ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ ᴅᴏɪs

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єm αlgum cαntσ єm mílãσ...

 ᴋɪᴀɴ ᴍᴀʜᴏɴᴇ

— Eu queria descobrir o que você fez para a diretora ser obrigada a ter transferir para outro país.

Austin era a pessoa mais chata e liberal que eu conhecia. Ele nunca ligava para minha vida estudantil, mas também odiava quando eu me metia em encrenca. O que sempre acontecia.

Não fiz nada com a diretora, a não ser raquear seu computador e descobri por meio do seu e-mail mensagens um pouco picantes com alguns menores de idade. Nada demais, eu diria!

Eu não gostava de estudar em uma escola cheia de patricinhas e mauricinhos. Odiava usar uniforme e ter boa conduta, afinal o que essa ' fineza ' toda me traria?. Só me tornaria um riquinho mimado que não se importa com porra nenhuma, nem ninguém.

Eu odiava ser rico!

Não me leve a mal. Não sou ingrato. Agradeço por tudo que meu " pai " fez por mim durante quinze anos, agradeço por ele ter me tirando do meio dos viciados em cocaína. Mas o culpo todos os dias por ele ter me colocado naquela porcaria de colégio cheio de gente esnobe e tosca.

— Você tem noção do quanto de tempo e dinheiro eu estou perdendo tendo que nós mudar para LA?

E denovo ele voltava a sua vida ao dinheiro. Afinal, que felicidade o dinheiro trazia? Sendo que muitas pessoas são mortas por causa desse papel esverdeado, que nós leva a loucura.

— Você não é o único perdedor do dia — bufo.

Meus esforços para sair daquela escola não valeu de porra nenhuma já que minha ' querida ' diretora decidiu me trafirir para a sede do colégio em Los Angeles.

— Você não pode simplesmente agradecer por estudar no melhor colégio? — ele olha para trás por alguns segundos, mas logo volta sua atenção para a paisagem a frente.

— Sabe que eu odeio estudar em colégio particular — olho para janela me despedindo do velha Milão.

— Já conversamos sobre isso, Kian

O motorista de Austin escutava toda a conversa calado, enquanto dirigia rumo ao aeroporto.

— Tanto faz — cruzo os braços e me apoio minha cabeça no vidro do carro.

Eu só tinha mais seis meses para aguentar essa vida de burguês, logo eu poderia comecar meu curso de fotografia e viajaria o mundo. Fotografando cada minúscula partícula que poderíamos ver a olho nu. Eu não teria que ficar vivendo as custas de Austin, nem teria que aturar os mimados da nova escola.

— ...promete?

Apesar de só ter ouvido a última palavra de Austin, tive que concordar.

— Tá, tá tanto faz.

[...]

Los Angeles era linda. Mas ainda preferia o clima antigo da Itália, era um ótimo país para se viver.

— Pelo visto alguém está impressionado — Austin fez questão de ri da minha cara. Logo ele aponta para algo do meu lado do banco — Vai poder fazer quantas festas você quiser aí, é toda sua!

Havia uma casa - uma mansão - com um quintal enorme, que era um tremendo de um exagero.

— Acho que você não deveria falar isso para um adolescente — falo.

Austin ri, estacionando o carro no enorme quintal.

— Você não é um adolescente normal!

Eu não era mesmo. Odiava festas, baladas, bebidas, música alta, pegação e principalmente drogas, certamente eu não era normal.

Sɪᴍᴘʟɪꜱᴍᴇɴᴛᴇ Aʟɪᴄᴇ Onde histórias criam vida. Descubra agora