Capítulo 6

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Mia estava nervosa, havia saído do quarto quando eles começaram a cirurgia para encaixar o braço que havia se dividido em dois pedaços novamente. Apesar da primeira impressão que teve dele, agora Mia notava o real porquê de todo reino o amar, ele era de verdade um príncipe, mesmo com seu jeito estúpido, não deixava ninguém para trás e até daria sua própria vida para salvar alguém em perigo. Quase 12 horas se passaram e Mia aproveitou esse tempo para cumprir seu papel de investigadora. Mais tarde quando já estava próxima do quarto que havia sido limpo por volta de duas horas atrás, alguém a puxa pelo braço.

– Calma! Sou eu, Richard. – se desvencilhou do golpe que ela tentou lhe dar.

– Eu fiquei assustada, me desculpa. – seu coração errava as batidas e não era por medo do assassino que ainda estava a solto, mas por está frente a frente com a pessoa que ela tanto amou e que não havia deixado de amar.

– Como você está? Eu estava tão preocupado contigo. – ele conseguia mexer com seu coração de uma forma surreal. – Eu acho que você deveria deixar esse caso, pelo menos até que se recupere por completo. – quando ele falou aquilo, Mia sentiu um balde de água fria cair sobre si.

– Nunca vou deixar esse caso, para falar a verdade, nunca estive tão ótima e determinada. – respirou fundo e franziu o cenho, não entendia como ele havia se esquecido de como ela era, assim como ela já não o conhecia mais. – Se não se importar, estou saindo. – sorriu decepcionada e o deixou para trás sem muita cerimônia.

Está inconformada com alguém era uma das coisas mais chatas que poderia existir, as pessoas se esqueciam tão rápido uns dos outros. Seguiu para o quarto, estava ansiosa para ver o príncipe, se sentia culpada por tudo aquilo, já estava passando da hora de capturar aquele monstro que estava perambulando no reino. Quando os policiais foram a procura dele, não encontrou absolutamente nada, no fim, havia apenas uma conclusão, seja quem for que era, não estava para brincadeiras, havia traçado uma meta e iria tentar cumpri-la até o fim. Depois de andar bastante, finalmente chegou no quarto, estava um tanto receosa, mas entrou assim mesmo e deu de cara com a Rainha Christina.

– Você veio... – ela continuou sentada perto do homem que dormia serenamente. – Ele acordou agora a pouco te procurando, estava preocupado, acredito que essa confusão seja pelos remédios aplicados. – seu rosto exalava preocupação.

– Vossa Majestade! – com um de seus cumprimentos desajeitados ela se manifestou. – Estive ocupada nessas últimas horas com as buscas e investigando a procura de alguma pista concreta, mas quem quer que seja não é tão idiota a ponto de deixar vestígios de seus atos criminosos. Mas não se preocupe, eu lhe dou a minha palavra que capturaremos o mais breve possível para que possam viver em paz. – suspirou, havia um medo de que esse caso fosse o mais difícil de sua carreira.

– Eu confio em você, sei que está empenhada e com suas grandes habilidades conseguirá encontrar logo quem está por trás disso tudo. Deve ser cansativo está longe de casa, da sua rotina, mas, por favor, continue sendo amiga do meu filho. – a rainha possuía a mesma educação de seu filho, talvez fosse a humildade da família real que fizesse aquele reino tão lindo.

– Acredito que seremos sim! – não era tão fácil se dirigir a uma rainha.

A rainha se despediu e saiu acompanhada por Arnold. Jane saiu do quarto e encontrou Mia sentada no chão cabisbaixa olhando para um punhado de papel em sua mão. Ela sentia que estava perto de sua descoberta, não poderia deixar escorrer pelos seus dedos.

– Você não quer vê-lo? – Jane falou após um bom tempo olhando para ela. – Ele acordou pela segunda vez preocupado com você. – sorriu.

– Ele ainda está sobre efeitos de medicamentos? – suspirou preocupada.

Um Príncipe em ApurosOnde histórias criam vida. Descubra agora