Capítulo 6

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(Depois de uma longa caminhada até a Delegacia, os três chegam e é recebido por Jorge, marido de Amanda, delegado)

J- Complicado isso aí, hein. Vocês sabem que a Amanda não é muito afim desse assunto.

I- Sabemos, Jorge. Mas o que não se cala em nossa cabeça, é onde essa assassina pode estar. O que aconteceu de fato com ela? É tantas perguntas que só você e sua equipe pode nos dar a resposta.

J- Não é um serviço muito fácil. Até porque isso aconteceu exatamente há: Quarenta e Quatro anos atrás, né?! Vocês não tem paradeiro dela, não sabe onde ela poça estar.

I- Yara, você ainda fala com a Lúcia?

Y- Ivan, eu nunca falei com a Lúcia. Se acertamos há muito tempo atrás, mas não viramos melhores amigas. Ela saiu daqui do Rio, pelo que eu sei, né?

I- A Lúcia deve saber de alguma coisa sobre a família dela.

Y- Olha, você não inventa de chamar a Lúcia não. Deixa ela quieta no canto dela.

R- E aí, Jorge, você vai poder nos ajudar?

(Pergunta Ray)

J- Eu penso muito na filha de vocês.

I- A Girassol não precisa saber.

J- Tá. Eu vou ajudar. Me falam agora o que aconteceu. Eu já sei a metade da história, mas prefiro que vocês me contam desde do começo, onde tudo começou e aconteceu e o por que daquela mulher ter feito isso com a Sol Garcia.

Y- Quem conta?

R- Eu conto. (Diz Ray)

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[CASA DA TINA]

(Amanda chega na casa da espirita. E lá, as duas conversam seriamente)

AG- A senhora pediu para eu voltar aqui. Atendi o pedido da senhora.

T- É, que bom, querida. Sente-se.

(Amanda percebe-se a frieza da espirita)

AG- A senhora está muito séria. Aconteceu alguma coisa?

(Diz ela ao sentar)

T- Eu quero te ajudar, Amanda.

AG- Ajudar em que?

T- Você sabe o que você cometeu há muito tempo atrás. Na sua juventude, dizendo assim.

AG- Eu não entendi.

T- Amanda, eu sei que você assassinou uma pessoa há anos atrás.

(Amanda fica paralisada ao ouvir aquilo)

T- Não fique com medo. Você sabe que eu guardo segredo.

AG- Mas... De onde a senhora tirou isso, Dona Tina?

(Pergunta ela assustada gaguejando)

T- Eu sei das coisas, Amanda. Eu sei muito bem o que se passa nesse seu coraçãozinho aí. E o que já se passou.

AG- Pelo amor de Deus, Dona Tina, não comenta nada para o Jorge, ele não sabe dessa história. Minha família jamais imaginaria que eu fizesse uma besteira dessas. Por favor.

(Implora ela com lágrimas nos olhos e o medo á tona)

T- Quem sou eu para te julgar, minha querida? Quem sou eu para contar uma coisa de alguém, um segredo. Fica tranquila que eu não vou falar nada. Quem vai falar é você.

AG- Não, eu não posso fazer isso. Minha família não pode saber disso.

T- Amanda, uma hora isso vai acabar. Uma hora a fixa vai cair pra sua família.

AG- Eles não podem. Dona Tina, entenda, se eu falar isso, eu vou ser presa, presa pelo meu próprio marido que é um Delegado.

T- É a justiça, né?!

AG- Eu cometi isso aí, porque também eu queria justiça naquela época.

T- Não, isso que você fez não foi justiça coisa nenhuma. Foi vingança.

AG- Sim, foi vingança também. Eu com Oito anos de idade, queria justiça, eu nem sabia o que significava isso direito. Fui entendendo pouco a pouco, como funcionava isso, fui crescendo e amadurecendo. Eu via os policiais falando sobre a assassina para os meus pais e pra minha madrinha, mas eles não encontravam. Nunca encontraram. Eu criei forças, coragem e procurei aquela vagabunda. E encontrei.

T- Você procurou ela sozinha?

AG- Sozinha não. Eu paguei um detetive naquela época. Foi muito difícil procura-la, mas como tinha pistas sobre ela e tinha já encontrado, eu não podia deixa-la escapar.

T- E matou ela? Como se isso fosse uma salvação do seu desespero, da sua dor?

AG- Presa, ela não me convenceria daquilo que ela fez. Ela não me faria aceitar, que ela estava atrás das grades, por conta do assassinato que ela mesma cometeu da minha mãe. Eu queria ver o sangue daquela mulher, eu queria ver ela morta na minha frente, como ela fez com a minha mãe há Quarenta e Quatro anos atrás. Eu não me arrependo de ter matado aquela mulher. Não me arrependo.

(Diz Amanda derrubando algumas lágrimas com ódio)

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[DELEGACIA]

R- E foi isso tudo que aconteceu.

(Diz Ray ao contar a história toda)

J- Certo.

I- Jorge, o Otávio ele está disposto a procurar essa mulher. Ele até ofereceu um colega dele que é detetive, e pode ser bom.

J- Seu Ivan, o senhor sabe que eu e seu filho não nos damos bem. Mas toda ajuda é bem-vinda nesse momento. Por tanto que não atrapalhe o meu serviço, de boa.

I- Ok.

J- Fala para ele e pra esse tal de detetive aí, me acionarem. Assim eu fico sabendo de todos os passos. Agora eu quero fazer uma pergunta à vocês três.

Y- Ih, já até imagino. (Diz Yara)

J- E se essa mulher estiver morta?

I- Não sabemos se ela está morta ou viva.

J- Tá, mas isso foi há Quarenta e Quatro anos atrás. Como ela está vivendo se ela estiver viva? Com que benefícios? Onde ela poça se esconder se aqui no Rio, ela não conhecia quase nada, que foi o que você, Ray, me disse agora à pouco. Onde ela pode se esconder?

Y- Se nós soubéssemos nós falaríamos, né, Jorge?

R- O Jorge, vai ajudar a gente aí ou não, cara?

J- Eu vou, Seu Ray, claro que vou. Mas a filha de vocês dois não podem saber. Sabem muito bem como a Amanda fica perturbada com essa história e ainda mais quando fala dessa mulher.

Y- E nem comentaremos nada com a Sol também, hein.

J- Pode deixar que por mim, as duas não saberão. Mas olha, vou visando, vai ser bastante complicado e difícil isso aí. Eu estou fazendo isso porque conheço vocês três, que praticamente viraram a minha família. Eu sabendo dessa história toda, eu quero também ver essa mulher atrás das grades. Mas saibam, que a policia de antigamente procuraram ela e não acharam, e talvez pode acontecer isso de novo.

R- Iremos entender. Só queremos encontrar a louca que tirou a vida da pessoa mais amada por nós. A nossa eterna Sol Garcia.

(Finaliza Ray)

SOL: A Reencarnação.(2°Versão- COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora