ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ ᴜᴍ

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*•.¸♡ notas da autora ♡¸.•*

eu tô com tantas ideias para essa história, que vocês nem imaginam. Tenho certeza de que muitos de vocês vão querer matar alguns personagens e se casar com outros.... hahaha

Só para reforçar, a história será voltada para Alice, mas terá ponto de vista de outros personagens, inclusive do segundo personagem principal, que não, não é o Bailey.

*•.¸♡ boa leitura ♡¸.•*

Mexo meu cereal com a colher em movimentos circulares. Eu não estava bem. Não era um dia para se estar bem e os olhares que troco discretamente com minha mãe era prova disso. Só nós sentíamos o peso do dia de hoje, infelizmente.

Fazia vinte e três anos desde a morte do meu tio Taylor. Eu não conhecia em vida. Mas pelo que conheci em morte posso garantir que ele não mereceu o fim que teve. Eu sofria em silêncio para não incomodar minha família, aquilo era muito agoniante, tanto quanto ver os sorrisos falsos que minha mãe dava a cada palavra do meu pai sobre seu décimo primeiro álbum de estúdio.

' Depois do riso vêm as lágrimas '

Essa era uma das minhas frases favoritas, da minha música favorita. A música da minha mãe.

Todos os dias nessa mesma data. Minha mãe ficava horas trancadas no estúdio ou até que alguém sentisse sua falta, o que sempre acontecia. Eu era a única que sabia como era doloroso aquele dia para ela.

Estava tão perdida com minha nuvem de tristeza que nem notei o exato instante que meu pai dirigiu a palavra a mim.

— ...o que acha querida?

— Perdão? — me desculpo.

Tive que piscar algumas vezes para voltar a realidade.

— Não ouviu nenhuma palavra que eu disse, não é?

Balanço a cabeça negativamente.

Meu pai estava sorridente como sempre foi, nunca me incomodei com ele, sempre achei contagiante. Mas hoje era um péssimo dia para sorrir.

— Vou me apresentar no Grammy esse ano e gostaria que minha família estivesse ao meu lado, o que acha?

Não seria uma má ideia. Todos meus amigos estariam lá e seria uma ótima distração antes das malditas provas mensais do colégio.

— Ah, claro pai. Estaremos lá para te apoiar.

Forço um sorriso.

— Eu vou terminar de me arrumar para o colégio.

Empurro o pote de cereais com frutas vermelhas e me levanto da mesa, indo em direção ao meu quarto sem me importar com os olhares dos meus irmãos ou dos meus pais.

Tranco minha porta com chave, eu tinha certeza de que Taylor tentaria entrar e perguntar o por que que estou tão para baixo.

Meu irmão me conhecia melhor do que ninguém e também eu não era a melhor das atrizes.

— Alice?

Tay bate na porta ao percebe que sua tentativa de abrir ela foi em vão.

As poucas lágrimas que escorriam meu rosto, me impediam de te responder.

— Qual é, gatinha. Sou eu seu irmão favorito.

Não pude deixar de ri com o apelido tosco com o qual ele sempre me chamava.

Sɪᴍᴘʟɪꜱᴍᴇɴᴛᴇ Aʟɪᴄᴇ Onde histórias criam vida. Descubra agora