ISSO É UMA SÁTIRA NÃO UM CLICHÊ.
Swaggart's Fields Academy, é a personificação do clichê americano. O Colégio carrega em seus gloriosos quarenta e nove anos de serviços a elite de Beverly Hills intermináveis histórias padronizadas e repetitivas.
En...
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Uma vez em uma de suas clássicas obras francesas disse "As almas grandes estão sempre dispostas a fazer de uma desgraça uma virtude", porém ele esqueceu de mencionar que existiam algumas exceções, já que certamente não me conhecia.
Eu era sem dúvida uma grande alma, não só grande como uma das melhores também, e não estava nem um pouco disposta a tornar minha desgraça uma virtude, não daquela vez. Eu queria apenas me trancar no meu quarto e chorar feito uma adolescente pós drama em uma novela mexicana, e eu até o faria se não fosse por um pequeno detalhe.
Eu fui colocada para fora da minha própria casa, novamente.
A sra. Chermont sem qualquer dúvida ou hesitação sabia com toda certeza como fazer meus dias se tornarem piores do que já eram, mesmo que eu imaginasse que tal coisa fosse impossível. Eu não sentia que havia herdado muita coisa dela, a não ser pela parte instável em minha personalidade, e eu a odiava com todas minhas forças por isso.
Enrolei uma mecha do cabelo nos dedos já impaciente enquanto aguardava a resposta da balconista do Hall Wonder que mascava um chiclete me encarando com pouco interesse, pessoas como ela deveriam ser proibidas de trabalhar em um local da alta classe como aquele, era uma vergonha para os administradores.
--- Sinto muito você realmente não pode entrar – Pisquei duas vezes tentando me controlar para não mandá-la ir a merda e sorri impaciente.
--- Eu moro aí, como assim não posso entrar?
--- São ordens direta dos proprietários, desculpe, mas ate segunda ordem não podemos deixa-la subir.
--- Eu vou reclamar com os Mollison e você vai ser despedida em um piscar de olho – Bati a mão irritada sobre o balcão e a atendente apenas fez um sinal para um segurança que caminhou em minha direção.
Aquilo era completamente humilhante, e como sempre, por culpa da minha mãe, e o pior de tudo é que a única forma de eu pisar nesse lugar novamente, seria pelo meu pai, mas como de costume, ele estava do outro lado do mapa, e sequer atendia minhas ligações, como se seus negócios fossem mais importantes do que qualquer coisa que estivesse acontecendo comigo.
Segurei a alça da bolsa firme entre os dedos e suspirei frustrada, eu sequer poderia ligar para Oli ou Erick me salvar, estava sem amigos, sem cartão de crédito e com meros 50 euros na carteira, aquele havia sido sem dúvidas o ápice do fracasso em minha vida, eu nem parecia uma herdeira milionária e desejada naquela situação, massageei a cabeça e respirei fundo.
Eu precisava de uma alternativa para contornar aquela situação, mas só conseguia concentrar minhas energias em praguejar com toda minha raiva minha adorável mãe, era culpa dela aquelas situações idiotas, apertei ainda mais a alça da mochila desconfortável com alguns olhares já se direcionando a mim, um carro preto estacionou a minha frente e senti que as coisas poderiam sim piorar ainda mais.
