04. gym class

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BROOKE

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BROOKE

O número 5:47 estampa a tela de meu celular.

Bufando, jogo o aparelho na cama sem me importar muito com onde ele iria cair. O que acabou me causando um mini infarto quando ele quase cai da cama.

Já faz um tempo que desisti de dormir, depois de várias tentativas falhas. Não sei ao certo porquê acordei no meio da noite, horas antes do necessário, mas sei que se eu me deitar e fechar os olhos não vai fazer a menor diferença, o sono simplesmente não vem. Então eu me levanto, caminho até a janela saliente em meu quarto e me sento no mini sofá.

Começo a observar o bairro. Os postes de luz iluminam a rua vazia, não há sequer uma pessoa do lado de fora. Não julgo, qualquer um seria doido em ficar do lado de fora no meio de uma noite de outono. Queens tem um clima bipolar, ao menos no outono, há dias em que parece que estamos na primavera, outros que estamos a um pé do inverno. Há também aqueles chuvosos, ou os que de noite está extremamente frio e de dia o sol aparece trazendo consigo o calor.

Enquanto observo o céu, impressionantemente estrelado, brinco com a barra da manga de meu suéter. Passo minutos ali antes de levantar, pegar meus materiais de desenho e ligar uma singela luz, somente para não ficar no breu total. Volto para a janela começando a desenhar a paisagem, os prédios luminosos e o céu estrelado com uma brilhante lua crescente.

Pensamentos diversos passam por minha cabeça enquanto desenho. Escola, Washington, séries novas, Peter.

Faz quase uma semana desde o dia em que Peter veio fazer o trabalho, ele nunca mencionou minha sessão desabafo patética, como comecei a apelidar, e continuamos mantendo contato, seja na escola ou por mensagens. Posso dizer que o garoto é divertido, com suas piadas nerds e falas atrapalhadas, mas é.

Continuo desenhando pelos próximos quarenta minutos. O desenho está quase pronto quando o deixo de lado, voltando a me sentar em minha cama e ligando a luz do criado mudo antes de pegar um livro e avançar cinco capítulos.

Depois de fechar o livro frustrada com a atitude de um personagem, pego meu celular para olhar o horário. Abro um sorriso ao ver que se passaram quase duas horas desde a última checagem e agora estou um pouco mais adiantada que meu horário normal, mas nada que eu não tenha feito antes.

Pego meu celular e fone de ouvido e coloco minha playlist mais animada para tocar, na busca de achar alguma motivação para começar a me arrumar para a escola. C'mon da Kesha logo começa a tocar e eu levanto com um pulo da cama.

Saio do meu quarto já mais animada ouvindo a música e chego na cozinha dançando e pulando. Graças a Deus Bash e meu pai tem sono pesado.

Se é que meu pai está em casa.

Pego o que preciso para fazer um simples café da manhã para mim, no refrão pego uma colher qualquer e começo a dublar a música com ela enquanto danço sozinha. Impressionante como uma música consegue mudar meu humor tão rapidamente.

Changes | Peter ParkerOnde histórias criam vida. Descubra agora