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Depois de vasculharem uma grande extensão da área, sempre fugindo dos focos de batalhas, Daniel e Léo exploram uma parede da arena em busca de pistas, quando ouvem a contagem:

— Quatro!

Com menos vagas, os garotos ficam desesperados e passam a buscar intensamente uma saída dali, Daniel percebe que na parede havia um ponto rugoso que se diferenciava da espessura tipicamente lisa, focando no ponto, Daniel com a outra mão percebe outro ponto rugoso, ele então chama a atenção de Léo para esse fato:

— Encontrei uns pontos diferentes nessa parede, podem ser uma pista, eles parecem se interligar pela distancia aproximada de uma braça, vamos ver do que se tratam!

Seguindo os pontos intercalados quando, Daniel encontra o ponto seguinte, mas o garoto percebeu algo estranho e comentou:

— Esse ponto tem forma de uma seta, e esta á uma distancia bem menor se comparada com os outros, e aponta para baixo.

— Procura logo para onde essa seta está apontando! — Léo falou com certo alarde.

Seguindo em linha reta para o ponto baixo da parede no qual a seta apontava, Daniel nota uma tampa e rapidamente a retira, descobrindo uma brecha, ele grita:

— Léo, eu encontrei!

Era sensação dual, alegria por ter encontrado uma das saídas e tristeza pela incerteza de qual dos dois seria merecedor de tal oportunidade, Daniel compadecido pela situação que seu companheiro acabou de passar, o oferece a passagem:

— Pode passar Léo, garanto que vou encontrar uma das quatro saídas que ainda restam!

— Seria injusto eu ficar com a saída que você achou a pista, você a merece Daniel. — Léo recusa a oferta.

Enquanto os dois discutiam a respeito de quem sairia pela passagem, nem percebem o perigo se aproximar, abruptamente surge um inimigo aos gritos:

— Enquanto os fracos discutem a relação, eu vou saindo!

O individuo se lança de cabeça na passagem, antes que pudessem esboçar alguma reação, os rostos dos garotos se cobrem de sangue, enquanto em seus tímpanos eram inundados por berros desesperados. Naquela passagem havia uma maquina de retalhar, que fatiou totalmente a cabeça do homem que se laçou pela passagem.

Os gritos cessaram o individuo se tornou apenas retalhos de carne, com as mãos tremula, Daniel tentava limpar seu rosto depois de ter sido completamente pintado pelo sangue, Léo apenas chorava não tinha forças para qualquer reação.

Paralisados ao redor da carnificina que ocorreu ali, os garotos buscavam forças para retomar as buscas por saídas verdadeiras, mas eles estavam desmotivados para realizar qualquer atividade, o relógio continuou a correr e alguns minutos depois se houve mais uma contagem:

— Três.

Aquele som foi o despertar para que Daniel e Léo voltassem a si, limpado o sangue das mãos nas roupas, depois de conseguir retirar o excesso viscoso, Daniel estende a mão a Léo e o ajuda a levantar, após algo tão traumático seria necessário gana e motivação para superar a situação anterior, e para isso serviu as palavras de Daniel:

— Precisamos voltar a procurar saídas, essa era uma armadilha e por sorte nos livramos!
— Poderia ter sido um de nós! — Léo se queixa.

A meia frase foi seguida por um choro desesperado, Daniel tentou reconfortá-lo, mas essa não era uma das melhores habilidades do garoto, e passa a se focar em remover a camada de sangue que cobria o rosto do seu aliado.

Apesar da descrença em um resultado positivo, Léo voltou às buscas junto de Daniel, analisavam as pistas das paredes, tentavam descobrir qual o dilema em que parte das pistas eles se perderam e acabaram numa armadilha, quando Léo se adianta um pouco, ao passar as mãos pelas paredes nota um ponto rugoso um pouco mais distante, com esse novo vestígio, Léo chama atenção para o fato, e com um tom elevado diz:

— Encontrei um ponto, acredito que a distancia entre as pistas aumentou foi nisso que nos perdemos!

— Xiu... — Uma expressão preocupada tomou a face de Daniel, enquanto o mesmo clamava por silêncio aos sussurros pede. — Fala baixo, pode ter alguém próximo só esperando para roubar nossa pista!

Notando a mancada que acabou de cometer, Léo fica atento aos arredores, enquanto com uma das mãos segura o ponto que acabara de encontrar. Tentando medir a nova distancia na qual as pistas se encontravam, Daniel chegou a um senso:

— A distância dobrou, agora são duas braças de diferença.

Com a resolução do problema quanto as pistas, os garotos agora seguiam com cautela, depois de encontrarem cerca de cinco pontos, Daniel contou as duas braças e não encontrou o ponto seguinte e então comenta:

— O ponto seguinte não está na mesma distância que os outros, pela lógica pode ter aumentado uma braça ou dobrado para quatro braças, vamos testar ambas as teses.

Usando o corpo para medir, Daniel testou a tese de aumento de uma braça, e não encontrou pistas, em seguida verificou a tese de que a distancia dobrou, passando as mãos pelas proximidades da distancia media, o garoto encontrou o que parecia ser uma lacuna em formato circular na parede, impressionado com uma pista diferente, Daniel chama a atenção para o fato:

— Encontrei um buraco, parece encaixar perfeitamente a minha mão, deve ser uma das saídas! — Léo comentou ao se aproximar.

Depois de analisar a cavidade, Daniel pressiona a mão no interior, nota que na parede surge uma das saídas, e o dilema toma conta da sua mente, "essa seria realmente uma das saídas ou mais uma armadilha?" Tentando buscar respostas para aquela indagação, Léo diz sua opinião:

— Acredito que dessa vez realmente encontramos uma saída, conseguimos descobrir o dilema das distâncias isso mostra a veracidade dessa passagem.

Convencidos que era uma saída real, agora a tormenta para saber qual dos dois iria utilizar, tentando solucionar, Léo propõe uma forma de ambos saírem daquele lugar:

— E se tentássemos entrar ao mesmo tempo na passagem?

— Acho que se quebrarmos as regras do desafio, isso acabará mal para nós dois. — Daniel disse cauteloso.

Com a mente inundada de duvidas e receios, os garotos tentavam encontrar uma solução o mais breve possível, mas não contavam que a passagem tivesse limite de tempo, enquanto os dois conversavam a respeito de opções viáveis, a passagem começou a emitir uma luz na qual chamou atenção de outros participantes do desafio.

Uma multidão começou a correr rumo a luz, quando Daniel ouviu o barulho da grande massa se aproximando, teve uma reação rápida, pegou Léo pela camisa, apoiou a mão em suas costas e o empurrou na passagem, sem tempo para despedidas, deu esperanças de um encontro futuro:

— Eu farei o meu melhor para conseguir uma das duas vagas que ainda restam!

Assim que todo o corpo de Léo atravessou a passagem, a mesma se fechou bruscamente, e o som ecoou:

— Dois.

Retrocognição (HP) (XP)Onde histórias criam vida. Descubra agora