Capítulo duplo - FINAL

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Mais de 12 horas depois, Seul, Coréia do Sul, Aeroporto, ala internacional...

Hae Jong se aproximou da cunhada, abraçando-a efusivamente, como era de seu feitio.

Hae Jong:- Você está tão linda com esse bronzeado!

S/N:- Obrigada, unnie.

Ela sorria, mas por dentro estava devastada. Antes mesmo de chegar a Seul ela enviara uma mensagem a Lisa, implorando a amiga que jamais revelasse a J-Hope informações sobre ela, ou seu endereço. Lisa disse que queria saber o que havia acontecido, mas ela pediu um tempo, dizendo que contaria mais tarde.

Jungkook se aproximou da irmã, após pegar suas malas na esteira do aeroporto. Assim que seus os olhares se encontraram ele percebeu a tristeza dela.

Jungkook:- O que houve, noona? Nem parece que está voltando das melhores férias da sua vida.

S/N meneou a cabeça e mordeu o lábio.

S/N:- Aconteceram algumas coisas... mais tarde eu conto, está bem?

O irmão viu que ela parecia à beira de uma crise de choro, coisa rara em sua irmã.

Jungkook:- Quem é ele, noona? Me diz o nome do infeliz que eu vou caçá-lo no inferno!

Ao ouvir as palavras do irmão caçula, sempre tão protetor, S/N explodiu em lágrimas, surpreendendo sua cunhada. O irmão largou as malas no chão e a abraçou. Ela encostou o rosto no peito do irmão e chorou, soluços sacudindo o corpo dela sem cessar. A cunhada acariciou seus cabelos.

Hae Jong:- Aish... não fica assim, S/N. Seja o que for, vai se resolver. Não chore, por favor. – pediu agoniada ao ver a moça naquele estado.

Jungkook:- Noona, me corta o coração te ver assim. Por favor, nos conte o que aconteceu. O cara era casado?

S/N balançou a cabeça, negando, mas não respondeu. Muito tempo depois os soluços cessaram. Olhando em volta ela enrubesceu, envergonhada por ter chorado no saguão do aeroporto. O irmão percebeu que ela não se abriria ali.

Jungkook:- Vem, vamos pra casa. Papai está no trabalho, poderemos conversar.

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Dois meses depois, Grécia...

A enseada estava em silêncio. Erguendo o binóculo, J-Hope observou o mar mais uma vez.

Capitão:- Algum sinal? - ele perguntou escondido atrás das pedras.

J-Hope meneou a cabeça e passou o binóculo para Namjoon.

Namjoon:- Meia hora. - declarou. - O vento está trazendo o barulho de um motor.

Capitão:- Eu não estou ouvindo nada.

J-Hope suspirou, parecendo calmo, mas na verdade estava bastante nervoso.

J-Hope:- Nam ouve o que os outros não ouvem, graças a seus ouvidos treinados pela música. Diga aos seus homens para ficarem prontos.

Capitão:- Eles estão prontos. - retrucou o capitão, estudando J-Hope. - O senhor parece gostar do seu trabalho, Sr. Jung.

J-Hope:- Às vezes.

Namjoon:- Daqui a pouco, tudo estará terminado. - ele acrescentou. - E poderá seguir sua vida.

J-Hope voltou a cabeça para encontrar os olhos do amigo. Sabia que aquela frase tinha um sentido mais amplo. Era o fim de tudo, de sua missão de mais de cinco anos e de um modo de vida que o acompanhara desde então.

Paixão na GréciaOnde histórias criam vida. Descubra agora