Capítulo 23

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Pov Sina

Hoje eu ia trabalhar o dia todo, minha sala graças a Deus estava restaurada, assim que entrei na sala que comecei a olhar toda a papelada que tinha em cima da mesa, já me deu preguiça, quando peguei o primeiro, a porta da minha sala abriu, olhei de relance e  Joalin entrou apavorada, ela ficou andando de um lado para o outro e isso já estava me estressando.

— Okay. O que foi? – Falei soltando o lápis em cima dos papéis e cruzando os braços olhando pra ela.

— Sina eu fiz uma merda muito grande ontem.

— Você faz merda todo dia Joalin, qual foi a da vez?

— Eu transei com Sabina Hidalgo no meu apartamento. – Acabei me engasgando com minha própria saliva com as palavras dela.

— Você tá brincando?

— Não, caralho Sina, eu não sei o que fazer, eu não resisto a ela, só de ver ela meu corpo parece que vai entrar em erupção. – Olhei pra Joalin com uma careta e ela se sentou na cadeira a minha frente.

— Então ela tá mesmo viva?

— E gostosa pra caralho!

— Ela falou algo que possa nos ajudar?

— Ela não vai nos ajudar. Mas falou que estava me seguindo a mando do pai dela, ou seja, tem alguém 24 horas por dia na nossa cola.

— Droga! Eu tô achando muito estranho esse sumiço de Aurélio Hidalgo, nenhum ataque, nenhuma ligação.

— Por mim a gente pegava tudo que essa delegacia tem, e invadia aquela favela. – Joalin falou tirando a arma da cintura e colocando em cima da mesa.

— Quer mesmo prender ou matar sua garota?

— Ela não é minha garota.

— Caso ela seja presa, eu libero umas visitas íntimas pra vocês. – Falei piscando pra Joalin, ela me olhou revoltada e eu ri.

— Vai se foder Sina!

— Fodida tá você, aliás, faz uma fanfic desse romance polícia e ladrão, deve ser sexy, eu leio. – Joalin pegou a arma e saiu da sala revoltada, eu fiquei rindo, mas logo voltei a meu trabalho.

Quando enfim cheguei em casa, já estava anoitecendo, Heyoon estava toda de branco, e já estava quase de saída.

— Vou ter plantão hoje, como foi na delegacia?

— Tudo certo, nenhuma novidade sobre os Hidalgos. Pega a chave do carro, me ligue quando chegar no hospital. – Falei entregando a chave a ela, e deixando um beijo na testa como sempre fazia.

— Tudo bem, chego em casa pela manhã, antes de você ir trabalhar. – Ela me deu um selinho e saiu, fui até a cozinha e Heyoon tinha deixado minha janta feita, tomei um banho, vesti um calça moletom e um top, e fiquei estudando enquanto jantava, era quase meia noite quando ouvi a campainha tocar, olhei pelo olho mágico e tinha uma mulher parada na porta, achei estranho mas resolvi abrir.

— Oi, desculpa o incômodo, é que me mudei hoje, fui fazer café e percebi que não tinha açúcar, será que pode me emprestar um pouco?

— Claro, entra aí. – Fechei a porta, e quando fui pegar o copo da mão dela, senti um pano colidir com meu nariz, tentei revidar, mas a mulher foi mais rápida, a única coisa que eu me lembro é de ter caído no chão.

Acordei com um barulho de porta abrindo, minha cabeça parece que ia estourar de tanta dor de cabeça, me sentei na cama com a mão na cabeça, quando olhei em direção a porta, Heyoon estava parada, olhando para a cama com os olhos cheios de lágrimas.

— Caralho que dor de cabeça, bom dia. – Heyoon não respondeu nada, apenas saiu quase correndo e eu estranhei, quando joguei o lençol para o lado para me levantar e ir atrás dela, tomei o maior susto da minha vida e acabei caindo no chão.

— Bom dia Sina. – A mulher acordou com o barulho da minha queda, e me olhou sorrindo, meus olhos estavam a ponto de pular para fora de tamanha indignação, caralho como diabos essa mulher tá nua na minha cama? Então foi como um clarão, o açúcar, o lenço, merda, eu fui dopada.

Levantei do chão e sai correndo atrás de Heyoon, procurei ela no apartamento inteiro e não encontrei, liguei pro celular dela inúmeras vezes e ela não atendeu. Voltei pro quarto e a mulher ainda estava deitada na cama.

— QUEM DIABOS É VOCÊ?

— Fala baixo amor, você não me deu um beijinho de bom dia. – Eu não podia acreditar no que estava acontecendo.

— VOCÊ É LOUCA? QUEM TE MANDOU PRA MEU APARTAMENTO? – Subi em cima da mulher e segurei o pescoço dela.

— Sexo selvagem pela manhã, eu gosto disso.

— Você é louca, vai se vista! – Levantei, procurei as roupas dela e joguei em cima da cama, a mulher se levantou e se vestiu, peguei minha arma na minha gaveta e apontei para ela, que ficou assustada.

— Vou repetir a pergunta novamente. Quem te mandou fazer isso?

— Você não se lembra? A gente bebeu ontem, depois passamos a noite transando.

— Você e e eu sabemos que isso não é verdade, vamos, abra a porta, você vai pra delegacia.

— Porque eu vou pra delegacia?

— Você me dopou, e invadiu meu apartamento.

— Você vai me prender?

— Óbvio, vai entra no carro. – Assim que ela entrou, peguei uma algema que eu sempre tinha no carro, e coloquei nela, peguei uma camiseta que tinha jogada no meu carro e vesti, assim que cheguei na delegacia, Josh me olhou assustado, primeiro que eu estava com roupas inapropriadas para o trabalho, e segundo que eu estava com uma mulher algemada do meu lado.

— Sina o que aconteceu?

— Coloque essa mulher em uma solitária, coloque ela na cela mais segura que a gente tiver Josh, eu quero essa mulher viva. – Josh levou a mulher eu fiz a queixa do porque ela estava presa e fui para casa, quando cheguei Heyoon não tinha voltado, tomei banho, e quando abri o guarda-roupa percebi que não tinha nenhuma roupa de Heyoon.

— NÃO, NÃO, NAAAOOO... – Me sentei no chão e fiquei chorando.

Postei e sai correndo.

Seu lugar é comigoOnde histórias criam vida. Descubra agora