Sɪᴍᴘʟɪꜱᴍᴇɴᴛᴇ Aʟɪᴄᴇ

ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ ɴᴏᴠᴇ

ᴛᴀʏʟᴏʀ ᴍᴇɴᴅᴇs

Eu me sentia perdido. Tudo estava acontecendo tão rápido, quanto a destruição causada por um furacão. Eram tantas perguntas na minha cabeça, que eu nem sabia como começar a procurar respostas.

Tudo começou com Alice dizendo que iria de carro mais cedo para escola. Nossa mãe concordou, afinal Lice nunca foi de mentir ou aprontar. Ela sempre foi um exemplo.

As coisas começaram a ficar mais estranhas a parti do momento em que pisamos o pé no colégio, os oralhes estranhos e os cochichos nós deixaram desconfortáveis. Mas, só soubemos o real motivo da nossa " fama " quando ouvimos a discussão de Nhatan, Kian e Bailey na nossa área de descanso.

Eles estavam furiosos, gritando palavras ofensivas um para o outro. Para mim, aquela briga parecia coisa de criança. Mas quando ouvi o nome da minha irmã no meio, eu percebi que a coisa estava realmente séria.

A parti daquele momento tudo fez sentido. Minha irmã havia sido traída por Bailey e seu chifre havia sido espalhado por toda escola. Eu sabia como ela odiava ser o centro das atenções, talvez para fugir dessa palhaçada toda ela deve ter fugido.

O dia na escola foi extremamente cansativo, os olhares não pararam, os cochichos pareciam mais alto e as perguntas começavam.

Por sorte, nossos pais ligaram e liberaram para que eu e meus amigos fossemos para casa. Ao chegar lá, outro pesadelo começou, a aglomeração, os fotógrafos e os policiais. Tudo aquilo era pior do que filmes de Hollywood.

É desesperador aquela perseguição dos paparazzis, aquele era um péssimo momento para eles se intrometerem.

Com a ajuda de Jake e Tyler, conseguimos desviar os paparazzis e entrar sãos e salvos em casa.

Tia Camila foi a primeira pessoa que apareceu no nosso campo de visão, seus cabelos negros pareciam um ninho de passarinho, ela tinha orelhas nos olhos e um olhar desesperado, ela não precisava falar um " A " nós já sabiamos por que de todo seu desespero.

Alice não havia voltado para casa. O que deixava tudo ainda mais complicado.

" Eu não vou suportar perder outro filho " minha mãe gritava para que o mundo ouvisse, seu desespero fez com que toda minha calma desaparecesse em um piscar de olhos.

Uma palavra no meio da frase da minha mãe me deixou extremamente confusa.

Como assim outro?

No exato momento em que fui questiona - lá da minha dúvida, sua voz começou a falhar e os soluços aumentavam. Ela perdia o ar aos poucos, não pude ver muita coisa, pois logo senti Jake me empurrando para longe daquele local. Gritei, espernei e implorei para continuar ao lado da minha mãe, eu precisava ter a certeza de que ela ficará bem.

Mas, eu não tinha. Fiquei mais de quatro horas trancado no meu quarto, com meus amigos silenciosos e totalmente confusos.

Minha esperança voltou quando do nada a porta foi aberta pelo meu pai, ele estava acabado, ele parecia estar chorando a horas.

" Brooke está no hospital " aquela frase foi torturante, eu não fiz questão de me manter forte, as lágrimas escorriam sem pedir licença, meu pai me envolve em seus braços, em pouco instantes Manuel se junta a gente.

E estávamos lá. Os três Mendes controlando um ao outro.

A notícia de que minha mãe havia tido uma parada cardíaca, só chegou cinco horas depois da sua entrada no hospital. Meu pai pareceu esquecer os problemas com Alice por alguns segundos, ele a cada cinco minutos perguntava como minha mãe estava ou quando teriam notícias. Mas logo, pareceu cair a ficha e voltou com força total a sua preocupação com minha irmã.

Eu tinha tanto orgulho de ser filho dele, ele era tão cuidadoso, preocupado e carinhoso. Ele era o melhor, mesmo não querendo.

Passar a noite no hospital não foi tão difícil, quanto ficar o tempo todo sem ter notícias da minha mãe ou da minha irmã. Eu podia perder a qualquer momento as mulheres da minha vida  e isso me assustava.

Manuel não parava quieto. Meu irmão era durão demais para admitir que estava preocupado, mas eu sei que assim como eu aquele dia estava sendo extremamente complicado.

No dia seguinte a  luz do sol estava tão brilhante, que me dava a esperança de que algo bom poderia acontecer.

E sim, aconteceu. Finalmente tivemos notícias da minha mãe e Alice, um grande alívio preencheu meu peito ao ver que minha irmã estava bem e viva.

Já a minha mãe... meu pai nós consolou dizendo que minha mãe estava fora de risco, Manny acreditou. Não acreditei, sua voz estava forçada, seus olhos não encaravam os meus, sua boca tremia. Ele estava mentindo.

Não quis questionar ele com sua mentira, não na frente do Manny. Não era momento para aquilo.

Tudo estava nas mãos do tio Taylor e eu sabia que só ele poderia salvar minha mãe, só ele e Deus tinham esse poder.

Afinal, Taylor não irá deixar minha mãe morrer, não no momento em que meu pai, Alice, Manny e eu mais precisamos dela.

єu nãσ pσѕѕσ pєrdє - lá.

*•.¸♡ autora ♡¸.•*

Ainda não caiu a ficha de que mais um jovem ( e outros vários) se foi.

Cameron Boyce fez parte da minha infância, nem me lembro de quantas vezes assisti Jessie e Gente Grande.

Ele era um exemplo, que só está sendo reconhecido depois da morte, me espiro nele, quero fazer a diferença, assim como ele fez quando proporcionou a países de baixo desenvolvimento o uso de água potável.

Bom, só queria refletir e dizer que do nada. Em um piscar de olhos, nossa vida acaba e todos deixaremos nosso legado na terra, seja ele bom ou ruim.

❤😪❤