ME APAIXONEI POR VOCÊ.

382 33 2
                                    


Naquele mesmo dia Fernanda retornou à casa de Samuel. Na mala, ela trouxe algumas roupas que precisaria para aquele momento. Já tinha combinado com Sandra que um carro iria buscar o restante de suas coisas.

Fernanda entrou na casa e viu que Samuel estava lendo um livro. Ele estava atento e lia com atenção. Ela se aproximou sem que ele percebesse e o abraçou por trás. No primeiro momento Samuel ficou assustado, mas quando viu que se tratava dela abriu um sorriso. Ele a correspondeu quando ela o beijou nos lábios.

Passado o momento de surpresa, ele a puxou para que Fernanda sentasse em seu colo.

— Você me surpreendeu. — disse ele fitando-a de maneira suave. No olhar de Samuel era perceptível o carinho que ele sentia por ela. Fernanda ficou tocada por aquele sentimento e o acariciou com carinho. Ela segurou o rosto dele com as duas mãos e em seguida o beijou novamente.

O momento entre eles foi de puro afeto e cumplicidade. Eles permaneceram juntos e abraçados por alguns minutos.

— Você confunde meus sentimentos... Não sei como devo interpretar isso. — Samuel confessou aquilo que o estava inquietando.

Muitas coisas haviam acontecido e Fernanda precisa ordenar seus pensamentos. Naquele momento, a única coisa que queria era ficar ao lado dele. Queria poder sentir aquele afago carinhoso de Samuel.

— Me dê um tempo...

Samuel sabia que não deveria pressioná-la e não o fez. Mas ele estava curioso, sobre o que ela faria de agora em diante.

— E agora, o que você vai fazer?

— Eu vou ficar um tempo na casa da praia. Não quero atrapalhar meu irmão com essas coisas... — ela fitou Samuel — e também não quero ser um peso pra você.

Samuel pensou em dizer que ela não era um peso, mas permaneceu calado e decidiu apoiá-la na sua decisão.

— Se precisar de mim, eu estarei aqui.

Fernanda sorriu e agradeceu.

— Quando você vai?

— Amanhã.

Tão rápido! Pensou Samuel, que sentiu certa tristeza ao ouvi-la. Queria poder ficar ao lado dela.

Fernanda percebeu a tristeza na feição dele. Samuel era uma pessoa transparente. Suas emoções eram facilmente perceptíveis.

— Você... Você gostaria de passar o final de semana comigo? — O convite foi inusitado e saiu meio que sem querer. Samuel fitou-a com surpresa. Ela sabia que o convite poderia soar dúbio, mas ela continuou sentindo-se embaraçada. — E um lugar é bonito... O Emir iria amar.

Samuel indagou-se se aquilo seria certo. Ele pensou no filho e em como Emir era privado de diversão. Recolhendo seus temores ele assentiu concordando com o convite.

A casa era grande e bonita. Samuel sentiu-se fora de ambiente, ao contrário de Emir, que correu para a sacada para avistar a praia. Durante a viagem ele e Fernanda conversaram e riram dos gracejos infantis do garoto. Ela tinha uma paciência com as infantilidades dele, isso era algo que apreciava nela. Por um breve momento eles pareciam como mãe e filho.

Samuel ficou feliz por saber que Fernanda estava superando a morte de sua mãe.

— Papai é o mar! — gritou Emir todo alegre. Samuel deixou as compras na cozinha e seguiu o filho que correu em direção à praia.

— Ele está feliz. — disse Fernanda olhando para Samuel, que estava parado na porta vendo o filho correr pela praia.

— Tenho certeza absoluta que sim. Vou olhar esse rapaz.

Jornada para o amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora