Capítulo 23

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Como previ, o contrato de prestação de serviços de Gustavo era muito bem feito. Estudado e revisado cada linha de letras miúdas. Para se ver livre dele Luigi teria que desembolsar uma grande quantia de dinheiro, mas ele estava disposto a pagar pela liberdade.

Gustavo, por outro lado, desapareceu. Infinitas tentativas para contatá-lo restaram infrutíferas e a ansiedade só aumentava diante da expectativa do que poderia vir. Com o passar dos dias, sem qualquer rastro dele, ingressei com uma Ação de Consignação em Pagamento para poder realizar o depósito da quantia que era de direito dele receber em juízo, pois não via mais alternativas.

Luigi estava drenado, exausto com toda programação de shows e ensaios para gravação de seu DVD. Sem o empresário, Lorena, que era assistente de Gustavo, assumiu as funções do ex-chefe com um sorriso de satisfação no rosto. Não era só a própria liberdade e felicidade que Luigi pagou ao se ver livre do empresário. Todos os funcionários que trabalhavam com ele estavam mais leves e felizes sem a presença sufocante de Gustavo.

Ao arrumar minhas malas após algumas semanas e enfim regressar a minha casa,  percebo Luigi à espreita. Sem camisa e pés no chão, o cabelo amarrado em um rabo de cavalo desleixado era pura a visão de um deus caído do Olimpo.

- Posso saber o que você está fazendo parado aí me vigiando? Falei desviando meu olhar dele e me concentrando na pilha de roupas.

- Estou imaginando o dia em que essa mala será desfeita em definitivo.

- Vamos com calma. Esse dia vai chegar logo.
Ele sai do batente da porta que está escorado e caminha em direção a cama a fim de alcançar uma pilha de roupas desorganizadas.

- Acho que você pode deixar essas por aqui. Olho em suas mãos e vejo algumas calcinhas.

- E qual a ideia? Eu andar por aí sem minhas roupas íntimas? Sorrio de lado para ele.

- Hum, acho sexy imaginar essa cena. Você usando suas saias comportadas e eu sabendo que nada ali impediria minha entrada a qualquer momento.  Coro com o comentário.

- Então penso que você gostaria de saber que nesse momento todas as minhas calcinhas estão ai em cima dessa cama.

A camisola de seda verde que cobre meu corpo é única peça que estava vestindo nesse momento.

Não foi preciso mais nenhuma frase  engraçadinha para Luigi largar a pilha e me sondar com suas mãos gigantes. Ele chega por trás de mim e enfia sem pudor suas mãos em meus seios já endurecidos de desejo. A alça escapa para a lateral facilitando sua apalpada generosa. Sinto sua barba no meu pescoço, arranhando de forma lenta por onde ele passava. Beijos secos são depositados naquela parte tão sensível e para facilitar seu acesso inclino minha cabeça em seu ombro. Ele morde  e lambe o lóbulo da minha orelha fazendo-me arrepiar com seu contato.

Suas mãos saem do meu decote e ele me vira, encarando meus olhos com seus olhar lascivo. Sem pedir licença ele desliza o tecido macio pelo meu corpo até estar abandonado no chão do quarto.

Ainda olhando em meus olhos, ele continua sua exploração pelo meu corpo. Deslizando seus dedos calejados pelo violão entre meus seios, barriga, costelas. Paralisada com seus gestos, levanto os braços e enlaço seu pescoço, soltando seus cabelos do elástico. Amo seu cabelo grande, amo enrolar meus dedos nos fios sedosos. Seu olhar captura minha boca. Num prelúdio do que há por vir, minha boca seca e passo a língua nos lábios para recuperar a umidade. É o suficiente para ele avançar.

Sua boca captura a minha de uma forma doce e lenta e quando um sussurro escapa dos meus lábios, ele aprofunda o beijo misturando o gosto de sua língua a minha. As mãos, persistentes, continuam sua exploração e com uma pegada forte na minha bunda me empurra para sua ereção. Ele sempre está pronto para mim.

Quando sua boca se afasta da minha, seu olhar me fuzila, scaneando meu corpo já em chamas, tomado de desejo por ele. Luigi me senta na beirada da cama, e volta o ataque poderoso de sua boca, agora em todo meu corpo. Sem forças, me jogo deitada para puro deleite dele, que já agachado abre minhas pernas. E então, ele faz o que mais sabe: me dá prazer.

Depois de um orgasmo estrondoso ele sobe sua boca pelo meu corpo, e devora minha boca ainda com o gosto do meu prazer nela, seus lábios brilham. Afasto da beirada e o chamo para o meio da cama. Pego sua ereção em minhas mãos e brinco com ela, fazendo com que ele gema.

Apoio meus cotovelos na cama e pego impulso para virá-lo e assim estou montando ele. Suas mãos guiam meu quadril e meus seios saltam livres enquanto dou prazer a ele. Ter Luigi me dando prazer é maravilhoso, porém tomar as rédeas e vê-lo perdendo o controle é divino.

Vejo o momento que ele começa a se desfazer e aumento meu ritmo. Suas mãos abandonam meu quadril e ele alcança meu clitóris. Em poucos minutos, desabo sobre ele totalmente drenada, e com a pouca força que nos resta ele me puxa para seu peito.

E assim a mala quase feita, esta totalmente longe de estar pronta.

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Depois de um banho incrivelmente longo, busco pela camisola no chão do quarto. Já devidamente vestida, ou quase isso, o chamo para deitar comigo.

- Preciso te falar uma coisa. Acho que você não vai aprovar, mas mentir sobre isso é algo que não quero fazer. Ele busca meu olhar é uma ruga de preocupação vinca sua testa.

- Pedro me procurou depois do nosso noivado ter sido noticiado em rede nacional. A voz que começou normal, atingiu um volume muito abaixo do esperado.

- Como é que é?

- Bem,ele me ligou. E disse querer falar comigo.

- Falar com você? Sobre o que? Quando penso que estamos, enfim, seguindo, vem esse fantasma de não sei onde. E o que você disse a ele?

- Disse que poderíamos nos falar, pela última vez. Pelo menos a respeito do assunto que ele quer tratar.

- E esse assunto seria qual? Entredentes respondo a ele.

-Eu e ele.

- Nas acredito Mari, que você vai encontrar seu ex para falarem de vocês.

- Calma Luigi. Disse a ele e afirmo para você que não existe mais nada entre nós. Mas ele acha que eu devo alguma explicação e fiquei sem jeito diante do apelo dele.

- Deve a ele? Você não deve nada. Você se separou dele há mais de um ano. Você seguiu sua vida e foda-se se ele não seguiu a dele.

- Eu sei disso, e entendo sua raiva. Também não gostaria que você encontrasse alguma ex para falar sobre nosso noivado. Mas me senti culpada, e acabei aceitando almoçar com ele quando voltasse.

- Não acredito que você caiu na chantagem emocional daquele babaca.

- Desculpa, mas será só um almoço e depois disso vou enterrar de vez Pedro na minha vida.

- Faça como você achar certo, mas não pense que estarei satisfeito com esse encontro.

E dito isso, Luigi se levantou da cama me deixando com o coração na mão. Voltar para casa com essa situação entalada em nossa garganta era tudo o que eu não queria.

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Olá leitores queridos!!!
Véspera de feriado merece um capítulo cheio de fogo. Quem aí sentiu saudade da pegada forte do nosso casal?

Leiam, votem e comentem. Espero que gostem muito desse capítulo.

Até qualquer momento. Beijos 😘

O DespertarOnde histórias criam vida. Descubra agora