Se soubéssemos...

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Se soubéssemos decifrar nossa linguagem
Tal qual como a traçada em seus símbolos
Destas estrelas com as suas configurações
Que já germinaram tantos contos perdidos
O que nos contariam as outras constelações?

Muito além de compreender a si mesmo
Saber que se é ambiente em transformação
E essa lama que escorre em nossas veias
E que bombeiam tão tragicamente o coração
Ainda menos que um registro histórico
Ainda bem que mal tenhamos memória
É a morte nos soa como estatística
Tão podre e de palavras pobres
Vão tão sujas de ódio essas rimas
Numa erupção de raiva
Que lhe queima como lava
Suas entranhas expostas
Um poema decadente
Sem melhores palavras
Pra se exprimir
Soterrado
Vai...
Um suspiro
Que ainda há de nos alcançar...

Na Alma ecoam poesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora