ᴄᴀᴘÍᴛᴜʟᴏ ᴅᴏᴢᴇ

126 13 11
                                    

— Você tem noção da burrada que fez, sua vagabunda?

Os gritos de Bailey poderia ser ouvido pela vizinhança inteira, se não fosse as paredes e portas a prova de som.

Aquilo era um pesadelo. Seus olhos estavam negros, seus punhos cerrados.

— Eu apenas abri os olhos dela — cuspo as palavras, não podia deixar o medo me deter naquele instante.

Bailey revira os olhos e avança na minha direção, só quando estávamos cara a cara, percebi o quão vermelho estava o branco dos seus olhos.

— Você destruiu minha vida, perdi meu contrato com a Island Records por sua causa — suas mãos violentamente entram em contato com meu pescoço, sua boca estava tão próximo do meu nariz que eu podia sentir o forte cheiro de maconha.

Seguro suas mãos que precionavam meu pescoço. Eu não tinha lágrimas, me sentia indefesa e sem forças.

— Meu ex - sogro fez questão de manchar meu nome em todas as gravadoras do mundo e isso tudo porque você quis dar uma de boa menina — ele pressiona ainda mais meu pescoço, meus pés já não tocavam mais o chão — Minha vontade é de acabar com a tua...

— Jennifer, Bailey vocês estão em casa? — eu queria gritar pelo meu pai pedindo por socorro, mas um simples movimento do indicador de Bailey passando sobre seus lábios me fez repensar minha vontade.

Sou jogada com violência no chão. Bailey, caminha tranquilamente até a porta, como se não devesse nada a ninguém.

— Eai pai, como foi a viagem?

Me levanto do chão, caminho com dificuldade até minha penteadeira. Eu precisava dar um jeito no meu pescoço e no meu rosto antes que meus pais desconfissem de algo.

Eu estava nas mãos de Bailey. Eu seria seu fantoche e eu não podia mais fazer nada para mudar isso.

Foram exatas uma hora e meia para cobrir minhas orelhas e as marcas do meu pescoço e mais meia hora para me preparar mental e fisicamente para o jantar.

Sai do meu quarto com a cabeça erguida, uma vestido de gola alta cobria meu pescoço.

Encontrei meus pais e Bailey sentados na sala de jantar, todos estavam sérios e com caras nada boa. Assim que o olhar de Bailey se cruza com o meu percebo o que estava acontecendo.

Meus pais haviam descobrido.

— Boa noite — cumprimento me sentando no meu lugar ao lado de minha mãe.

Hailey Bieber, vulgo minha mãe balança a cabeça.

— Você sabia que seu irmão está em todos sites de fofocas e que agora ele se tornou inimigo número um da família Mendes.

Sim, mãe. Eu sei melhor do que ninguém o quão infeliz é meu irmão.

— Não — minha voz sai mais baixa do que eu queria.

Meu pai estava com a cabeça apoiada nas mãos e os cotovelos na mesa.

Eles estavam decepcionados e aquilo era... gratificante.

— Por causa dele, Brooke está no hospital correndo risco de vida —minha mãe fala com o coração apertado.

Meu pai e eu a encaramos assustada. Aquilo era novidade para mim.

— Isso é verdade? — os olhos claros de meu pai estavam escuros. Mamãe assentiu — Shawn deve estar arrasado.

Minha mãe assentiu. Olhei para Bailey, ele até parecia um bom moço, enquanto encarava seu prato vazio.

— Já não é a primeira vez que ele fica a um fio de perde Brooke — minha mãe falava aquilo com tanto sentimento.

— Eu vou para o meu quarto — Bailey se levanta.

Meu pai bate na mesa, me fazendo pular levemente da cadeira.

— Você só vai sair quando eu mandar.

Bailey ri irônico.

— Você não manda em mim.

Fecho os olhos. Por baixo da mesa a mão da minha mãe encontra a minha.

Meu pai se levanta com sangue nos olhos.

— Eu sou o seu pai.

Bailey nega.

— Não, você não é. Você é apenas o cara que me resgatou daquele orfanato estúpido — Bailey estava finalmente mostrando suas garras.

— E você deveria ser agradecido — meu pai grita, aperto a mão da mamãe por impulso.

— Vamos sair daqui — minha mãe se levanta comigo, saímos de casa e entramos no carro o mais rápido possível.

— O que acha que o papai vai fazer com ele? — pergunto encostando minha cabeça no vidro.

— Eu não sei é nem quero imaginar — minha mãe dirige com calma pelas ruas — Tem algum problema para você se formos visitar a tia Brooklyn no hospital?

— Não, não terá problema nenhum — minto.

Eu iria visitar a mulher que por culpa minha estava naquele estado. E aquilo não era nada, nada bom!

Sɪᴍᴘʟɪꜱᴍᴇɴᴛᴇ Aʟɪᴄᴇ Onde histórias criam vida. Descubra agora