Os irmãos Morgenstern-Anjos Caídos (Talvez eu termine de escrever)

Capítulo 13

_ você não tá falando sério,tá?_balbuciou o feiticeiro assumindo um tom verde esquisito.

Revirando os olhos teatralmente, Jonathan fingiu pensar e então sorriu,mas logo substituiu a expressão por uma mais séria fazendo com que Zay engolisse em seco.

_ Qual é? Não me diga que está com medo de ir ao Sheol?!

_ Imagina, ir ao inferno é completamente normal,faço isso todo dia, não sabia que eu e Azazel somos melhores amigos?

_ Ótimo, porque você vai lá, traga a garota pra mim onde avisei à você._ Jonathan ignorou o sarcasmo do feiticeiro e deu um tapinha no ombro de Zay fazendo-o tomar um susto, o que só serviu pra divertir o loiro que balançou a cabeça negativamente.

_ Aí droga, maldita hora que fui brigar com Azazel._ resmungava o garoto de olhos lilases enquanto criava um portal na sala do apartamento dele.

_ Ela pode ser um pouco..._ Jonathan segurava a taça de vinho sentado no sofá, olhando para Zay buscando a palavra certa para a situação._arisca, tome cuidado com ela.

_ Aposto que vou adorá-la._ resmungou antes de sumir no seu portal deixando Jonathan sozinho.

Este por sua vez havia dado um jeito de convocar os irmãos e anjos caídos da garota, Emma, visto que haviam mandado um recado sobre novidades.

Enquanto tomava seu vinho, uma inquietação gritante se infiltrava em seu corpo, sendo que a única coisa que ele queria saber era como estava sua irmã, mas isso teria que esperar até Zay voltar, mas enquanto isso não acontecia, ele precisava se distrair.

Pegando sua jaqueta e suas laminas, Jonathan tomou mais um gole de seu vinho enquanto fazia uma runa em seu braço para esconder sua aparência o fazendo parecer outra pessoa. Seria imprudente sair com o seu rosto, como tinha feito outras vezes. Caminhou até a porta do apartamento, girando a maçaneta saiu o trancando em seguida e deixou o prédio caminhando pela noite de Nova York.

Sem destino em mente, resolveu entrar no primeiro bar submundano que encontrou, foi ao bar e pediu uma bebida ao barman, que era um lobo, descobriu graças à cicatriz em seu pescoço.

Uma conversa do outro lado do bar atraiu a atenção do Morgenstern, que se mantinha inexpressivo enquanto souvia seu licor.

_Clarissa Morgenstern é uma fugitiva da Clave, eles disseram que ela não é mais a mesma._ a voz rouca de algum dos presentes falou.
_ Do que acusam-na? Pelo que sei a Clave pode muito bem tê-la pego por ser filha de Valentim e irmã de Jonathan.
_ A própria Inquisitora a interrogou na cidade do Silêncio, e sei que os Caçadores de Sombras não são os mais agradáveis , mas se agora Clarissa resolveu dá continuidade aos planos da família? Vamos esperar até sermos dizimados?

_ Raphael não acredita que seja verdade, acha mais que seja um ardil da Clave para entregarmos Clarissa._vampiro. Descobriu Jonathan, convenientemente, pensou consigo.
Antes de ouvir o resto da conversa, se surpreendeu quando o garoto entrou no bar vindo para o balcão, sentando ao lado de Jonathan. Bom em ler as pessoas, percebeu a tensão sobre os ombros do amigo da irmã, Simon Lewis. Como se estivesse esperando alguém, ele olhava para os lados como se a qualquer momento alguém se materializasse ao seu lado.

_ Nervoso?

Tomando um susto ao ouvir que falava consigo, Simon olhou para o garoto, que nem imaginava ser Jonathan Morgenstern e balançou a cabeça negativamente, como se todos os músculos de sua face transbordassem tranquilidade. Segurando um riso, Jonathan pediu uma bebida para o barman.

_ "O" positivo para meu amigo aqui._ fez seu pedido e logo um copo com o sangue foi posto no balcão. Jonathan empurrou com as pontas dos dedos até chegar à frente do garoto de cabelos cacheados, mantendo contato visual constante.

_ Ah...não precisava,serio.
_ Então, por que todo esse alvoroço?_ usou o copo para englobar todos do local displicentemente, tentando demonstrar desinteresse, o que conseguia perfeitamente mesmo que por dentro estivesse aflitissimo.

_Ern, hum, você não sabe? Tipo, todo mundo sabe._ se enrolava pra responder, mas a cara de nada do garoto à sua frente lhe deixou claro que o outro não fazia ideia do que ele estava falando._ a Clave declarou Clary como inimiga, dizem que ela é um perigo para o mundo das sombras.
_ Ela fugiu?_ tentando controlar o tom animado em sua voz para não fazer o vampiro desconfiar, agradeceu mentalmente à todos os anjos quando a confirmação veio por parte do Vampiro.

_ Sim, nem quero imaginar o que fizeram com ela naquele lugar._ de repente a expressão do Lewis ficou furiosa, deixando um Jonathan confuso.

_ Como assim? O que fizeram com ela?

_ Cara, eu pensei que eu fosse lerdo. Clary foi levada à Cidade do Silêncio pela Inquisitora Herondale, e conversar não deve ter sido o motivo._ suspirou resignado._ eu sei bem como são os métodos interrogatórios da Inquisitora.

Sem que notasse, o copo em suas mãos acabou quebrando, mas Jonathan não pareceu notar mesmo que o sangue escorresse em sua mão, atraindo inevitavelmente a atenção do diurno, que desviou o olhar sem graça.

Jonathan tentava ao máximo manter a calma e pensar racionalmente, dizendo para si que a irmã não estava mais presa, que estava segura, e provavelmente tinha dedo de Jace ali. Nunca na vida Jonathan se viu tão grato ao irmão, poderia até abraça-lo se soubesse que não ia receber outra flechada no meio do coração
_ E você sabe onde ela está?

O nervosismo foi visível quando o vampiro engasgou com o sangue, em seguida balançou a cabeça firmemente negando.

_Claro que não._ balbuciou com a voz rouca, pigarreou e reafirmou_ não sei onde ela está, com licença, tenho que ir, ern, encontrar meu líder, quer dizer, Raphael.

_ Eu poderia ajudar Lewis._ comentou como quem não quer nada, atraindo imediatamente a atenção do garoto.

_ Como você sabe meu nome?

Jonathan revirou os olhos.
_ Sério? De todas as perguntas, você me faz essa?

Levantando, o loiro saiu calmamente em direção à saída, entrando em um beco vazio atrás do bar. Em um segundo depois, Simon apareceu, realmente a curiosidade era o ponto fraco do garoto, ponderava Jonathan.

_ Quem é você?_ indagou desconfiado