Capítulo 1

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   (Tudo se inicia na casa de Noronha. Onde a história acabou. A família Garcia junto com a família Bettencourt, estavam todos lá. Festejando alegremente e esperando a chegada de Sol, que estava chegando de uma viagem.)

(Os dois corações que lutaram para ter o amor de uma moça há Quarenta e Quatro anos atrás, permaneciam também na espera da netas deles. Sol Bettencourt. Hoje, Ray e Ivan estão velhinhos. Conversando calmamente, eles estão)

I- Como o tempo passou, né Ray? Parece que aquilo tudo que aconteceu foi ontem.

(Diz Ivan)

R- É. O amor mexe com a gente, tira o nosso sossego. Ás vezes acabam bem, outros não. Temos que aceitar.

I- Verdade. O nosso não acabou muito bem. Não acabou como queríamos. Mas a vida é tão boa, que nos mostrou um novo caminho. Um novo amor.

R- É. Um amor para cada um.

I- Está feliz com a sua esposa?

R- Demais. E você?

I- Parece que eu voltei no tempo. Aquele jovem apaixonado.

R- Eu nunca pensei que eu me apaixonaria de novo. Depois daquele trágico acidente no passado.

I- E eu que nunca imaginei ter outro filho com uma outra pessoa.

(Ivan teve um filho com sua nova mulher. O filho dele se chama-se Otávio. Um rapaz totalmente diferente de Ivan. Um cara manipulador e cheio de ódio pela sua irmã, Amanda. Amanda e Otávio não se dão muito bem.)

R- Mesmo depois de grande, o Otávio vive aprontando. Não aprende  a se comportar, né?

I- Eu já cansei, Ray. O Otávio já é um homem feito, ele sabe muito bem o que é certo e o que é errado. Só falta ele aprender a ser um homem justo e honesto. Uma coisa que ele não é.

R- Ivan, cara, você e sua mulher já deram o suporte inteiro para ele. Agora deixa a vida ensinar pra ele. Deixa ele quebrar a cara. Me desculpe pela forma.

I- Não, que isso.

R- Olha, a vida me ensinou, a vida nos ensinou. Deixa ela ensinar ele também. Pode demorar, mas vai dar o resultado.

I- Se pelo menos ele e a Girassol se entendesse. Mas não. O santo dos dois não se batem.

R- É difícil. Os dois são diferentes.

(Yara aparece)

Y- Os dois velhos-gagas estão aí, é?

R- Velhos-gagas? Como se a senhorita não fosse, né?

Y- Meu querido, eu me sinto jovem ainda. Como há Quarenta e Quatro anos atrás.

I- Sabemos muito bem disso, Yara. Suas loucuras, esse seu jeito de ver as coisas, não mudam. Sua autoestima ainda permanece aí.

Y- Ah, daqui ele não sai nunca. Ela vai me acompanhar até a morte.

I- Morte. Não sei porque, mas esse nome não me traz tantas boas lembranças não. Me vem um aperto, uma angustia gigante. Me sufoca.

Y- Não é só em você não. Em mim também.

R- E em mim. Parece um nó que permanece em mim ainda.

(O clima fica triste no meio dos três que relembravam há anos atrás a grande tragédia que tirou a vida da pessoa que eles mais amavam)

R- E  a saudade ainda aumenta. Á cada dia, à cada minuto.

(Os três permanecem por alguns segundos calados)

I- Que isso gente. Bora. Ânimo . Estamos esperando a chegada da nossa menina que está chegando de viagem.

R- Ai, que saudade da minha neta.

(Amanda aparece e encontra-se os três conversando)

AG- Meus três amores da minha vida. Vamos entrar. A Sol já ligou e disse que já está aqui pertinho.

Y- Ufa! Então vamos entrar.

(Assim que os quatro entram, Otávio permanecia escorado na parece solitário)

O- Coisa mais sem graça. Isso tudo à espera daquela mimada. Família mias mixuruca.

(Jorge, marido de Amanda e pai de Sol, da um aviso à família)

J- Família. A Sol está por aqui já. Acabei de telefonar para ela.

(Todos estavam ansiosos à espera da jovem escritora, que estava há meses longe de seu país e família. Todos estavam ansiosamente olhando para a porta da frente, esperando que ela entrasse por ali, mas não. Sol entra pelas portas do fundo)

S- Família.

(Todos olham para trás)

S- Sol está de volta!

(Diz ela com aquele seu sorriso largo em seu rosto, com sua mochila em suas costas e os braços abertos)

AG- Minha filha.

(Correu até ela para abraça-la)

AG- Que saudade, meu amor.

J- Filhota! (Abraçou) Parece que voltou mais linda do que já foi.

S- Foram as paisagens lindas que eu vi em Londres. Cada uma mais linda que a outra.

Y- Ei, é só os seus pais que ganham abraços? Os três velhos-gagas aqui não ganham não?

(Diz Yara)

S- Tem abraço pra família inteira.

(Diz indo até os três e abraçando-os)

I- Minha netinha. Que saudade.

O- Voltou por que, Sol?

(Pergunta Otávio)

S- Ah, Oi, tio Otávio. Eu nem tinha te visto aí. Eu voltei porque já estava na hora né? Eu tenho uma família aqui no Brasil.

O- Se eu fosse você ficaria por lá. Sairia de lá, um lugar bom, pra vim pra cá? Logo pro Brasil. Esse fim de mundo?

I- Otávio, menos. (Diz Ivan)

S- Bom, eu sou eu, né, Otávio. Sou diferente. Amo meu Brasil. Independente se ele é um fim de mundo como você diz. Mas a amo. Sou Brasileira. Não largo meu país por nada.

I- Exato minha querida. Sente-se aqui.

R- Isso. Você deve estar casada, né? Viagem foi longa.

S- Não, até que eu não estou cansada, não. A viagem foi longa sim. Mas na verdade eu cheguei aqui no Brasil ontem. Parei em um hotel, dormi lá e resolvi vim para cá hoje.

AG- Ah filha. Por que não avisou nós? Te buscaríamos.

S- Mãe, eu estava no hotel. Estava bem. Apenas descansando.

Y- O importante é que a nossa menina está aqui com todos nós. (Diz Yara)

(Sol realmente estava feliz ao rever sua família. Depois de muito tempo viajando, ela pôde voltar para o seu cantinho nos braços de sua família)

(Otávio que permanecia escorado ainda na parede, observava o sorriso de cada um após a chegada de Sol. Seu ódio era ali, vendo cada um mimando a jovem escritora)

 Seu ódio era ali, vendo cada um mimando a jovem escritora)

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SOL: A Reencarnação.(2°Versão- COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora