ar paternal.
Namjoon:- Tome um gole. - prosseguiu, estendendo-lhe uma xícara. - O seu rosto está sem cor, e um pouco de café só poderá lhe fazer bem.
S/N aceitou a xícara e olhou para ele.
S/N:- Obrigada. - murmurou.
Namjoon olhou para J-Hope de um modo enigmático e então saiu da sala.
S/N bebeu depressa, querendo recuperar as suas forças, torcendo para que o líquido fumegante caísse bem, no seu estômago vazio. Colocou a xícara vazia na bandeja e perguntou:
S/N:- O que mais você quer de mim?
J-Hope:- Mas que droga, S/N! Eu não trouxe você aqui para falar de Rosé.
S/N:- Não? Você me surpreende. - Sentindo-se melhor, se levantou. - Embora eu não devesse me surpreender com nada que vem de você.
J-Hope:- Você imagina que eu seja a criatura mais vil que já conheceu, não é? Na certa, pensa que fui eu quem matou Stevos...
S/N:- Não. - retrucou ela calmamente. - Ele foi apunhalado pelas costas.
J-Hope:- E daí?
S/N:- Daí que acredito que você mate os seus inimigos de frente.
J-Hope foi até o bar e encheu um copo com Soju. Tomou um gole antes de falar:
J-Hope:- Acha que eu tentei matar Rosé? S/N, na noite passada...
S/N:- Eu não quero discutir a noite passada com você. - A voz era fria e não admitia réplicas. – E eu não sei oque pensar sobre Rosé...
J-Hope:- Está bem, vamos esquecer este assunto por enquanto. – ele sabia que teria que pagar um preço por não poder ser totalmente honesto com ela, mas não pensara que pudesse ser tão alto. - Você quer um pedido de desculpas?
S/N:- Você acha que existe alguma razão para isso? Consciência pesada, Hoseok?
Ele sorriu e apertou o copo, nervoso. Tomou outro gole.
J-Hope:- Você está tão gelada, que é bem capaz que eu me resfrie.
S/N:- Não me venha falar de gelo, Senhor Jung Hoseok! - Elevou a voz num tom mais alto que a prudência aconselhava. - Você está aqui, sentado tranquilamente na sua casa, enquanto brinca com a vida de seres humanos. Há uma mulher morrendo num hospital de Atenas. Com o seu dinheiro, você alimentou a doença dela. Será possível que o dinheiro fale mais alto do que vidas humanas? Não sente um pingo de remorso?
J-Hope:- Seu discurso está um tanto confuso, S/N. – ele descansou o copo na mesa. - De qualquer modo, eu sei muito bem o que faço e não há nada de que me arrependa nesta vida.
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Paixão na Grécia
أدب الهواةFérias tranquilas na Grécia... era tudo o que ela queria. Até se deparar com um homem misterioso e envolvente. Honesto? Talvez não...