Um Príncipe em Apuros

Capítulo 10

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Aquela semana foi terrível, todos os cantos da casa traziam lembranças de Marcus. Madalena vivia dentro do quarto chorando inconsolável. Matthew por sua vez, não quis voltar para York, sentia que era preciso está perto de Mia, ver sua dor o machucava, era um sentimento nunca sentido antes. Tentava fazê-la sorrir e isso se tornou seu maior compromisso diário, pois quando ela via sua tia completamente desolada e encolhida no canto, sua tristeza aumentava.

– Hoje é meu último dia aqui. – falou desapontado. – Já começam com os preparativos para a festa nessa semana. – informava ela.

– Precisa mesmo ir agora? – ela o olhou delicadamente fazendo com que o coração dele acelerasse. – Seria bom ter sua companhia! Tem sido um amigo tão importante em minha vida, nem sei como te agradecer por tudo o que tem feito. – se dirigiu até ele e o abraçou carinhosamente, repousando sua cabeça no peito dele.

– Preciso ir! – sentiu um aperto dentro do peito, bem onde ela pousou a cabeça. – Você pode me agradecer indo ao baile. – fez o convite tão temido e uma ideia surgiu na cabeça daquela garota.

– Claro que eu irei! – deu um meio sorriso. – Vai ser bom tirar toda essa confusão da minha cabeça. Posso levar a tia Madalena? – ele sentia vontade de apertar ela ainda mais contra seu corpo. – Vai ser bom ela se distrair. – era engraçado como ele poderia passar às 24 horas do dia olhando ela.

– O Arnold virá busca-las um dia antes. – sorriu. – Fico tão feliz, não esperava sua ida. – se sentia aliviado por ter recebido uma resposta afirmativa.

Eles permaneceram conversando, Matthew não queria ir embora. Mas para seu desprazer, Richard chegou atrapalhando toda conversa deles. Parece que agora ele vivia para isso, atrapalhar momentos confortáveis dele com Mia.

– Você poderia me acompanhar até a porta Mia? – Matthew olhou sério para o homem abraçado a ela.

– Eu farei isso! – se levantou da cama e foi impedido por Mia que o encarava de fora estranha. – O que foi? – suspirou.

– Eu irei leva-lo até a porta e você fique sentado aí. – fechou brevemente a cara.

– Tudo bem. – foi apenas o que disse e se sentou no sofá.

Eles estavam andando lado a lado, vagarosamente, deixando claro o quanto eles não queriam se afastar um do outro. Aqueles dias juntos haviam sido bons, ela estava conseguindo seguir em frente e ele era uma de suas maiores ajudas. Enquanto caminhavam, Mia deixou um sorrisinho escapar de seus lábios, tomando toda a atenção dele para si.

– O que houve? Está sorrindo sozinha, então deve ser algo bom. – continuou andando sem tirar os olhos dela.

– Apenas pensando em coisas aleatórias. – omitiu.

– Eu posso te dar um abraço? – pediu sem muitas voltas, eles quase não tinham contato físico, na maioria das vezes até para pegar em na mão dela, ele precisava pedir, já estava em sua educação sempre fazer aquilo, mas nem sempre era de maneira gentil como ele estava sendo.

– Algumas coisas não são necessárias pedir. – sorriu e o abraçou o mais apertado que podia. – Obrigada por tudo! – suspirou.

– Estamos quites agora. – passou a mão nos cachos macios e cheirosos, – Seu cabelo tem um cheiro muito bom! – inalou aquele cheiro e tentou identificar. – Acredito que seja algo como amora, ou talvez pêssego? – estava indeciso.

– É pêssego! – envergonhada se soltou do abraço e voltou a caminhar. – Vamos logo, falta pouco para as 19h00min. – mudou o assunto.

Estava perto de eles alcançarem a porta e ela notou que Matthew não estava acompanhando seus passos como antes, ficou preocupada e se virou para procura-lo rapidamente. Encontrou-o parado logo atrás dela, parecia observá-la, como se criasse coragem para fazer algo.