S- O senhor faz ideia do porquê ela matou a minha avó?
I- Ela amava demais o Ray, e ele vindo pra cá, para o Rio pra encontrar com sua avó, essa moça acabou vindo atrás com a intenção de resgatar ele e de acabar com a Sol Garcia.
S- As duas já brigaram?
I- Que eu saiba não. Se brigaram, foram na comunidade na época que ela e a Yara moravam lá, ou aqui mesmo no Rio de Janeiro, longe de todos. Não sei. A Sol ela nunca foi de arrumar barraco não. Mas se mexesse com a Amanda, sua mãe, daí sim ela brigaria. Sua avó era uma valente quando tratava da sua mãe.
S- Valente. E do quê ela morreu mesmo?
I- Baleada. Levou um disparo no peito e outro no ombro.
S- No peito e outro no ombro. (Diz pensativa) Mas foi grande esse ferimento dela?
I- Não muito. Eu não consigo me recordar dessa cena não.
(Depois que seu avô revelou que sua falecida "avó" foi assassina com um tiro no peito e outro no ombro, a jovem fica sem reação e traumatizada, como se chegasse em uma solução)
I- Sol?.. Sol?
(Chama a atenção dela ao vê-la distraída)
S- Vô, eu preciso ir. Depois a gente se fala. Beijos.
(Sai ela rapidamente do Jardim, deixando seu avô sem entender nada sobre sua reação)
(Depois de ouvir sobre a morte de sua avó, Sol retorna para sua casa completamente traumatizada e chocada. Ao subir correndo para o seu quarto, a menina se depara com a presença de Dona Tina no quarto de sua mãe. A espirita vê rapidamente a filha de Amanda passando rapidamente para o seu quarto)
(Assim que Sol entra em seu quarto, ela joga sua bolsa em sua poltrona e senta em sua cama. Lá, a jovem fica pensando em cada palavra que seus avôs contaram sobre a morte de sua avó. Depois de pensar bastante, a escritora levanta-se de sua cama e vai diretamente ao espelho. Lá, ela retira sua camiseta e observa-se sua mancha de nascença que havia em seu peito e outra em seu ombro. Em seus ouvidos tomam-se conta da lembrança da voz de seu avô dizendo: "Levou um disparo no peito e outro no ombro".)
(Sua desconcentração perde ao ouvir alguém bater na porta de seu quarto. Ela veste sua camiseta rapidamente)
S- Entre.
(Era Dona Tina)
S- A senhora?
T- Oi, Sol. Eu vi você toda apavorada entrando no seu quarto. Eu vim até aqui conversar com sua mãe. Está tudo bem com você?
S- Sim. Claro.
T- Eu preciso falar com você.
S- Comigo, o quê?
T- Sobre sua mãe.
(Alguns minutos se passam. Tina já tinha comentado para a jovem sobre o assassinato que sua mãe tinha cometido há anos atrás)
S- Que bom que ela contou pra senhora.
T- Não, na verdade ela não me contou.
S- Ah, a senhora descobriu então, que nem no meu caso.
T- Também não. Eu conheço sua mãe há muito tempo. Eu sei muito bem das coisas, Sol. Eu sei que sua mãe matou uma pessoa. Eu sei completamente de tudo. E também sei que nessa sua cabeça aí, está uma confusão agora.
(A jovem começa a estranhar )
S- Eu? Não.
T- Está sim. O que é? Pode contar comigo. Abra esse coraçãozinho aí, que neste instante, está querendo saber mais sobre a morte de sua avó.
S- A senhora parece uma bola de cristal. Sabe de tudo mesmo. Como sabe que eu quero saber sobre essa história?
T- Eu sei. Olha, quando você estiver nervosa ou confusa sobre esse acontecimento, vai até a minha casa. Você sabe onde fica. Mas agora, convence a sua mãe a contar toda a verdade para a sua família. Não a julgue. Tchau.
(Tina se retira do quarto da jovem deixando-a mais confusa ainda.)
(Sol pega seu celular e telefona para seu melhor amigo, Marcelo. A escritora pede para ele vir até sua residência para poder conversar. Depois de alguns minutos, Marcelo aparece lá e os dois finalmente conversam)
S- É muito estranho isso, Marcelo. Eu pareço demais com a minha avó quando ela era jovem. Depois eu descubro que ela morreu baleada, levando um disparo no peito e outro no ombro.
M- Tá, mas o que isso tem haver? Por que você está tão desesperada assim?
S- Você não acha estranho? Eu, pareço muito com ela na época da juventude. Depois ela morre com um tiro no peito e outro no ombro. Eu nasci com uma marca de nascença. Uma macha no peito e outra no ombro. Não é muito doido isso?
M- Demais. Mas assim, você veio reparar isso agora?
S- Sim, eu sempre soube que ela tinha morrido baleada, mas não sabia onde a bala tinha afetado à ela. Quando meu avô me disse isso, eu fiquei em choque, na hora eu me toquei que eu tinha uma mancha de nascença no mesmo local onde a Sol Garcia tinha levado o tiro.
M- Eu ia te falar uma coisa aqui agora, mas esquece.
S- Pode falar.
M- Você já deve ter ouvido falar em: "Vidas Passadas", né?
S- Vidas passadas? Já, já sim. Mas por que isso agora?
M- Sol, é muito maluco isso que você acaba de me dizer, cara. Você acredita em Vidas Passadas?
S- Não, claro que não. Acho isso impossível de se acontecer. Se a pessoa morreu, morreu, não volta mais.
M- Já eu acredito no positivo em relação a isso aí.
S- Eu não estou entendendo o porque você está falando disso, sendo que essa conversa não tem nada haver com isso aí.
M- Olha, eu tenho um filme que fala sobre "Vidas Passadas", eu posso te emprestar pra você ver como é.
S- Não, eu não acredito nessas coisas. Nem me empresta. Perca de tempo se você fizer isso.
M- Sol, você precisa estudar sobre isso. Vai se o seu caso é sobre isso.
S- Que caso?
M- Esse aí, de você achar, sei lá..
S- Marcelo, a única coisa que eu estou achando é... na verdade nem eu sei. Eu estou doida com isso.
M- Se você visse o filme iria entender. Deixa eu te emprestar?
S- Tá. Mas eu não garanto que isso não vai resolver problema nenhum meu.
...................................................
PS: Lembrando que a Sol nunca viu nenhuma foto de sua avó na juventude quando se parecia com ela. Apenas já viu ela com os Trinta e poucos anos. Imagina quando ela vê uma foto da Sol Garcia na juventude e vê que é real mesmo, que ela se parece muito com ela quando era jovem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
SOL: A Reencarnação.(2°Versão- COMPLETO)
SpirituellesDepois de Quarenta e Quatro anos atrás, depois de ter sofrido um assassinato, Sol Garcia veio ao mundo novamente. Mas desta vez, veio como: SOL BETTENCOURT. Uma jovem humilde, alegre e bem parecida com sua falecida avó, quando era jovem (ela na vida...