S- Me fala sobre ela. Como ela era?
R- Por que o interesse?
S- Eu fiquei curiosa, eu queria saber como ela é. O senhor pode me falar?
R- Ela era uma moça muito bonita. Me ajudava muito, inclusive foi ela que ficou no hospital comigo quando eu entrei em coma naquela época. Ela era legalzinha. Mas às vezes me tirava do sério quando falava mau da Sol. Sua avó. Ela dizia sempre que era fim de mim, que me amava e que a sua avó não gostava de verdade de mim. Ela alimentou todo aquele ódio dentro dela e levou consigo há oito anos depois. Depois de Oito anos, ela virou outra pessoa. Eu nunca imaginei que ela sequestraria uma inocente criança e tiraria a vida de uma pessoa. Isso jamais se passou na minha cabeça
S- Ela e minha avó se odiavam?
R- A Sol ela nunca foi de falar tanto dela assim não, que eu me lembre. Sua avó não era de brigar. Sentia raiva, mas não demonstrava para quem estava ao lado dela.
S- E como é que foi esse sequestro da minha mãe, quando ela era novinha?
R- Eu me lembro como se fosse hoje. A Lúcia indo até a pousada onde eu e o Ruby estávamos hospedado, me dizendo que a outra maluca lá tinha sequestrado a sua mãe. Daí eu fui com a Lúcia até a casa da Sol. Estavam todos lá. Daí a assassina telefonou pra Lúcia, que naquela época as duas eram bastante amigas. Telefonou pra ela, dizendo que estava com a menina. Daí sua avó, desesperada, coitada, pegou o telefone e falou com ela. Se marcaram para se encontrar, apenas as duas. Mas a polícia permanecia lá na casa do Ivan e da Sol..
(Sol ouvia tudo isso atentamente)
R- Assim que elas se falaram pelo telefone, a Sol ela teve coragem de sair sozinha para ir atrás da sua mãe. Ela estava sem chão. A única coisa que ela queria naquele momento, era a Amanda. Sua mãe.
S- Como ela teve coragem de sair sozinha?
R- Pra você ver. Ela depois que tinha virado mãe, ela virou uma mulher valente, leoa. A Girassol era tudo na vida da sua mãe. As duas tinham uma conexão incrível. Lindas juntas.
S- Continua. Depois que ela foi, o que mais aconteceu?
R- A Yara procurou ela, mas não encontrou. Enfim, reunimos todos lá e fomos até o local onde a assassina tinha marcado. Chegando lá, vimos uma cena horrível que jamais pensaríamos que iria acontecer. Que era: sua avó morta. Toda ensanguentada, nos braços de sua mãe, coitada, que já estava toda desesperada em pânico. Chorando demais. Ai, Sol, desculpa minha neta, mas eu não me sinto muito bem contando e relembrando tudo isso. Essa história mexe muito comigo.
S- Não, vô, não tem problema. Eu entendo.
R- Eu sei que isso faz anos, mas pra mim, essa morte parece que aconteceu ontem. Você não faz ideia o quanto dói saber que...(emociona) que a sua avó, a Sol Garcia está morta. Agora porquê? Ela apenas foi salvar a sua filha, ela foi querer ter sua filha em seus braços, tirar ela das garras de uma inútil. Se eu encontrasse essa desgraçada, se ela pedisse perdão de joelhos diante de todos, pra mim não serviria merda nenhuma. O perdão dessa infeliz não iria trazer a vida da sua avó de novo. Se eu encontrasse ela, eu juro, eu mataria ela.
S- O senhor teria coragem de fazer isso?
R- Eu tenho coragem ainda, minha filha. Eu tenho essa vontade ainda de reencontrar ela e matar. Mas não, não sabemos onde ela está, se ela estar viva ou morta.
S- E se ela estiver morta?
R- Não é só você que faz essa pergunta. Eu não sei como ela deve estar. Não faço ideia.
S- Quero fazer outra pergunta ao senhor: Se um conhecido seu, exemplo, tirou a vida dessa mulher, que matou a minha avó, o senhor perdoaria esse conhecido seu por ter feito isso?
R- Como assim? Quem mataria ela?
S- Exemplo, vô. Você perdoaria?
R- Não tem o porque perdoar.
S- Claro que tem. É um favor. Quer dizer, é uma...é uma tranquilidade depois de saber que ela estar morta.
(Diz Sol apreensiva)
R- Eu não estou entendendo, Sol.
S- Vô, o senhor soube que um conhecido seu, matou essa mulher. Você a perdoaria essa pessoa? Ou julgaria?
R- Não sei. Acho que sim.
S- Sim o quê?
R- Perdoaria, depende do conhecido meu. Ô Sol, essa conversa está me deixando meio confuso.
S- Ok! Eu parei.
(Depois de ir até a casa de seu avô, Ray e descobrir um pedaço da história de sua avó, do assassinato dela, Sol Bettencourt aparece na casa de seu avô Ivan. E lá, ela é recebida carinhosamente pela esposa dele: Clara. Clara, diz à ela que Ivan estava no jardim. A jovem vai até lá e encontra o avô)
S- Vô.
I- Sol? Oh minha queria! (Abraçou) Tudo bem?
S- Sim. E o senhor?
I- Graças à Deus, bem. E sua mãe?
S- Bem. Vô, será que podemos conversar?
I- Tá, vamos sentar aqui.
(Os dois sentaram em um banco que havia no jardim)
S- Eu queria saber sobre a assassina que matou a minha avó.
I- Por que você quer saber dela?
S- Eu, na verdade queria saber mais sobre esse assunto. Eu sei que minha mãe não suporta ouvir sobre isso, mas eu estou interessada em saber.
I- Do que você quer saber dela? Eu não convivi com ela, só seu avô Ray e sua tia Yara.
S- É, eu sei, eu conversei com ele. Mas agora eu quero saber por você. Por que ela matou a Sol Garcia?
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SOL: A Reencarnação.(2°Versão- COMPLETO)
SpiritualDepois de Quarenta e Quatro anos atrás, depois de ter sofrido um assassinato, Sol Garcia veio ao mundo novamente. Mas desta vez, veio como: SOL BETTENCOURT. Uma jovem humilde, alegre e bem parecida com sua falecida avó, quando era jovem (ela na vida...