Capítulo 8

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Enquanto caminhava invisível aos olhos mundanos, Jonathan observava todo o movimento ao redor, sería considerado arriscado sua estadia em Paris sem chamar atenção, mas os riscos valiam apena.Graças à runa de rastreamento, diga-se de passagem, uma runa que não estava no livro Grey, por se tratar de um poder demoníaco, agora ele conseguia sentir a presença mais forte do poder angelical deturpado.

As pessoas estavam em suas vidinhas, ignorantes sobre tudo o que acontecia em seu mundo, esse mundo que os Caçadores tanto defendiam, pensava Jonathan enquanto observava um casal de jovens tomando sorvete, e foi inevitável pensar em Clary.

Um sorriso de canto se mostrou no rosto do loiro, seus olhos verdes brilharam quando ele viu o bar. Nada discreto, no bairro, mas de qualquer forma os mundanos não olharia, no máximo veriam uma loja de chá, dependia muito. Jonathan podia enxergar o rastro de demônios ali. Seria divertido.

Seus pés o leveram diretamente para a entrada, abriu a porta entrando no ambiente abafado, risadas, altas, música e cheiro de cigarros e outras coisas que Jonathan não fez questão de identificar incomodavam seus sentidos, era uma algazarra. Jovens vestidos com suas jaquetas, jogando sinuca e bebendo, o que com certeza não era cerveja, Uísque ou Vodka. Jonathan se encaminhou para o bar, analisando o perímetro. O barman, que o loiro percebeu, era um feiticeiro, veio lhe atender.

_Então, vai querer o que Caçador?

Jonathan sorriu,sem qualquer traço de humor, um sorriso que apenas por ver já fazia qualquer um esperar o pior. Essa era a intenção do garoto ao ver o feiticeiro engolir em seco.

_ Uísque está bom, feiticeiro.

O feiticeiro colocou um copo sobre o balcão e serviu o loiro. Jonathan inclinou a cabeça agradecendo e tomou sua bebida enquanto observava as coisas. Seu foco parou num grupo de quatro jovens. Era anormalmente belos. Beleza angelical e aura demoníaca. Jonathan ficou satisfeito em encontrar seus alvos tão fácil, só precisava se infiltrar. Colocou seu copo sobre o balcão com uma nota pagando e levantou, atravessando o bar submundano até chegar ao pequeno grupo.

- Quais são as apostas?

Seu tom pretensioso chamou a atenção dos quatro, eram três garotos, um loiro de olhos azuis como mar, outro de cabelos negros como a própria escuridão, e olhos castanhos, sua pele era como leite, e um garoto moreno, de olhos pretos. A garota era loira, seus olhos verdes se destacavam além de sua beleza surreal. Eram seus alvos.

O garoto sombrio de cabelos negros que segurava o taco levantou de onde estava inclinado e encarou Jonathan.

- Dez mil.

Esperavam a confirmação do loiro, então, Jonathan deu de ombros e pegou um taco.

- Ok. Mas se eu ganhar, não vou querer o dinheiro.

O garoto loiro o encarou com desdém, sondando quem seria o garoto que os desafiava.

- Qual seu nome?

O interesse partia dos quatro jovens. Jonathan fitou a garota diretamente enquanto falava.

- Jonathan. E vocês?

- Asael, Emma, Abmael e Gael.

Jonathan deixou uma risada escapar e se posicionou para jogar.

- Nomes peculiares. Agora, vamos jogar.

Jonathan agradeceu mentalmente por notar que ainda era o melhor naquele jogo. Conseguiu três vitórias seguidas, e quando a frustração começou a surgir em Asael, ele comemorou internamente, estava quase partindo pra agressão sem razão, e ele só precisava de um "a" do anjo caído pra ele mata-lo.

Os irmãos Morgenstern-Anjos Caídos (Talvez eu termine de escrever)Onde histórias criam vida. Descubra agora