ISSO É UMA SÁTIRA NÃO UM CLICHÊ.
Swaggart's Fields Academy, é a personificação do clichê americano. O Colégio carrega em seus gloriosos quarenta e nove anos de serviços a elite de Beverly Hills intermináveis histórias padronizadas e repetitivas.
En...
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Normalmente eu costumo ler quando estou triste, comer jujubas quando estou ansioso, e até mesmo fuçar a mecânica do meu Jeep CJ-7 More 1983 quando estou estressado.
Mas nos últimos dias eu sentia um misto de todas essas sensações que eu já havia desenvolvido um padrão para lidar, o que estava me tornando uma pessoa com a vida cada vez mais desorganizada, nos últimos dias nem um dos meus "hobbies terapêuticos" estavam funcionando para tirar aquela pequena parcela de aflição que Helena Downey e seu jeito de ser, haviam colocado em minha mente.
É absurdamente clichê a forma como tudo havia acontecido entre a gente, e Helena odiava clichês, talvez seja até por isso que ela tenha escolhido James ao invés de mim, embora Helena e James fossem um clichê bem mais audacioso.
Eu adorava Helena Downey, sim, eu A-D-O-R-A-V-A ela, eu havia me proibido de dizer que a amava desde o momento que ela sem pudor algum escolheu um jogador de futebol americano babaca, e com uma proporção de uma em um bilhão de chances de não magoa-lá, que eu para ser o homem da sua vida, é, essa foi a sua fala enquanto eu segurava um buquê de rosas brancas, e meu coração de certa forma, mas eu não a culpava, eu tinha em todos os quesitos um monte de defeitos e Helena, bem, Helena era incrível, e eu sabia que cedo ou tarde eu acabaria apaixonado por aqueles olhos escuros e doces, e que não haveria reciprocidade.
Puxei um saco de jujubas do porta documentos do carro e o abri inclinando mais o banco do Jeep, encarei o céu e enfiei uma jujuba na boca repassando novamente as lembranças de quando Helena Downey destruiu meu coração, eu estava tão nervoso, que mais gaguejava do que falava, embora eu já não gagueja-se a tempo com Helena, eu odiava essa minha forma de lidar com o nervosismo em frente às pessoas, era estranho e algumas pessoas até acreditavam que eu era gago.
--- Então, para onde vamos hoje? -- Helena sorriu abrindo a porta do carona e eu pisquei fechando o saco de jujubas e a encarando com receio, eu não sabia sequer como me portar diante dela.
--- Cadê o James? -- Guardei o saco de jujubas e ela deu de ombros puxando um gloss do bolso da calça jeans e passando sobre a boca antes de se virar pra mim e dar uma pausa antes de sorrir.
--- Ele pediu pra gente encontrá-lo na Hallway Night.
--- O que? -- Franzi o cenho sentindo um pequeno incômodo e Helena colocou sua mão sobre a minha tentando me acalmar.
--- Escuta, nós precisamos parar de nos esconder aqui, eu namoro um jogador de futebol americano, e ele tem amigos e uma vida completamente diferente da nossa, e nós, precisamos adentrar esse mundo novo, ou meu namoro não vai dar certo, e você sabe que gosto muito dele.
--- E desde quando precisamos ir para boates ilegais para você adentrar o mundo de um cara que sequer passa na sua casa para te buscar, ele deve estar enchendo a cara, você quer ir para lá porque sabe que na primeira oportunidade ele vai estar beijando outra -- Helena mordeu as bochechas e tirou sua mão de sobre a minha, eu sabia que havia pegado pesado, mais Helena e James era tão tóxico, eu sentia a necessidade de protege-la.
