Mudanças se tornaram uma coisa familiar para Brooke Harrington.
Mudanças de estilo, mudanças de gosto, mudanças de amigos e mudanças na família. Normalmente, ela aceita bem as mudanças em sua vida, ou ao menos aprende a viver com elas. Mas a mudanç...
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BROOKE
O despertador toca, mas não foi ele que me acordou. Uma noite mal dormida foi o motivo de eu ter acordado meia hora antes do que era necessário, isso comigo já acordando mais cedo que o preciso.
Primeiros dias de aula não me deixam inquieta, porém, primeiros dias de aula em uma cidade totalmente nova me deixam. Isto mais a minha, ainda restante, raiva pela mudança repentina não são uma boa combinação quando você planeja uma boa noite de sono. Ao menos isso me deu a chance de adiantar algumas séries.
Paro o episódio de Brooklyn Nine-Nine e observo o ambiente ao meu redor. Meu quarto ainda não está completo, mas já tem uma parte dos móveis, ao menos os necessários como cama e guarda-roupa, ou no meu caso, closet — ou armário conversível —. Além disso uma televisão e mesa de escrivaninha são um bônus.
Levanto-me e caminho em direção ao banheiro, não muito diferente do quarto o banheiro também tem os essenciais e alguns produtos que uso sobre a bancada da pia. Me olho no espelho e me surpreendo, não estou tão mal quanto achei que estaria. Lavo meu rosto e escuto meu telefone tocar. Volto ao quarto e sorrio ao ver o nome na tela: Erica.
— Bom dia, margarida. Animada para o primeiro dia de aula? — Ela pergunta, me sento na cama sorrindo.
Estou mais para uma rosa, penso enquanto brinco com o pingente de rosa vermelha de meu colar, colar que pertencia a minha mãe.
— Primeiramente, não é meu primeiro dia de aula. Ou esqueceu que as aulas já tinham acabado de começar quando eu me mudei?
— Foram dois dias de aula, nem conta direito. Mas como você é chata deixa eu reformular a pergunta: está animada para seu primeiro dia de aula em Nova Iorque? Aí é tão bonito quanto dizem?
— Não e sim, mas também é muito movimentado, muito mais do que em Washington.
— Você deveria se animar, vai que tem alguém gato por aí? — Reviro os olhos e solto uma pequena risada. Lógico que Erica iria pensar nisso.
— Isso não é relevante.
— É sim. Se não for para ficar com nós, seus melhores amigos, que ao menos você se divirta com um garoto.
— Você sabe que eu tenho quinze anos né?
— E isso faz alguma diferença? — Normalmente faria, mas para Erica obviamente não faz. Ela tem uma regra, que ela chama de "regra da pegação", ela pode ficar com qualquer pessoa entre 14 e 18 anos caso queira, se a idade for menor ou maior que essas duas a pessoa está fora dos limites. Erica às vezes tenta fazer nós seguirmos essa "regra" mas, felizmente, sempre falhou nesse quesito.
Antes que eu possa responder ouço um grito do outro lado da linha. É a mãe de Erica pedindo para ela descer.
— Como você e provavelmente metade da rua conseguiu escutar — ela aumenta o tom de voz para que sua mãe possa ouvir — minha mãe está me chamando. Tenho que ir, mas antes, você vai ter que falar tudo o que aconteceu contigo lá no grupo quando chegar da escola.