ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ ᴅᴇᴢᴇɴᴏᴠᴇ

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ᴀʟɪᴄᴇ ᴍᴇɴᴅᴇs

- Isso é loucura, Alice.

Kian dá uma pequena risada, fazendo com que Jennifer lhe mande um olhar desaprovador.

- Não seja pessimista - reviro os olhos.

Rosie balança a cabeça e se põe ao lado de Jennifer.

- Pela primeira vez na vida, estou do lado da Jennifer - arqueio a sobrancelha - Seu plano é perfeito, mas muito arriscado.

Bato a mão na testa.

- Vocês têm razão, mas é a única forma de vingar Bailey.

Nhatan solta uma falsa tosse. Todos olhamos para ele.

- Apesar de amar quebrar as regras e ser fã de um bom filme de ação, tenho que lembrar que estamos lidando com criminosos de verdade.

Respirei fundo.

- Tipo assim. O que vamos falar para os nossos pais? - Leah.

Henry nega.

- Nossos pais são de menos, o pior é o colégio e o Grammy que tá logo aí.

- Vocês estão mesmo pensando na porcaria do colégio e de uma premiação? Será que ainda não caiu a ficha de que o Bailey morreu e que nunca mais irá voltar? - sinto um nó se forma na minha garganta, na metade da frase

Todos olharam para baixo, Jennifer soluço por segundos. Meu olhar se encontrou com o de Kian e por alguns instantes tive a impressão de ver uma pontada de ciúmes em seu semblante.

- Quando embarcamos? - Jennifer pergunta. Dou um sorriso admirando sua coragem.

- Então, esse é o veredito? Todos estão de acordo?

Todos assentem.

- Antes de começamos a planejar nossa ida ao Brasil, temos que resolver algumas coisas - Mark - Qual será a nossa desculpa para sair do país?

Lua parece pensar por alguns segundos.

- Formatura - todos a encaram curiosa - Podemos dizer aos nossos pais que a tal viagem será nosso presente de formatura.

Um enorme sorriso se abre no meu rosto

- Você é incrível, amiga - ela agradece com um sorriso - Vou ver se meu pai consegue liberar seu jatinho para a gente.

Amy da um sorrisinho de lado.

- Finalmente vou poder ver o Vini.

- Menina, quem é Vini? - Maddy ri.

Amy pisca por alguns segundos.

- Añ.. ninguém, não.

Maddy nega ainda sorridente.

- Acho que o culpido acertou em cheio seu coração, priminha - Henry.

Todos dão risada. Batem na porta do meu quarto, todos ficam em alerta por alguns segundos, mas logo relaxam ao ouvir a voz da minha mãe.

- Nossa, fazia tempo que eu não via tantos adolescentes juntos - era tão bom ouvir sua voz outra vez - Aí que saudades da minha juventude.

- Aí credo madrinha, você fala como se tivesse noventa anos - Leah brinca.

Minha mãe solta uma risada gostosa.

- Estou quase lá, filha.

Nessa última semana as coisas pareciam estar finalmente se encaixando, mas só faltava uma coisa, uma única coisa para que tudo ficasse perfeito.

Minha vingança.

- ... irão dormi aqui hoje? - minha mãe pergunta para os meus amigos.

- Só se você fizer aquele doce maravilhoso de chocolate, tia - brinca Nathan.

- Brigadeiro?

Ele assenti todo sorridente.

- Okay, mas só se você for no mercado comprar os ingredientes para mim.

Nathan, bate no ombro de Kian, Mark e Henry e os quatro saem junto com a minha mãe. Deixando as meninas e eu sozinhas.

- Qual é a sua com o novato? - Rosie se senta na minha cama, enquanto me olha curiosa.

- Que novato?

Leah ri. Rosie revira os olhos.

- Kian vulgo gostoso Mahone.

- Rosimeire, não começa.

A garota de cabelo rosa revira os olhos.

- Rosemeire o caralho, me respeita.

Leah gargalha.

- Dá para acreditar que nós vamos para o Brasil? - Amy fala sonhadora.

- Não dá para acreditar que nós vamos para o Brasil ou que você vai ver o tal Vini? - Lua brinca.

Jennifer sai do quarto, tentando se passar e despercebida. Vou atrás dela, aproveitando a distração das meninas.

- Jennifer... - chamo baixo, para não chamar muita a atenção.

- Ela está chorando na varanda - Manuel diz.

- Ah, obrigado.

Sigo meu caminho, mas meu irmão segura meu pulso.

- Quando pretendia me contar sobre seu plano de vingança? - ele me olha com tristeza.

- Do que está falando?

Meu irmão suspira.

- Eu li seu diário, Lice, sei que pensa em se vingar do assassino de Bailey, que no caso é o mesmo cara que matou nosso avô e o tio Taylor.

- Você não tem o direito de mexer nas minhas coisas, Manuel.

- Você deixou seu diário aberto em cima da sua penteadeira, me desculpe, mas qualquer um leria o título " minha vingança " em letras maiúsculas e de caneta colorida.

- Tudo bem, só me promete que não vai dizer nem ao Taylor, nem para os nossos pais. Eu preciso protegê - los.

- Alice, eu não posso.

- Você precisa, Manuel. Tenho que acabar com nossos pesadelos e a única forma disso acontecer é matando o mascarado com as minhas próprias mãos.

- Você está se ouvindo? - ele me olha incrédulo - Você está cega pela vingança, esse cara é um assassino frio e sem coração, em um piscar de olhos ele pode acabar com a sua vida e eu não vou poder te proteger. Eu quase perdi a mamãe, não suportaria te perde.

- Você não vai.

Manuel nega.

- Não é isso o que o meu coração diz.




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