Capítulo 26

5.1K 443 50
                                    

Pov Sina

Heyoon fez um pequeno corte, para remover a bala, ela colocou os dedos no corte, e logo conseguiu puxar a bala, Josh urrava de dor, depois ela amarrou um pano no local, que na verdade era um pedaço da minha camiseta, ele tava perdendo sangue.

— A gente precisa sair daqui o mais rápido possível, mas ele não pode andar. – Entreguei minha arma a Heyoon, e peguei Josh nos braços, minha nossa, osso realmente pesa.

— Sina me deixa aqui, a gente não vai conseguir. – Como se Deus mandasse uma salvação, Joalin apareceu.

— O que aconteceu?

— Josh foi baleado, precisamos sair daqui o mais rápido possível.

— Sabina vem comigo, preciso de um atalho, vou subir com uma viatura até aqui, fiquem escondidos em alguma casa. – Jaolin falou e saiu correndo com Sabina em sua cola, chutei a porta de uma casa qualquer e entrei com Josh, Sofya e Heyoon. Heyoon em momento algum saia de perto de Josh.

— Procurem alguma coisa que eu possa dar uns pontos na perna dele, ele tá perdendo muito sangue.

— Fique na porta Sofya, eu vou procurar. – Deixei Sofya na guarda, e sai bagunçando toda a casa atrás de uma agulha, encontrei uma caixinha com uma agulha e uma linha que parecia bem forte, revirei mais um pouco e consegui encontrar álcool.

— ACHEI! – Corri para onde Josh estava, ele estava quase desmaiando e estava muito branco por estar perdendo sangue.

— Okay Josh, isso vai doer. – Heyoon falou se posicionando.

— Faça o que for preciso. – Josh falou baixo e Heyoon começou a dar alguns pontos no local, Josh gritava de dor, e isso acabou chamando a atenção dos bandidos.

— SINA, PRECISO DE AJUDA! – Sofya falou enquanto uma chuva de balas era direcionadas para a gente, corri e me escondi atrás de uma parede, quando vi que os bandidos tinham parado, eu e Sofya atacamos.

Logo ouvi as sirenes, alguns bandidos ouviram também e correram para atirar contra os carros, eu e Sofya atiramos contra eles, que sumiram, ouvi um alarme, e Sabina gritando.

— VAMOS, ELE ACIONOU O ALARME, ESSA FAVELA VAI EXPLODIR!

Corri com Josh desmaiado nos meus braços, coloquei ele no banco de trás com Heyoon, Sofya entrou na segunda viatura que Sabina estava no volante, Joalin cantou pneu, ouvi uma explosão atrás da outra, tinha um fogo na nossa frente.

Joalin fechou os vidros do carro, e entrou dentro do fogo, logo a gente saiu do outro lado, Sabina fez a mesma coisa, tinha viaturas da polícia para todos os lados saindo da favela.

— Para o carro Joalin, eu vou ficar, siga para o hospital com Heyoon e Josh. – Joalin fez o que eu pedi, desci do carro, Sabina logo parou o outro e eu entrei. Alguns tiros atingiram o carro, eu e Sofya começamos a atirar contra eles, quando olhei para o lado Aurélio estava no banco de trás do carro que estava na nossa cola.

— Desgraçado! – Atirei em direção ao carro, disparei alguns tiros atingi o vidro, e percebi que tinha atingido ele também, o carro entrou em um atalho e foi embora.

— Sinto muito se eu tiver matado seu pai Sabina.

— Não sinta, essa guerra tem mesmo que ter um fim. – Vi que ela estava com lágrimas nos olhos, logo paramos onde estava os outros policiais.

— Sabina você precisa ir embora, não pode ficar aqui, vão te prender. – Sofya falou.

— Vá embora Sabina, muito obrigada de verdade. – Desci do carro com Sofya, Sabina cantou pneu com a viatura, alguns policiais quiseram seguir ela, mas eu impedi.

— Ela nos ajudou, deixe ela ir, a gente encontra ela depois. – Os polícias me olharam receosos, mas fizeram o que eu mandei, a favela estava em chamas, muitas pessoas inocentes morreram, e no fim, não tenho nem certeza se realmente matei o chefe. Aurélio Hidalgo ainda pode estar vivo.

Perdemos 10 polícias, no ninho que a gente se enfiou, mais uns 15 estavam no hospital, levando em conta que destruímos a favela dele, a gente ainda estava no lucro. Eu estava com muito remorso por ter sido a causa da morte de muitos inocentes.

Resolvi não ir no hospital, Any tinha me ligado e informado sobre Josh, graças a Deus Josh era teimoso demais para morrer e estava bem, fui direto para casa, eu estava exausta, tirei minha camiseta e joguei em qualquer lugar, tirei minha bota e as meias, e desabotoei a minha calça, me joguei no sofá e fiquei por lá mesmo pensando em tudo que tinha acontecido nas últimas 24 horas, nem percebi quando acabei dormindo, acordei com um barulho na porta, já estava procurando minha arma, quando Heyoon entrou no apartamento, ela não falou nada, simplesmente se jogou em cima de mim, e me beijou, eu estava com tanta saudade desse beijo, tentei prolongar o máximo que pude, Heyoon encerrou com uma mordida, e um selinho, quando abri meus olhos, ela me olhava fixamente.

— Senti tanta saudades. – Ela se deitou no meu peito, e ficamos em silêncio apenas apreciando a companhia uma da outra.

— Promete que vai me escutar sempre? Me quebrou o fato de você nem ao menos me dar chances de se explicar.

— Eu fiquei possessa quando vi outra mulher na cama com você. Pedi as gravações da câmera de segurança a Any, e mostrava você abrindo a porta para ela, o que você queria que eu pensasse?

— Heyoon, acha mesmo que eu te trairia com qualquer uma? Eu nunca amei ninguém como eu te amo, e além de tudo, quão burra eu seria de te trair dentro da nossa própria casa?

— Eu não sei Sina, eu sinto muito.

— Tava saindo com Noah?

— Eu não conseguia te tirar da minha cabeça, e estava ficando frustada por isso, Noah me chamou para sair para se divertir um pouco e eu aceitei.

— Ele te chamou para sair, porque queria ficar com você.

— Eu ia ficar com ele, mas você obviamente, obrigou Joalin a ir beijar ele na minha frente, sério, você não tinha aquele direito Sina.

— Não estou nenhum pouco arrependida, se você está com remorso, vá atrás dele.

— Cala a boca Sina.

— Quem ia saindo traída nessa história, no fim era eu.

— A gente tinha terminado.

— Na sua cabeça, porque na minha você ainda era minha, e jamais deixaria aquele playboy te beijar.

— Ele é um bom rapaz.

— Não to nem ai, e não quero mais falar sobre esse assunto, estou ficando estressada! – Ficamos calada fazendo carinho no cabelo dela.

— Como você foi parar nas mãos de Aurélio? – Falei quebrando o silêncio.

— Quando desci do seu carro, um táxi encostou e eu entrei nele, nem percebi, quando fui ver, eu já estava na favela com um fuzil apontado para minha cabeça.

— Tá vendo? Sua teimosia quase custou nossas cabeças.

— Você quem me deixou descer.

— A cala boca Jeong, você é insuportável com raiva!

— É mesmo? Então eu vou embora! – Ela já ia levantando quando eu segurei ela pela cintura, a gente acabou bolando no sofá, e caindo com tudo no chão. Eu e ela começamos a rir, mas minha coluna não estava nada satisfeita.

The end? :o

Eu pensei muito em terminar essa fic nesse capítulo, porque não queria que essa fic ficasse muito grande ia escrever apenas mais um capítulo bônus, mas eu gostei tanto de escrever ela e me envolvi tanto, que eu acabei tendo algumas ideias para seguir ela, então coloquem os cintos, que os próximos capítulos estão chegando.

Seu lugar é comigoOnde histórias criam vida. Descubra agora