Ignorando a observação, S/N saiu do carro e passou os olhos novamente pela fachada da mansão.
S/N:- Sabe o que imagino, ao olhar para ela? - perguntou, assim que ele chegou perto. - É como se Zeus houvesse atirado um raio do céu, e da explosão se erguesse essa beleza. A arquitetura é fantástica, parece coisa de mágico.
J-Hope:- Uma teoria interessante. – ele pegou-a pela mão e, juntos, começaram a subir os degraus de pedra. - Se você tivesse conhecido meu avô, perceberia que não está tão longe da verdade.
S/N havia jurado a si mesma começar a fazer todas as perguntas que martelavam o seu cérebro tão logo pusesse os pés na casa de J-Hope. Mas, quando se viu no hall de entrada, esqueceu-se de tudo.
Amplo, arejado, o hall era enfeitado por plantas e pinturas primitivas. Numa das paredes, duas lanças cruzadas chamaram-lhe a atenção. A escada que conduzia aos andares superiores, de madeira escura e rústica, dava um encanto selvagem ao ambiente.
S/N:- Hoseok... - Dando meia-volta, suspirou. - Isto aqui é incrível. Só falta você me dizer que há centauros no jardim.
J-Hope sorriu e continuou a acompanhá-la com o olhar, enquanto S/N examinava, encantada, cada peça, cada detalhe. A reação dela estava completamente fora do script, e ele, apanhado de surpresa, não sabia como levar adiante o que se propusera fazer.
Lisa não exagerara, ao comparar a casa com a gruta de Aladim. Cada cômodo que S/N percorria trazia uma surpresa: relíquias de todas as partes do mundo. O que poderia ser encarado como um museu. Ela estava fascinada. Aquela casa era um conto das Mil e Uma Noites.
S/N:- Mal posso acreditar que esteja num lugar como este... - murmurou, boquiaberta. - Será que tudo isto é real?
J-Hope:- Fico contente de que tenha gostado. Nem todas as pessoas têm sensibilidade bastante para apreciar coisas diferentes.
S/N:- Isso prova que você é um homem sensível. Afinal, vive aqui.
J-Hope:- Agora que você já conheceu tudo... - disse ele, fugindo do comentário. - Que tal voltarmos à sala? Posso te preparar um drinque.
Descendo as escadas, S/N sentiu-se voltando à realidade, degrau por degrau. Ao colocar os dois pés novamente no chão do andar térreo, as prioridades já estavam reorganizadas na sua mente. Havia perguntas a serem feitas. E ela teria todas as respostas sem se deixar levar por olhares ou palavras doces, que pareciam ser a especialidade dele.
S/N:- Hoseok... - começou, mas foi obrigada a fazer a primeira pausa, pois um homem acabava de entrar.
Era um homem alto, também coreano, ela deduziu. Os cabelos estavam cortados em um corte moderno, as laterais raspadas. O sorriso revelava lindas covinhas em ambos os lados do rosto bonito.
Homem:- Boa tarde. - cumprimentou ele em grego, todo respeitoso.
S/N:- Boa tarde. - retrucou, sem sorrir.
J-Hope:- Kim Namjoon, S/N. Ele é meu... hã... secretário.
O sorriso do homem se alargou.
Namjoon:- Seu criado, senhorita. – Disse desta vez em coreano, inclinando a cabeça, mas não havia nada que lembrasse atenção ou deferência naquela mesura. - É sobre aquele assunto, senhor Jung... - revelou, voltando-se para J-Hope com uma cerimônia exagerada, que parecia falsa. - Tenho vários recados para o senhor. Todos de Atenas.
J-Hope:- Podemos tratar disso mais tarde.
Namjoon:- Como desejar, senhor. - O homem inclinou-se novamente e deixou a sala.
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Paixão na Grécia
Fiksi PenggemarFérias tranquilas na Grécia... era tudo o que ela queria. Até se deparar com um homem misterioso e envolvente. Honesto? Talvez não...