Capítulo 19

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(Otávio já estava na casa de seu pai com a família reunida. única pessoa que faltava, era Amanda.)

O- Bom, todos estão aqui, menos a Amanda. Acho que ela vai demorar, né? Então vamos começar sem ela mesmo.

Y- E que assunto é esse, Otávio?

(Pergunta Yara)

O- É um assunto que vai deixar a família de boca-aberta, depois que eu revelar algo.

I- Fala logo, Otávio, deixa de demora.

O- Vocês devem lembrar óbvio, da Sol Garcia. Lembram da assassina que tirou a vida dela?

I- Otávio eu não acredito que você vai falar sobre isso aqui. Não é hora, por favor.

O- Espera aí, pai. Vocês acreditam que eu nem precisei de um detetive para descobrir quem matou a assassina. Eu mesmo achei. E não foi difícil. Estava na ponta do meu nariz, assim como estar na ponta do nariz de vocês.

(Sol que já sabia de tudo, começa a recordar do que sua mãe lhe disse, sobre Otávio, ter descoberto o assassinato)

(A jovem não sabia o que fazer)

R- Você sabe quem matou ela?

(Pergunta Ray)

O- Sei, Ray. Sei perfeitamente.

(Ele retira o gravador de seu bolso)

O- Vou por a voz desta pessoa aqui agora para vocês ouvirem, quem matou aquela mulher. Vejam bem esta voz desta pessoa. Ela mesma no áudio confessa que assassinou a moça há bastante anos.

Y- Então aquela vagabunda morreu há muito tempo?

O- Mais do que vocês imaginam. Posso por a voz?

J- Coloca isso, Otávio. (Diz Jorge)

(Sol já estava agoniada. Ela já não poderia fazer nada, Otávio já estava com as provas em suas mãos. A jovem só estava esperando um anjo cair do céu para interromper aquela cena)

(Quando Otávio se prepara para apertar o botão, para iniciar o áudio, Amanda invade a casa e grita)

AG- PARA.

(Todos se assustam. Desesperada, ela diz:)

AG- Não faz isso. Não aperta.

O- Você vai revelar então quem matou aquela mulher?

(Depois de olhar por alguns segundos morrendo de ódio por Otávio, Girassol vira para sua família e em frente à frente à eles, ela revela toda a verdade)

AG- Quem matou ela foi eu.

(Família indignada)

AG- Meses antes do meu casamento. Eu matei. Foi eu.

J- Como assim?

(Pergunta Jorge comovido ao se levantar)

R- Isso não pode ser verdade. Isso não tem lógica. Não sabemos onde ela estava.

(Diz Ray)

AG- Eu sim. Eu sabia onde ela se escondia há muito tempo.

I- Girassol, minha filha, não brinca com isso.

Y- Amanda, pelo amor da alma de sua mãe. Você cometeu isso?

AG- Aperta o play aí, Otávio. Não quer me ferrar? Então joga logo a merda no ventilador. Espalha isso.

(O irmão de Amanda aperta e mostra o áudio. Perfeitamente dava para ouvir a voz da filha de Sol Garcia. O- "Agora fala, você matou a moça?"  AG- "Sim, eu matei. Fui eu.")

AG- Aí, ouviram?

(Sol se levanta e vai em direção à sua mãe. Pertinho dela, Sol chega no ouvido de Amanda e diz)

AG- Mãe, por que fez isso? Não era segredo?

AG- A partir de hoje isso não é mais um segredo.

O- Então família, vão ficar aí, calados, com a cara de impressionados e não vão julgar essa assassina.

S- Olha como você fala da minha mãe. Assassina não.

O- É uma assassina, óbvio. Matou um ser humano.

I- Eu não tenho palavras.

(Diz Ivan já acreditando)

R- Você Amanda... assassina, minha filha?

(Diz Ray decepcionado)

AG- Eu não poderia deixar essa mulher viva, gente. Eu queria ver ela mal. Eu não sabia o que fazer e...

J- JUSTIÇA AMANDA, JUSTIÇA EXISTE SE VOCÊ NÃO SABE. ENCONTRASSE AQUELA MULHER E CONDENAVA ELA, SIMPLES. PRECISAVA MATA-LA?

(Fala Jorge alterado)

S- Pai, calma.

AG- Eu queria sim justiça, mas a vingança tocou o meu coração naquela época.

O- Conte para nós sobre o assassinato.

I- Não, pelo amor de Deus, essa parte não.

AG- Pai. (Lamenta)

R- Que decepção, Amanda. Que decepção. Olhar pra você e imaginar que com essas mãos delicadas, esse bom-humor, essa generosidade fosse tirar a vida de uma pessoa.

AG- EU TINHA QUE TER FEITO AQUILO. EU NÃO PODERIA DEIXAR ESSA VAGABUNDA VIVER A VIDA QUE A MINHA MÃE TINHA PARA VIVER. ELA SENDO PRESA IRIA PAGAR PELO QUE ELA FEZ, IA SIM. MAS EU NÃO IRIA ME  SENTIR LIVRE DESSE TERROR, DAQUELA AGONIA QUE EU ESTAVA SENTINDO. VOCÊS TEM NOÇÃO, MINHA MÃE MORREU SABIA? MORREU NOS MEUS BRAÇOS. E EU, PROMETIR A ELA QUE QUERIA JUSTIÇA. EU SABIA QUE SE A JUSTIÇA METESSE A MÃO NISSO, ELA IRIA IR PRESA E PAGAR NÃO SEI QUANTOS ANOS E DEPOIS SAIR LIVRE E VIVA, COMO SE NADA ESTIVESSE ACONTECIDO, COMO SE ELA NÃO MATASSE NINGUÉM. VIVA E LIVRE ELA SAIRIA DE LÁ E AINDA TIRANDO SARRO, POR ELA TER VENCIDO O JOGO E TER MATADO A MINHA MÃE. A MINHA MÃE. (Diz completamente alterada derrubando lágrimas) A MULHER QUE ME DEU A VIDA, A MULHER QUE SEMPRE FALAVA QUE ME AMAVA, ME DEFENDIA, ME DAVA BRONCA, ERA MINHA PROTEÇÃO AQUELA MULHER. AQUELA MULHER QUE VOCÊS CONHECIAM, QUE ME DEFENDEU DIANTE DAQUELE DEMÔNIO, MORREU NOS MEUS BRAÇOS DIZENDO QUE ME AMAVA. EU NÃO PODERIA DEIXAR AQUELA MULHER SAIR LIVRE DAQUELA HISTÓRIA. E EU AINDA FALEI PRA ELA, QUE ELA NÃO SAIRIA BEM DALI E NÃO SAIU. ELA MORREU. MORREU SENTINDO O GOSTINHO DA MINHA MÃO E AINDA DA PIOR FORMA POSSÍVEL.


SOL: A Reencarnação.(2°Versão- COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora