ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ ᴄɪɴᴄᴏ

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nα mαnѕãσ mєndєѕ...

Eu não queria sair de casa, muito menos naquela hora da noite. Mas a existência dos meus irmãos acabaram me convenssendo, talvez seria bom sair um pouco de casa, esquecer todos os meus problemas e a data de hoje.

— Me liguem quando chegar e sair de lá — orienta meu pai, antes que saissemos pela porta — Cuidem da irmã de vocês e nada de  bebida alcoólica antes de completarem dezoito anos.

Como se a idade fosse impedir Manuel de algo.

— O.K. Amamos você — dou um beijo na bochecha do meu velhinho. Já que minha mãe não estava em casa, papai era o responsável por dar as ordens.

Meus irmão apenas acenam e saiem de casa.

— Alice, espere! — papai me chama, quando minha já estava prestes a abrir a porta de casa. Me aproximo dele em passos lentos — Hoje não é um dia muito agradável para sua mãe.

Abaixo o olhar. Eu já sabia o que ele ia me pedir.

— Assim que eu sair do Pub vou procurar ela no cemitério — respondo antes mesmo dele me perguntar — Ficarei ao lado dela, não se preocupe.

Meu pai sorri agradecido. Aquilo não era uma obrigação para mim, era uma rotina, uma rotina que eu fazia questão de não quebrar.

— Você é um anjo — nego.

— O tio Taylor é um anjo — corrijo.

Meu pai pega na minha mão.

— Cuida dela — ele súplica — Tenho que resolver algumas coisas com o Andrew. Eu não queria deixar sua mãe nesse momento, mas...

— É o seu trabalho. Não se preocupe, eu cuido das coisas por aqui.

Meu pai se levanta para me abraçar.

— Alice, se você demorar mais um minuto vamos sem você — Manuel grita do lado de fora da casa.

Meu pai ri.

— Ele puxou ao seu lado da família — brinco, dou mais um abraço no meu pai e sigo meu caminho — Você é muito sem paciência, Manuel.

Destravo meu carro e entramos.

Coloco a chave no seu lugar e aperto o botão para ligar. Taylor entra no banco do carona na frente e Manuel vai atrás digitando no celular.

Taylor conecta seu celular com o rádio do carro e logo coloca a música " If I Can' t Have You " do papai.

— O que o papai queria com você? — ele pergunta um pouco baixo, dando liberdade para que somente eu ouvisse.

— Ele quer que eu cuide da mamãe.

Tay assentiu, mas percebi que ele havia ficado mal com aquilo. Era era mais grudado na mamãe do que eu, ver ela triste era doloroso para ele.

— Você vai para o cemitério, né? — ele evita me olhar.

Dou um mínimo sorriso.

— Vou, mas acho meio perigoso eu ir sozinha — seu olhar se volta para mim, era a primeira vez que ele iria ver o túmulo do nosso tio — Já  acha que é grande suficiente para me acompanhar?

Tay abre seu lindo sorriso.

— Claro. Mas o que fazemos com ele? — ele aponta para o irmão gêmeo.

— Manny? — chamo sem tirar os olhos da estrada.

— Que é?

— Tem algum problema a gente te deixar no Pub e depois você ir embora de carona com alguém? — pergunto.

Sɪᴍᴘʟɪꜱᴍᴇɴᴛᴇ Aʟɪᴄᴇ Onde histórias criam vida. Descubra agora