Cavalguei e cavalguei até então chegar na próxima cidade. O alívio foi grande já que a comida que os cowboys haviam me dado tinha acabado. Ainda tinha a garrafa d'água que eles me deram e eu enchi no meio do caminho. Foi minha salvação.
Entrei pelas ruas da cidade e fui para o salão.
Me sentei no balcão e pedi um copo de leite e uma porção de carne com limão.- Sozinha cavalgando por aqui? - Me perguntou um homem de meia idade sentado ao meu lado.
- É. - Respondi com um ar meio cansado de responder a mesma pergunta que me fazem sempre.
A conversa foi interrompida quando meu pedido chegou e comecei a comer. Acabei e decidi ficar um pouco por lá, já que não tinha mais nada pra fazer e lugar pra ir.
- De onde vem? - Ele continuou.
- Eu vim da minha cidade natal... não estou tão longe dela, por enquanto.
O balconista, apoiando o cotovelo sobre o balcão, disse:
- Geralmente as pessoas que assim como você vêm aqui só de passagem, têm um pouco de dificuldade pra achar lugar pra dormir.
- Sim, e eu sou uma delas. Se não achar lugar pra dormir como da última vez, durmo embaixo de qualquer árvore mesmo.
- Você pode ir na minha casa, se quiser. - Interrompeu o homem ao meu lado. - Ah, me desculpe, sou Ben Taylor, prazer. - Disse, estendendo sua mão para me cumprimentar.
Apertei sua mão e me apresentei também. Lembrei das palavras que Bryan havia me dito, sobre não confiar muito em estranhos. Acontece que eu realmente não tinha escolha.
- Imagina, eu não quero lhe incomodar. - Falei.
- Imagina, não vai. Você vai se familiarizar logo. Vou tomar mais algumas garrafas de whisky e quando for pra casa, te chamo.
- Tudo bem, faça o que quiser.
Fiquei algumas horas por alí até Ben me chamar pra ir à sua casa. Peguei o Trovão e segui com ele.
Chegando lá, havia um grande pasto Atrás de sua casa e Ben permitiu que eu deixasse o Trovão por lá.
Ele abriu a porta de sua casa.- Cheguei, família!
Duas crianças vieram imediatamente correndo ao seu encontro.
- Papai, papai! Você chegou! - Iam abraça-lo quando me viram e pararam, olhando para mim.
- Essa é Mary Wood, uma garota que conheci hoje no salão. Ela vai ficar por aqui hoje.
As crianças me cumprimentaram ainda meio assustadas, talvez com minha roupa - botas com esporas, calça um pouco suja, bandana no pescoço e chapéu - e pelo fato delas verem uma pessoa desconhecida dentro de seu lar com seu pai.
Logo depois, uma mulher veio atrás.- Ora ora, posso saber quem é? - Disse para o Ben.
- Ah, essa é Mary Wood. A conheci no salão. Ela não tem rumo, está só de passagem por aqui. Vai dormir aqui essa noite conosco para amanhã já partir.
- Hm, prazer. - Falou apertando minha mão e me olhou de cima pra baixo com uma cara não muito agradável.
- Mary, essa é minha esposa Joana Williams e meus dois filhos, George e Maggie Taylor.
- Por que não me avisou que tinha filhos? - Perguntei baixinho, quando os três saíram de perto.
- Fique tranquila, eles vão gostar de você. A janta está pronta.
- Acho melhor eu tomar um banho antes.
- Ah, claro. O banheiro é logo alí.
Fui para o banheiro, tomei banho, coloquei uma roupa mais leve para dormir e fui para a mesa jantar com eles.
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Diário de uma Justiceira
Short Story***TROQUEI DE CELULAR E NAO CONSEGUI LOGAR NESTA CONTA NELE, FAVOR SEGUIREM @monimo0n__ CONTINUAREI A HISTORIA LA*** Em 1873, no Oeste Selvagem dos Estados Unidos da América, Mary Wood tinha apenas 10 anos quando seus pais, Peter Wood e Jane Brow...