Depois de Quarenta e Quatro anos atrás, depois de ter sofrido um assassinato, Sol Garcia veio ao mundo novamente. Mas desta vez, veio como: SOL BETTENCOURT. Uma jovem humilde, alegre e bem parecida com sua falecida avó, quando era jovem (ela na vida...
T- Vocês devem lembrar quando eu falei sobre os sinais, as marcas pelo corpo, essas coisas..
S- Uh!
T- Então..
S- Ô Dona Tina, a senhora está me deixando muito ansiosa. Não é melhor revelar logo de uma vez?
T- OK! Vamos lá. Sol, a sua avó materna faleceu. Foi assassinada. Você confirma?
S- Sim.
T- Ela morreu por ferimentos por arma de fogo. Você sabe onde exatamente essas balas preferiu o corpo dela?
S- O que todos dizem, foi no peito e no ombro.
T- Como a assassina que matou ela se chama?
S- Não sei. Meus avôs e minha mãe nunca comentaram o nome dela perto de mim. E também eles não gostam muito de falar sobre ela.
T- E você tem alguns sinais pelo corpo? Uma marca.
S- Tenho sim. Mas é de nascença.
T- Onde?
S- Que isso? é uma entrevista agora?
M- Sol, responde ela.
(A jovem fica incomodada ao falar)
S- No peito.... e uma no meu ombro.
T- Você tem algum tipo de fobia? Um pavor.
S- Revólver. Pode até ser meio bobo isso, mas, eu tenho um pavor tão grande. Não posso vê-lo em minha frente senão tenho um treco.
T- Mas você já sofreu algum tipo de situação com revólver quando era pequena..
S- Não. Nunca.
T- Você tem sonhos recorrentes?
S- Sim.
T- Onde e como?
S- Em uma comunidade que eu nunca vi. Parece que conheço, parece que eu vivi naquela comunidade. Uma vida que tive lá. Sei lá.
T- E nessa comunidade, você já viu alguém que talvez você tenha imaginado que já estivesse vido ela ou ele.
S- Não. Não me veio essa expressão não. Mas as pessoas que caminhavam por lá, pareciam generosos, felizes, era algo impressionante.
T- Como se chamava a sua avó materna?
S- A senhora sabe.
M- Responde logo ela.
S- É, Sol. Sol Garcia.
T- Seu nome inteiro.
S- Sol Garcia Bettencourt.
(Tina para com as perguntas e finaliza encarando Sol, que estava já ansiosa com o resultado depois de tantas perguntas)
T- Você conseguiu trazer a felicidade da sua família novamente, Sol. Assim que você nasceu. Porque depois da sua partida, todos ficaram sem chão.
S- Do que a senhora está falando? Minha partida? Que partida?
T- A sua morte que foi um choque para todos. Ninguém imaginava...
S- Dona Tina, será que dá pra senhora falar logo de uma vez. Eu não estou entendo essas coisas, essas perguntas, essa partida.. O que eu tenho haver nisso, me fala?
T- Sol, você viveu uma vida passada meia confusa, porém cheia de amores. E morreu cedo. Mas veio ao mundo novamente. A sua vida na vida passada era simplesmente a vida da sua avó. Sol Garcia. Isso quer dizer que você, era a Sol Garcia que todos hoje sentem falta. E você veio ao mundo novamente, não só para ficar aqui com os tempos que restaram, mas sim, para aprender de novo e para curar a dor que sua família sentiu depois da sua partida há Quarenta e Quatro anos atrás.
(Ao falar isso, a jovem fica completamente em choque)
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