CAPÍTULO 16

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Quando minhas lágrimas param de cair e me sinto mais calma, dou-me conta de quão dolorido meu rosto está, sinto meu olho latejar com uma dor pulsante que ao que parece não irá me deixar tão cedo, escorrego os dedos em meu lábio inferior e percebo ...

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Quando minhas lágrimas param de cair e me sinto mais calma, dou-me conta de quão dolorido meu rosto está, sinto meu olho latejar com uma dor pulsante que ao que parece não irá me deixar tão cedo, escorrego os dedos em meu lábio inferior e percebo o inchaço nele, o sangue ainda úmido mancha meu dedo de vermelho.

— Vamos cuidar disso — Egan diz ao meu lado enquanto dirige.

— Obrigada — falo, num tom vacilante. Porque meu agradecimento se estende a tanto mais que os curativos que precisarei em meu rosto. Se ele não tivesse aparecido, é provável que já estivesse morta. Fecho os olhos relembrando os minutos de aflição que passei, os minutos em que eu jurava que minha vida terminaria.

Egan agora dirige em silêncio e eu mentalmente o agradeço mais uma vez, por ele ter desistido de me levar a um hospital ou minha casa e permitir que eu possa ficar com ele até que tenha condições de voltar.

Mais alguns minutos se passam e seu carro entra num dos prédios mais ricos de Volar, ele está numa fatia minúscula da cidade. O valor de cada apartamento aqui é suficiente para comprar dezenas e dezenas de casas como a que vivo ou até centenas das em volta do Esperanza.

Espantada, desvio meus olhos do prédio que acabamos de entrar e foco em seu perfil atento ao estacionar o carro.

Com certeza eu não estava esperando que ele me dopasse outra vez, mas uma venda nos olhos? Ou algo que o protegeria de eu saber seu endereço na cidade? Mas ele não fez nada disso, simplesmente dirigiu até aqui comigo ao seu lado.

— O que foi? — ele pergunta, desligando o carro.

— Você vive aqui?

— Por enquanto — responde, com naturalidade, tirando o cinto de segurança.

— Eu conheço esse bairro, essas ruas... esse prédio — informo, inclinando um pouco a cabeça.

Egan mantém seus olhos em mim e umedece os lábios, depois desvia o olhar por um segundo e o fixa outra vez em mim.

— Você dirá a alguém? — pergunta.

Meneio a cabeça devagar dizendo que não.

— Então vamos subir — diz, saindo do carro. Ele dá a volta e meus olhos acompanham seus passos até ele abrir minha porta.

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