ᴋɪᴀɴ ᴍᴀʜᴏɴᴇ
Acelerei a moto. Os braços de Alice envolveram minha cintura com força, senti seu corpo tremer se contraindo ainda mais com o meu. Eu não pude deixar de sorrir, estávamos tão quentes e próximos.
Acelerei ainda mais. Alice gemeu por alguns segundos.
— Está com medo?! — mordo meu lábio, quando as unhas de Alice invade minha pele.
— Você... pode ir mais devagar, por favor? — sua voz estava estava trêmula e baixa.
Faço como foi pedido, já que estávamos quase chegando ao nosso destino.
— Tem medo de velocidade? — dou risada.
— Tenho medo de morrer em cima de uma moto — ela relaxa e se ajeita.
Estaciono a moto em uma árvore qualquer, ajeito meu cabelo é sinto Alice me desabraçando aos poucos.
— Deveria ver pelo lado bom, você morreria comigo — ela me estende o capacete.
Alice bufa.
— Desde quando você se tornou engraçadinho? — ela cruza os braços abaixo dos seios.
— Eu sou super engraçado, okay? — guardo a chave da moto no bolso e caminho lado a lado com Alice.
— Como descobriu esse lugar? — ela olhava admirada o parque.
Dou uma risada abafada.
— Nesses dias que você não foi, eu meio que fugi da escola...
Alice me olha assustada e me interrompe.
— Você matou aula?
Assenti.
— Isso é irresponsabilidade!
Nego. Alice se senta no banco que ficava de frente para o mar.
— Você é muito careta.
Alice revira os olhos.
— Não sou careta, só gosto de seguir as regras — a ruiva cruza os braços outra vez, igual uma criança mimada.
— Em outras palavras... você é careta — provoco.
— E você é um chato que não gosta de seguir regras.
— Isso era para ser uma ofensa? — dou risada — Você tem que viver um pouco mais vida, pequena sereia.
— Eu vivo a vida.
— Da maneira mais careta de todas.
Alice relaxa suas costas no banco.
— Qual é o seu problema com meu modo de viver? — ela me encara.
— Qual foi a última vez que você fez algo sem seguir as regras, algo que você queria, sem se importar com que iam falar? — ela pensa por alguns segundos, abre a boca para falar algo, mas logo fecha novamente — Viu, super careta.
— Você nem me conhece direito, garoto.
— Conheço o suficiente para saber que é uma careta.
Ela suspira. Eu estava amando provocar ela.
— Eu apenas sigo as regras para me dar bem.
Jogo minha cabeça para trás, soltando uma gargalhada alta.
— Tá rindo do que, garoto?
— Desde quando precisa seguir regras para se dar bem, olha só para mim — aponto para mim mesmo — Não sigo todas as regras e mesmo assim vou para Harvard.
— Sério que vou ter que aturar você até na faculdade?
Ah, certeza que vai!
— A faculdade é enorme, nem vamos ter tempo de cruzar o caminho um do outro.
Ela olha para frente.
— Tão linda... — penso um pouco alto demais
— Perdão? — ela pergunta com a sobrancelha levemente arqueada.
— A paisagem, é tão linda... não acha? — pergunto apontando para o lago, que estavam ocupados por alguns cisnes.
Ela abaixa o olhar.
— É sim, é lindo.
— Você está bem? — me arrasto um pouco mais para o lado dela.
Ela passa a mão no olho enxugando uma suposta lágrima.
— Eu.. eu não sei — ela mantém o olhar baixo.
— Ei — levanto seu rosto — Você pode me contar o que quiser.
Ela pisca algumas vezes e seu olhar se funde com o meu.
— Amanhã é o aniversário dela — apesar de não citar nome, eu sabia a quem ela se referia — Estávamos planejando tantas coisas e agora... ela tá... está em um fio entre a vida e a morte e eu não posso fazer nada, não posso salvá-la, não posso fazê-la voltar.
Alice passa as mãos no rosto de forma dramática.
— É tudo culpa minha.
Eu queria poder abraçar ela e dizer que eu iria acabar com a aquela dor, mas eu não podia. Só Deus podia.
— Olha, eu não vou mentir para você, falando que sua mãe vai ficar bem e tals, até porque eu não posso prever o futuro — tento amenizar com uma brincadeira, que infelizmente falhou — Mas eu posso te garantir, nada disso é culpa sua e nunca será.
Alice não ousa me olhar.
— Eu... me leva embora — ela mantém o olhar baixo.
— Tem certeza?
— Eu só preciso ficar com meus pais agora.
— Tudo bem — tenho um sentimento egoísta dentro de mim que não queria que Alice saísse.
— Obrigado por me mostrar esse lugar e por ouvir os meus lamentos.
Andamos de volta para moto, de passos extremamente lentos e com ambos olhando para os pés.
— Estou aqui para o que precisar, pequena sereia.
— Fico feliz de ter arranjado um amigo tão especial.
Aquele palavra soou como uma facada. Mas, que eu não iria deixar explícito.
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Sɪᴍᴘʟɪꜱᴍᴇɴᴛᴇ Aʟɪᴄᴇ
FanficA ruivinha mais amada das mídias sociais cresceu e com isso grandes responsabilidades apareceram. Chegou a vez da filha mais velha de Shawn e Brooke Mendes provar suas próprias experiências e enfrentar todos os problemas de uma adolescente, desde um...