ᴄᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ ᴏɪᴛᴏ

203 18 6
                                    

nαrrαdσrα

Uma foto pode causar o caos no que parecia estar bem, ela pode te fazer odiar quem você acredita amar. Uma foto tirada pela tela de um aparelho telefônico, registro um momento íntimo que fez com que Alice Mendes acreditasse que havia perdido três anos da sua vida, três anos que não voltariam, três anos acreditando em um amor que não era correspondido.

mαs єnfím, nєm tudσ é flσrєs

ᴀʟɪᴄᴇ ᴍᴇɴᴅᴇs

Eu podia ter ignorado, achado que não era ele e tals. Mas não, era ele aquilo estava explícito a partir do momento em que recebi as imagens com o número anônimo.

(Foto da traição na capa)

Mentiras, foi tudo o que ouvi durante três anos; fui enganada e ainda por cima humilhada. Agora, todos da escola tinham em mãos uma foto nossa se beijando, isso fora a dele com essa tal de Luana, todos sabiam do nosso segredo da pior forma possível.

As lágrimas que escorriam pelo meu rosto só me deixavam ainda mais vulnerável, as ligações que chegava a cada cinco minutos no meu celular ou as várias notificações eram todas ignoradas. Eu não queria falar, muito menos ver ninguém.

Eu só preciso estar sozinha.

Aquela maldita foto martelava na minha cabeça. Mas, por que merda eu me importava tanto?

Meu celular queimava de tanto que vibrava, mas eu não queria responder ninguém, eu sabia que minha mãe deve estar preocupada em casa ou meu pai deve estar gritando com Andrew para lhe arrumar o primeiro vôo para L.A, para ficar ao meu lado. Mas estar perto deles era a última coisa que eu queria fazer naquele dia.

Estava certa de que ninguém me acharia no meu esconderijo, na parte isolada e menos valorizada de L.A, o que era besteira já que aqui era tão linda quanto qualquer outra parte dessa cidade.

As crianças pareciam felizes enquanto corriam por um lado para o outro atrás da bola de basquete. Elas eram tão felizes, que eu me odiava por estar chorando e estragando a felicidade deles.

" Señorita " soa pelo alto falante do meu celular, que indicava que minha madrinha estava me ligando, eu não queria atender. Mas eu tive.

- Alice? Alice, pelo amor de Deus onde você está - minha madrinha estava desesperada - Alice você precisa voltar, sua mãe precisa de você.

Minha mãe?

- Eu não posso, dinda - fungo, tentado afastar o máximo minhas lágrimas - Preciso ficar sozinha.

Minha madrinha respira fundo.

- Alice você está a um dia fora. Volte agora.

O tempo passou tão rápido, como um piscar de olhos.

- Não posso, eu quero ficar sozinha - eu estava decidida.

- Você não está entendo Alice, sua mãe está no hospital. Você precisa voltar - meu coração parou por alguns segundos - Me diz onde você está que eu vou te buscar.

Camila estava chorando, aquilo indicava que ela não estava mentindo. Minha mãe realmente não estava bem.

- Estou em Lancaster - confirmo meu endereço - Em uma quadra ao lado da escola pública.

- Do outro lado da cidade Alice? - ela funga - O.K. Leah e eu estamos indo te buscar.

Encerro a ligação. Com a tela ainda acessa a primeira coisa que chama minha atenção era o tanto de mensagens do grupo da família, que não tinha só família.

Sɪᴍᴘʟɪꜱᴍᴇɴᴛᴇ Aʟɪᴄᴇ Onde histórias criam vida. Descubra agora