Capítulo 35

4.4K 424 108
                                    

Pov Sina

- Você sabe que lugar é esse?

- É a 4° favela do meu pai, toda essa favela serve a ele, então eu acho bom, a gente não ser vistas, demos muita sorte de ninguém ter nos visto brigando, Deus a gente deu muita bobeira, vamos por esse caminho, eu usava pra fugir de casa, ele leva direto pra o matadouro do meu pai, deve ser onde ele está esperando a gente.

- Aí a gente vai exatamente para onde seu pai está nos esperando? É uma ótima ideia. - Falei fazendo careta e Sabina me olhou inconformada.

- Ali na frente tem um orelhão, vamos tentar falar com Joalin. - Sabina falou, logo chegamos no orelhão, ela ligou a cobrar, Joalin nunca iria atender uma ligação de orelhão, ainda mais a cobrar.

- Isso não vai dá certo, vamos sair daqui Sabina. - Falei tomando o telefone da mão dela, e colocando de volta no gancho.

- Sina se a polícia não vinher, a gente vai morrer.

- Eles vão vim, Joalin vai saber nos encontrar, e já deve estar vindo pra cá nesse momento.

- Como? Ela além de gostosa é adivinha agora?

- Não sua idiota, você ainda tá presa, tem um chip instalado em você, a delegacia sabe todo passo que você da. - Falei e Sabina parece ter se recordado que está terminando a pena dela em liberdade.

- Ao menos vocês polícias são inteligentes, as vezes, vamos logo. - A gente andou em um caminho de terra, cheio de mosquitos, e poeira, estava morrendo de cede, e cheia de dores graças a Sabina.

- Eu não aguento mais andar Sabina, e tô morrendo de cede e de dor.

- Tem um lago logo ali na frente, vamos tomar água lá. - Andamos mais um pouco, assim que vi a água sai quase correndo, bebi um pouco e lavei meu rosto, se Heyoon me visse bebendo essa água suja, com certeza ia me afogar nesse rio. Sabina se sentou em uma pedra e ficou me olhando, ela estava plenissima, nem parece que a gente tinha andando tanto, e nem que tinha levado uma surra, mas os requisitos de sangue e de roxos no corpo dela era bem evidente, espero que Joalin não me mate por ter batido na garota dela.

- Pronto madame? Podemos ir? Não temos o dia todo. - Ela falou com cara de tédio.

- Vamos, qual é o plano? Vamos apenas invadir?

- Não, vamos esperar, quando meu pai perceber que a gente não chegou, ele vai mandar todo mundo que tiver nessa favela atrás de nós, ele não vai sair para ir nos procurar, então, entramos. - Continuamos a andar, não demorou e chegamos em um local cheio de prédios, tinha um galpão que parecia abandonado, Sabina me puxou para os fundos dele, tinha um espécie de escada e a gente subiu, ela fez sinal com o dedo para eu não fazer barulho, a gente chegou em cima do lugar, tinha uma janela e Sabina abriu. Lá dentro tinha ao menos umas 30 pessoas. Olhei o lugar e fiquei enjoada, tinha sangue no chão, algumas ferramentas na parede, uma guilhotina, minha nossa, eu nem sabia que isso ainda existia, tinha algumas cadeiras que pareciam de choque, tinha coisas de tortura para todos os lados, Sabina se deitou no chão em decúbito ventral e eu me deitei junto com ela.

- Que lugar é esse? - Falei baixinho.

- Te falei que era o matadouro, é aqui que meu pai se vinga dos traidores. - Aurélio estava sentado em uma cadeira brincando com uma faca na mão. Sabina mirou o fuzil na direção dele.

- Se você atirar nele, vai ter ao menos umas 30 armas apontadas pra gente, vamos segui o plano. - Sabina me olhou com raiva, mas baixou a guarda, ficamos deitadas no chão, logo Aurélio se levantou irritado.

- VÃO ATRÁS DESSAS DESGRAÇADAS, ESTÁ DEMORANDO DEMAIS.

Logo alguns homens saíram, quando voltaram, pareciam amedrontados, acho que descobriram que a gente fugiu.

Seu lugar é comigoOnde histórias criam vida. Descubra agora